domingo, 14 de dezembro de 2014

Protesto pede medidas para conter ataques contra policiais

14/12/2014 12h15
Rio de Janeiro
Vitor Abdala - Repórter da Agência Brasil 
Edição: Marcos Chagas
Em 2014, mais de 100 policiais militares foram assassinados no RJ
Tomaz Silva/Arquivo Agência Brasil

Policiais do Rio de Janeiro fizeram hoje (14) um protesto na orla de Copacabana, zona sul da cidade, para exigir medidas em relação aos ataques cometidos contra agentes. Neste ano, mais de 100 policiais foram mortos no estado, a maioria enquanto estava de folga. Familiares e colegas de trabalho fincaram cruzes pretas na areia da praia com as fotos dos policiais assassinados.

Durante a manifestação, um grupo de policiais militares entregou carta à população com oito reivindicações da categoria, entre elas, a transformação em crime hediondo de qualquer ato cometido contra a integridade física de policiais e seus familiares, um amparo maior aos parentes de policiais mortos e a possibilidade de o profissional ficar com a pistola da corporação mesmo quando estiver de folga.
Policiais Militares exigem de autoridades públicas a blindagem das UPPs
Tânia Rêgo/Arquivo Agência Brasil

“A gente quer também a blindagem dos contêineres das UPPs [Unidades de Polícia Pacificadora] porque policiais estão morrendo muito nas UPPs. A cabine aqui na rua é blindada, porque o contêiner que é dentro da comunidade não vai ser?”, questiona a cabo Flávia Louzada, que coordena um grupo chamado A Vida do Policial é Sagrada, Como Toda Vida é.

Segundo a policial militar, o objetivo do protesto é “conscientizar a população de que o problema da mortalidade dos policiais já não é um problema da polícia. Porque se nós, que somos pagos para proteger o cidadão, não estamos conseguindo permanecer vivos, como vamos proteger se nós mesmos não estamos sendo protegidos?”.

Além de policiais, participaram da manifestação parentes de vítimas como a mãe do soldado Anderson de Sena Freire, assassinado por criminosos durante um patrulhamento na Avenida Brasil, no subúrbio da cidade do Rio de Janeiro, no final de novembro.

“Como é que pode, numa madrugada, uma viatura com dois policiais enfrentar um grupo de quatro ou cinco [homens] bem armados? Ele não teve como se defender. Isso é uma vergonha para o país”, disse Ângela Maria de Sena Freira, mãe de Anderson, que também tem outro filho na Polícia Militar. “Ele tinha seis anos de polícia e deixou dois filhos.”

Um grupo de policiais do Espírito Santo também participou do protesto. “Nós viemos nos unir, porque hoje vemos que o problema da morte de policiais é nacional. Lá no Espírito Santo temos vários colegas sendo assassinados tanto sem serviço quanto de folga. Estamos aqui para tentar comover a sociedade civil para esse problema que é tão grave”, disse o cabo Clayton Siqueira.

Agência Brasil

Homem recebe descarga elétrica e tem queimaduras pelo corpo em MG

14/12/2014 11h32 - Atualizado em 14/12/2014 11h32

Do G1 MG

Um homem de 63 anos sofreu queimaduras pelo corpo depois de receber uma descarga elétrica. De acordo com o Corpo de Bombeiros, o acidente aconteceu neste domingo (14) no bairro Amélia Moreira, em Sabará, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Testemunhas contaram aos bombeiros que a vítima invadiu uma área restrita, de difícil acesso, e subiu em uma torre de alta tensão, onde levou o choque.

O homem foi socorrido pelo helicóptero Arcanjo I e levado para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, em Belo Horizonte.

Troca de tiros em pizzaria termina com bombeiro baleado e um assaltante morto

Troca de tiros em pizzaria termina com bombeiro baleado e um morto

PUBLICADO EM 14/12/14 - 07h53
FERNANDA VIEGAS

Uma tentativa de assalto a uma pizzaria terminou com um bombeiro baleado e um suspeito morto, na noite desse sábado (13), no bairro São Geraldo, na região Leste de Belo Horizonte. O dono do estabelecimento também foi atingido durante a troca de tiros que ocorreu no local.

O irmão do proprietário do comércio contou à Polícia Militar (PM) que dois homens chegaram na pizzaria, na avenida Silva Alvarenga, e anunciaram o assalto. Armado, Felipe Corgozinho Azevedo, 20, pediu que lhe fosse entregue o dinheiro do caixa. Não satisfeito, o homem ainda pediu que fosse passado também o dinheiro que estava guardado nos fundos do estabelecimento.

Mais dinheiro foi passado e o criminoso deixava o local fazendo ameaças: “Vou te matar, vou te matar. Não chame a polícia, porque senão eu volto e te mato”.

Foi quando Azevedo teria visto que o bombeiro A.L.B., 46, que estava no local com a mulher e uma sobrinha, estava armado. O suspeito partiu para cima dele para tomar a arma e os dois começaram a brigar. Houve troca de tiros e o militar foi atingido no pescoço e no braço esquerdo. Já Azevedo foi baleado três vezes no abdômen. Um dos tiros acertou a perna direita do dono da pizzaria B.G.S.R., 29.

O bombeiro e o suspeito foram socorridos para o Hospital de Pronto-Socorro (HPS) João XXIII, mas Azevedo não resistiu aos ferimentos e morreu. Já o proprietário do comércio foi levado para o Life Center por terceiros.

O outro suspeito se manteve na porta da pizzaria durante o assalto, dando cobertura e tentando roubar celulares. Quando os tiros começaram, ele fugiu com o celular de um cliente e até o momento não foi localizado.

Foram apreendidos um revólver calibre 32, um calibre 38 e R$ 521 em dinheiro no bolso da bermuda de Azevedo.

De acordo com a assessoria de imprensa do Corpo de Bombeiros, todo bombeiro tem porte de arma.

Atualizada às 8h34
Jornal O Tempo 

Lobo e cordeiros pastarão juntos - Por Carlos Brickmann

LOBO E CORDEIRO PASTARÃO JUNTOS

Num belo trecho da Bíblia, o Livro de Isaías, o profeta prevê que um dia todos se arrependerão do mal que fizeram e viverão em paz. O leão, diz Isaías, comerá feno como o boi. O Livro de Isaías foi escrito há pouco menos de três mil anos. O mundo não se arrependeu, leões e lobos comem cordeiros e bois. Mas há ocasiões em que grandes tragédias obrigam os inimigos a pelo menos tolerar-se.

Pois estamos no Brasil às vésperas do segundo mandato de Dilma. A presidente já está enfraquecida; e não há como, fragilizada, cuidar direito do país nos próximos quatro anos. A oposição pode tentar afastá-la, legalmente ou não; mas, mesmo que tenha êxito, terá de enfrentar a metade do país que votou em Dilma, e trabalhar apenas para manter-se no poder. A guerra entre oposição e Governo, portanto, não é a solução. Há que encontrar um caminho que, preservada a legalidade, preservado o Governo eleito, preservados os direitos da oposição, possa evitar um impasse. Nos Estados Unidos, na Inglaterra, na Alemanha, há oposição, oposição dura; mas nem Governo nem oposicionistas pensam em golpe.

Chegou a hora de ver quem, em cada lado, tem cabeça de estadista. Quem, de um lado, desista da divisão entre Nós e Eles, Bons e Maus; quem, de outro lado, deixe claro que, embora oposição, reconhece o direito de o Governo governar.

A sucessão de escândalos, a paralisação do país, a desmoralização de um símbolo como a Petrobras não pode continuar. Pois, como as coisas vão, terminaremos cumprindo ao contrário a previsão do profeta.

E todos pastaremos juntos.

As pessoas, as empresas

A propósito, um acordo pela governabilidade é político. Crime não tem nada a ver com isso. Crime deve ser punido de acordo com a lei (e sem esquecer que a lei prevê o direito de defesa). O Petrolão tem ainda um aspecto pior que a roubalheira denunciada: a Petrobras sempre teve funcionários de alto nível, dedicadíssimos à empresa, e este pessoal respeitado no mundo inteiro acabou subordinado a representantes de partidos.

Que se aplique a lei, portanto. Mas empresas não cometem crimes: o criminoso é sempre uma pessoa física. Para atingir os criminosos não é preciso destruir empresas, sejam estatais ou privadas. E não se pense que a destruição de empresas brasileiras, substituídas por multinacionais, vá resolver o problema da corrupção – tanto que as investigações da ladroeira chegaram à Holanda, Suíça, Alemanha, França. Lá também, se deixarem, rouba-se.

O dia a dia

Mas, até que se pense no país, voltemos à realidade. De acordo com a Estrutura Organizacional do Banco do Brasil, que está em seu site, diretores e conselheiros devem ser brasileiros, dotados de “(…) idoneidade moral, reputação ilibada (…)” Dilma ofereceu a Anthony Garotinho uma vice-presidência do Banco do Brasil.

Se Dilma sustenta que Garotinho é idôneo e ilibado, deve ser verdade.


As contas, ora as contas

Não se preocupe com a rejeição das contas da campanha de Alckmin, nem com as ressalvas à aprovação das contas de Dilma. Nos dois casos, é verdade, a lei foi descumprida; mas, nos dois casos, houve irregularidades apenas formais, já que nas contas finais tudo está certo. Faltou apenas fazer alguns registros em prestações antecipadas de contas. No futuro, isso dará confusão. Agora, não – tanto que, em casos iguais, as contas de Dilma foram aprovadas com ressalvas e as de Alckmin rejeitadas. Mas tudo deve ser resolvido em instâncias superiores.

É estratégia, mas…

O deputado Jair Bolsonaro, do PP fluminense, certamente tem uma enorme quantidade de defeitos. Mas burro não é. Aquele saco de besteiras que disse à ministra Maria do Rosário, do PT gaúcho, a respeito de estupro, e que eventualmente pode até custar-lhe o mandato, não foi uma frase infeliz, nem algo que lhe tenha escapado: ele mediu cuidadosamente o que diria, para obter a máxima repercussão possível.

A carreira de Bolsonaro, neste momento, mostra sinais de estagnação: reelege-se deputado federal, mas quer mais, e para cima seu caminho está bloqueado. Ao atacar a ministra, procura colocar-se como líder oposicionista. Não da oposição que segue Aécio ou Marina (e que, na Inglaterra, seria chamada de Leal Oposição de Sua Majestade, exatamente por fazer parte da normalidade institucional); mas da oposição que prega a derrubada da presidente.

Já que não há generais que assumam o papel, ele se dispõe a liderar os radicais.


…até quando?

Para a Câmara, é uma definição de seu papel político. Punir Bolsonaro pode custar votos aos parlamentares mais próximos dos grupos radicais. Mas deixar pra lá é colaborar com a estratégia do deputado: sempre que quiser holofotes, soltará uma frase inaceitável e manterá seu nome em evidência. O caminho talvez seja afastá-lo sem permitir que vire vítima. E o problema é como fazer isso.

É assim mesmo

O ministro da Fazenda, demitido há tempos, só espera o momento de entregar o cargo. Até lá, não faz nada. O novo ministro da Fazenda, escolhido há bom tempo, prepara planos, mas como não assumiu não pode aplicá-los.

Com hidrelétricas vazias e crise na Petrobras, o ministro das Minas e Energia sumiu. Brasil.

http://www.luizberto.com/Blog Jornal da Besta Fubana
http://www.luizberto.com/wp-content/uploads/2014/12/carlos-brickmann3.jpg

Homem foi baleado na perna, em JF.

Rua Maria Luíza Alves - Santa Paula - Juiz de Fora 

Nesse sábado(13), por volta de 16:20 h, policiais militares registraram a ocorrência de lesão corporal.

A vítima,34, relatou que três indivíduos compareceram em sua residência e a agrediram fisicamente, tendo um dos autores efetuado um disparo de arma de fogo que lhe atingiu a perna.

No local foi arrecadada uma cápsula de calibre 380.

Os autores fugiram em um carro de cor escura, mas o autor do disparo foi reconhecido e teve seus dados pessoais inseridos na ocorrência.

O baleado foi encaminhado para o HPS e passaria por procedimentos cirúrgicos.

A Polícia Civil se encarrega das investigações.

sábado, 13 de dezembro de 2014

Tentativa de homicídio. Jovem foi baleado na região glútea.

Avenida Juscelino Kubitschek - Benfica - Juiz de Fora 

Na manhã deste sábado (13) policiais militares registraram a ocorrência de tentativa de homicídio.

A vítima, 23, narrou que foi convidada por um homem, seu conhecido, para usar drogas em um terreno baldio. Ao chegarem no referido imóvel foi surpreendida pelo homem que encostou uma arma de fogo em seu queixo e acionou o gatilho, mas o disparo falhou. Ato contínuo a vítima empreendeu fuga na direção de um matagal. Contudo o homem conseguiu efetuar vários tiros e um dos projeteis da arma de fogo atingiu-lhe a região glútea.

O fato teria ocorrido na noite desta sexta-feira (12), tendo a vítima permanecido homiziada no matagal e, já na manhã deste sábado, procurado atendimento na UPA Norte, de onde a PM foi acionada.

Edmílson,23, foi removido para o Hospital e Maternidade Therezinha de Jesus e passaria por procedimentos cirúrgicos.

O suposto autor seria conhecido pela alcunha de "Merreca".

A Polícia Civil se encarrega das investigações.

PRF faz blitz na saída de baile de formatura em Juiz de Fora

13/12/2014 17h15 - Atualizado em 13/12/2014 17h15
Do G1 Zona da Mata
Multa para quem dirige sob efeito de álcool é de R$ 1.915 
(Foto: Luiz Fenando/Comando190)

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu 14 carteiras de habilitação de motoristas que conduziam os veículos sob influência de álcool. As abordagens e apreensões da operação, denominada "Esculápio II", aconteceram da noite da última quinta-feira (11) até a manhã deste sábado (13). Os motoristas com irregularidades receberam multa no valor de R$ 1.915 e mais sete pontos na CNH. Contudo, ninguém foi preso.

Todos os condutores participavam de um baile de formatura do curso de Medicina no Expominas de Juiz de Fora, que fica às margens da BR-040.

De acordo com a PRF, foram realizados 385 testes de etilômetro e fiscalizados mais de 400 veículos. Ainda segundo a Polícia Rodoviária Federal, a exemplo da "Operação Esculápio I", que apreendeu 22 CNHs, o objetivo da ação é coibir a direção sob efeito de álcool. Só em 2014, cerca de 270 condutores foram flagrados dirigindo nas rodovias federais que cortam Juiz de Fora, após ingerir bebida alcoólica.
G1 Zona da Mata
xxxxxxx
Obs:
Esculápio (em latim: Aesculapius) ou Asclépio (em grego: Ἀσκληπιός, Asklēpiós) é o deus da Medicina e da cura da mitologia greco-romana. Não faz parte do Panteão das divindades olímpicas, mas acabou por se tornar uma das divindades mais populares do mundo antigo, a ponto de Apuleio dizer dele: Aesculapius ubique (Esculápio por toda parte).
Wikipédia

Ativistas nuas apoiam Urach em ato no Rio contra 'ditadura da beleza'

12/12/2014 19h19 - Atualizado em 12/12/2014 19h19
Do G1 Rio
Intervenções cirúrgicas de caráter estética foram criticadas pelas ativistas (Foto: Ale Silva / Futura Press / Estadão Conteúdo)

As ativistas do movimento feminista Bastardxs, Sara Winter e Bia Spring realizaram na tarde desta sexta-feira (12) em Copacabana, Zona Sul do Rio, um protesto contra o que elas chamaram de “ditadura da beleza”. Motivadas pelo ocorrido com a Andressa Urach, que foi acometida por uma grave infecção após aplicações de hidrogel, as feministas criticaram as intervenções cirúrgicas estéticas que colocam a saúde da mulher em risco.

Seminuas, Sara e Bia desenharam marcas de cirurgias plásticas pelo corpo. Elas usaram ainda uma seringa gigante, em alusão ao veneno da beleza sendo injetado em suas pernas.

Segundo as ativistas, o objetivo da ação era chamar a atenção para os riscos de a mulher perseguir um padrão de corpo construído pela mídia.
Sara Winter é ativista conhecida por usar o corpo seminu para protestos no Brasil e no mundo (Foto: Ale Silva / Futura Press / Estadão Conteúdo)

Depressão pode começar nos primeiros anos de vida, mas nem sempre é tratada

13/12/2014 11h14
Brasília
Paula Laboissière - Repórter da Agência Brasil
Edição: Davi Oliveira

A publicitária Bárbara Lopes* apresentou os primeiros sinais de depressão aos 19 anos. Na época, começou a se isolar, faltava às aulas na faculdade e dormia durante grande parte do tempo. “Tinha dia em que eu não queria sequer tomar banho. Minhas amigas me chamavam para sair, mas eu não queria. Eu dizia que estava triste, mas para mim não era depressão. Era só tristeza”, lembra. Especialista ouvida pela Agência Brasil diz que é uma doença que pode começar em pessoas jovens e nem sempre recebe tratamento médico.
Apesar de ser tida por muitos como uma doença que atinge os mais velhos, a depressão pode surgir entre jovens e adolescentes José Cruz /Agência Brasil

Mais de 15 anos depois e uma lista extensa de psiquiatras e psicólogos visitados, a publicitária atualmente é casada, tem um bebê e atua na área em que se formou, mas ainda luta contra a doença. “As pessoas ficam sempre perguntando o que a gente tem. Aqueles que se julgam normais perguntam por que eu estou triste se tenho tudo que preciso, se tudo está certo, se sou bonita e inteligente”.

Bárbara toma o mesmo medicamento há sete anos. Mesmo sendo acompanhada por profissionais, a depressão precisa ser combatida diariamente. “Outro dia, deixei meu bebê cair da cama. Além de me sentir culpada, comecei a pensar que nada para mim funcionava, que tudo para mim dava errado, que eu era a pior mãe do mundo”.

Para a publicitária, a combinação entre medicamento e terapia traz qualidade de vida para quem sofre com a doença. “O remédio libera aquilo que está faltando no seu organismo. É como se fosse uma orquestra que precisa do maestro. Quando ele está ali, a música sai direito. Quando não tem o maestro, não tem música”, resume.

Dados da Pesquisa Nacional de Saúde, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) esta semana, indicam que mais de 11 milhões de brasileiros têm depressão. O número corresponde a 7,6% das pessoas com 18 anos ou mais. Ainda segundo o instituto, desse total, apenas 46,6% dos pacientes tiveram assistência médica nos 12 meses anteriores à pesquisa.

De acordo com a psiquiatra e psicoterapeuta Fatima Vasconcelos, o Brasil é um dos países latino-americanos com índices mais altos quando o assunto é depressão. Apesar de ser tida por muitos como uma doença que atinge os mais velhos, a depressão, segundo ela, começa cedo – 9% dos casos ocorrem entre 18 e 25 anos; 7,5% entre 26 e 49 anos; e 5,5% acima dos 50 anos.

“Quanto mais precoce é a doença, mais grave pode vir a ser no futuro e mais danos ela vai provocar na vida do indivíduo. A depressão é uma doença crônica e o mais comum não é ter só uma única crise na vida. O risco de ter uma segunda crise é 50% maior após a primeira. E, para quem tem dois episódios, a chance é 70% maior.”

Ainda de acordo com a especialista, a estimativa é a de que seis em cada dez pacientes não procuram ou não encontram tratamento para a doença – sobretudo em razão do preconceito. Ela destaca que uma pessoa com depressão sofre com alterações do humor e, por mais que queria estar bem, vê o mundo de forma negativa e precisa de ajuda para enfrentar isso.

“Uma pessoa que está deprimida, às vezes, nem percebe que está triste. Mas, quando vai para o trabalho, rende menos do que rendia. Tem dificuldade de memória, concentração e sente uma insegurança muito grande. Ela passa a desconfiar de sua própria capacidade. Por isso, é muito importante que as pessoas saibam que a depressão é uma doença do cérebro que tem que ser reconhecida e tratada.”

*Nome fictício a pedido do entrevistado.

Agência Brasil

Os assassinados pelas esquerdas antes do AI-5

12/12/2014 às 6:17


No dia 12 de janeiro de 2010 — há quase cinco anos, portanto —, publiquei a lista de todas as pessoas que foram assassinadas pelos terroristas de esquerda. Cheguei a 119. O Clube Militar fala em 120. Que fossem apenas duas, pouco importa: suas respectivas mortes e seus respectivos nomes tinham de estar na lista da Comissão da Verdade. Por que não estão? Pelo visto, essa turma não leva a sério aquela história de que a morte de qualquer homem nos diminui. Eles não se sentem diminuídos nem com mais de 100.

E que se note: entre os 434 mortos “do bem” (os assassinados pelas esquerdas, pelo visto, são “mortos do mal”), há uma pessoa que já se sabe estar, felizmente, viva. Trata-se de Dirce Machado da Silva. A relação elaborada pelas esquerdas inclui, por exemplo, os que morreram de arma na mão no Araguaia. Antes que prossiga, uma questão de princípio: não deveria ter morrido uma só pessoa depois de rendida pelo Estado. Ponto final. Não há o que discutir sobre esse particular.

Mas o que é que os livros de história, boa parte da imprensa e, agora, a Comissão da Verdade escondem de você, leitor? Apenas a… verdade! As esquerdas alegavam até outro dia que o Regime Militar, ao longo de 21 anos, havia matado 424 pessoas — número agora ampliado para 434. É um total provavelmente inflado. Mortos comprovados eram 293 (agora não sei). Os outros constavam como “desaparecidos” e se dava de barato que tenham sido eliminados por agentes do regime. Havia casos em que a vinculação com a luta política não estava comprovada. E, como já lembrei, estão na lista os mortos do Araguaia, que estavam lá para matar ou morrer. Que corpos tenham sumido, é evidente, é inaceitável. Que pessoas tenham sido executadas depois de rendidas, idem. Adiante.

O que não se diz é que o terrorismo de esquerda matou nada menos de 119 pessoas, muitas delas sem vinculação com a luta política. Quase ninguém sabe disso. Consolidou-se ainda outra brutal inverdade histórica, segundo a qual as ações armadas da esquerda só tiveram início depois do AI-5, de 13 de dezembro de 1968. É como se, antes disso, os esquerdistas tivessem se dedicado apenas à resistência pacífica.

Neste primeiro post sobre as vítimas dos terroristas de esquerda, listo apenas as pessoas mortas antes do AI-5: nada menos de 19. Em muitos casos, aparecem os nomes dos assassinos. 

Se vocês forem procurar, muitos homicidas estão na lista dos indenizados do Bolsa Ditadura, beneficiados por sua suposta “luta em favor da democracia”. Ou, então, suas respectivas famílias recebem o benefício, e o terrorista é alçado ao panteão dos heróis. Os casos mais escandalosos são os facinorosos Carlos Marighella e Carlos Lamarca. Quem fez a lista dos assassinados pela esquerda é o grupo Terrorismo Nunca Mais. “Ah, lista feita pelo pessoal ligado os militares não vale!!!” E a feita pela extrema esquerda? Vale? Ademais, as mortes estão devidamente documentadas. Seguem os nomes das 19 pessoas assassinadas antes do AI-5 e, sempre que possível, de seus algozes. Em outros posts, os outros 100 nomes.

Ah, sim: PARA AS VÍTIMAS DA ESQUERDA, NÃO HÁ INDENIZAÇÃO. Como vocês sabem, elas não têm nem mesmo direito à memória. Foram apagados da história pela Comissão da Verdade, que é de mentira.

AS VÍTIMAS DAS ESQUERDAS ANTES DO AI-5
1 – 12/11/64 – Paulo Macena, vigia – RJ
Explosão de bomba deixada por uma organização comunista nunca identificada, em protesto contra a aprovação da Lei Suplicy, que extinguiu a UNE e a UBES. No Cine Bruni, Flamengo, com seis feridos graves e um morto.

2 – 27/03/65 – Carlos Argemiro Camargo, sargento do Exército – Paraná
Emboscada de um grupo de militantes da Força Armada de Libertação Nacional (FALN), chefiado pelo ex-coronel Jeffersom Cardim de Alencar Osório. Camargo foi morto a tiros. Sua mulher estava grávida de sete meses.

3 – 25/07/66 – Edson Régis de Carvalho, jornalista – PE
Explosão de bomba no Aeroporto Internacional de Guararapes, com 17 feridos e 2 mortos. Ver próximo nome.

4 – 25/07/66 – Nelson Gomes Fernandes, almirante – PE
Morto no mesmo atentado citado no item 3. Além das duas vítimas fatais, ficaram feridas 17 pessoas, entre elas o então coronel do Exército Sylvio Ferreira da Silva. Além de fraturas expostas, teve amputados quatro dedos da mão esquerda. Sebastião Tomaz de Aquino, guarda civil, teve a perna direita amputada.

5 – 28/09/66 – Raimundo de Carvalho Andrade, cabo da PM, GO
Morto durante uma tentativa de desocupação do Colégio Estadual Campinas, em Goiânia, que havia sido ocupado por estudantes de esquerda. O grupo de soldados convocado para a tarefa era formado por burocratas, cozinheiros etc. Estavam armados com balas de festim. Andrade, que era alfaiate da Polícia Militar, foi morto por uma bala de verdade disparada de dentro da escola.

6 – 24/11/67 – José Gonçalves Conceição (Zé Dico), fazendeiro – SP
Morto por Edmur Péricles de Camargo, integrante da Ala Marighella, durante a invasão da fazenda Bandeirante, em Presidente Epitácio. Zé Dico foi trancado num quarto, torturado e, finalmente, morto com vários tiros. O filho do fazendeiro que tentara socorrer o pai foi baleado por Edmur com dois tiros nas costas.

7 – 15/12/67 – Osíris Motta Marcondes, bancário – SP
Morto quando tentava impedir um assalto terrorista ao Banco Mercantil, do qual era o gerente.

8 – 10/01/68 – Agostinho Ferreira Lima, Marinha Mercante – Rio Negro/AM
No dia 06/12/67, a lancha da Marinha Mercante “Antônio Alberto” foi atacada por um grupo de nove terroristas, liderados por Ricardo Alberto Aguado Gomes, “Dr. Ramon”, que, posteriormente, ingressou na Ação Libertadora Nacional (ALN). Neste ataque, Agostinho Ferreira Lima foi ferido gravemente, vindo a morrer no dia 10/01/68.

9 – 31/05/68 – Ailton de Oliveira, guarda penitenciário – RJ
O Movimento Armado Revolucionário (MAR) montou uma ação para libertar nove de seus membros que cumpriam pena na Penitenciária Lemos de Brito (RJ) e que, uma vez libertados, deveriam seguir para a região de Conceição de Jacareí, onde o MAR pretendia estabelecer o “embrião do foco guerrilheiro”. No dia 26/05/68, o estagiário Júlio César entregou à funcionária da penitenciária Natersa Passos, num pacote, três revólveres calibre 38. Às 17h30, teve início a fuga. Os terroristas foram surpreendidos pelos guardas penitenciários Ailton de Oliveira e Jorge Félix Barbosa. Foram feridos, e Ailton morreu no dia 31/05/68. Ainda ficou gravemente ferido o funcionário da Light João Dias Pereira, que se encontrava na calçada da penitenciária. O autor dos disparos que atingiram o guarda Ailton foi o terrorista Avelino Brioni Capitani.

10 – 26/06/68 – Mário Kozel Filho, soldado do Exército – SP
No dia 26/06/68, Kozel atua como sentinela do Quartel General do II Exército. Às 4h30, um tiro é disparado por um outro soldado contra uma camioneta que, desgovernada, tenta penetrar no quartel. Seu motorista saltara dela em movimento, após acelerá-la e direcioná-la para o portão do QG. O soldado Rufino, também sentinela, dispara 6 tiros contra o mesmo veículo, que, finalmente, bate na parede externa do quartel. Kozel sai do seu posto e corre em direção ao carro para ver se havia alguém no seu interior. Havia uma carga com 50 quilos de dinamite, que, segundos depois, explode. O corpo de Kozel é dilacerado. Os soldados João Fernandes, Luiz Roberto Julião e Edson Roberto Rufino ficam muito feridos. É mais um ato terrorista da organização chefiada por Lamarca, a VPR. Participaram do crime os terroristas Diógenes José de Carvalho Oliveira, Waldir Carlos Sarapu, Wilson Egídio Fava, Onofre Pinto, Edmundo Coleen Leite, José Araújo Nóbrega, Oswaldo Antônio dos Santos, Dulce de Souza Maia, Renata Ferraz Guerra Andrade e José Ronaldo Tavares de Lima e Silva. Ah, sim: a família de Lamarca recebeu indenização. De Kozel, quase ninguém mais se lembra.

11 – 27/06/68 – Noel de Oliveira Ramos, civil – RJ
Morto com um tiro no coração em conflito na rua. Estudantes distribuíam, no Largo de São Francisco, panfletos a favor do governo e contra as agitações estudantis conduzidas por militantes comunistas. Gessé Barbosa de Souza, eletricista e militante da VPR, conhecido como “Juliano” ou “Julião”, infiltrado no movimento, tentou impedir a manifestação com uma arma. Os estudantes, em grande maioria, não se intimidaram e tentaram segurar Gessé que fugiu atirando, atingindo mortalmente Noel de Oliveira Ramos e ferindo o engraxate Olavo Siqueira.

12 – 27/06/68 – Nelson de Barros, sargento PM – RJ No dia 21/06/68, conhecida como a “Sexta-Feira Sangrenta”, realizou-se no Rio uma passeata contra o regime militar. Cerca de 10.000 pessoas ergueram barricadas, incendiaram carros, agrediram motoristas, saquearam lojas, atacaram a tiros a embaixada americana e as tropas da Polícia Militar. No fim da noite, pelo menos 10 mortos e centenas de feridos. Entre estes, estava o sargento da PM Nelson de Barros, que morreu no dia 27.

13 – 01/07/68 – Edward Ernest Tito Otto Maximilian Von Westernhagen, major do Exército Alemão – RJ
Morto no Rio, onde fazia o Curso da Escola de Comando e Estado Maior do Exército. Assassinado na rua Engenheiro Duarte, Gávea, por ter sido confundido com o major boliviano Gary Prado, suposto matador de Che Guevara, que também cursava a mesma escola. Autores: Severino Viana Callou, João Lucas Alves e um terceiro não identificado. Todos pertenciam à organização terrorista Colima – Comando de Libertação Nacional.

14 – 07/09/68 – Eduardo Custódio de Souza, soldado da PM – SP
Morto com sete tiros por terroristas de uma organização não identificada quando de sentinela no Deops, em São Paulo.

15 – 20/09/68 – Antônio Carlos Jeffery, soldado da PM – SP
Morto a tiros quando de sentinela no quartel da então Força Pública de São Paulo (atual PM) no Barro Branco. Organização terrorista que praticou o assassinato: Vanguarda Popular Revolucionária. Assassinos: Pedro Lobo de Oliveira, Onofre Pinto, Diógenes José Carvalho de Oliveira, atualmente conhecido como “Diógenes do PT”, ex-auxiliar de Olívio Dutra no Governo do RS.

16 – 12/10/68 – Charles Rodney Chandler, capitão do Exército dos Estados Unidos – SP
Herói na guerra com o Vietnã, veio ao Brasil para fazer o Curso de Sociologia e Política, na Fundação Álvares Penteado, em São Paulo/SP. No início de outubro de 68, um “Tribunal Revolucionário”, composto pelos dirigentes da VPR (Vanguarda Popular Revolucionária), Onofre Pinto (Augusto, Ribeiro, Ari), João Carlos Kfouri Quartin de Morais (Maneco) e Ladislas Dowbor (Jamil), condenou o capitão Chandler à morte, porque ele “seria um agente da CIA”. Os levantamentos da rotina de vida do capitão foram realizados por Dulce de Souza Maia (Judite). Quando retirava seu carro da garagem para seguir para a faculdade, Chandler foi assassinado com 14 tiros de metralhadora e vários tiros de revólver, na frente da sua mulher, Joan, e de seus três filhos. O grupo de execução era constituído pelos terroristas Pedro Lobo de Oliveira (Getúlio), Diógenes José de Carvalho Oliveira (Luis, Leonardo, Pedro) e Marco Antônio Bráz de Carvalho (Marquito).

17 – 24/10/68 – Luiz Carlos Augusto, civil – RJ
Morto, com um tiro, durante uma passeata estudantil.

18 – 25/10/68 – Wenceslau Ramalho Leite, civil – RJ
Morto, com quatro tiros de pistola Luger 9 mm durante o roubo de seu carro, na avenida 28 de Setembro, Vila Isabel, RJ. Autores: Murilo Pinto da Silva (Cesar ou Miranda) e Fausto Machado Freire (Ruivo ou Wilson), ambos integrantes da organização terrorista Colima (Comando de Libertação Nacional).

19 – 07/11/68 – Estanislau Ignácio Correia, civil – SP
Morto pelos terroristas Ioshitame Fujimore, Oswaldo Antônio dos Santos e Pedro Lobo Oliveira, todos integrantes da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), quando roubavam seu automóvel na esquina das ruas Carlos Norberto Souza Aranha e Jaime Fonseca Rodrigues, em São Paulo.
Texto publicado originalmente às 22h13 desta quinta

Por Reinaldo Azevedo