PUBLICADO EM 24/06/14
JULIANA BAETA
As delegacias de Minas Gerais ficarão paralisadas nesta quarta-feira (25), conforme anunciado pelo Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado (SindepoMinas). Na ocasião, os delegados irão se reunir na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) para pressionar o poder público. O motivo do ato, segundo a categoria, é que não houve acordo nas negociações com o governo do Estado.
De acordo com o presidente do SindepoMinas, Marco Antônio de Paula Assis, faltou uma resposta. “Não fomos tratados com o devido respeito nas nossas negociações. O pleito que ficou sem resposta é sobre o reenquadramento de tabelas dos delegados iniciais e primeira classe intermediária para resolver uma distorção na carreira, já que há carreiras subalternas a estes delegados dentro da Polícia Civil que ganham mais que delegado em início de carreira”, explicou.
Ainda segundo Assis não há indicativo de greve na categoria. “A reunião de amanhã é para mostrar o nosso descontentamento com o tratamento recebido pelo governo do Estado, não é mais um momento de reivindicações. O governo conhece todas elas, todos os nossos pleitos já foram colocados na mesa”, disse.
A paralisação irá acontecer em um período de 12 horas, de 8h às 20h. Às 14h, devem se reunir na ALMG cerca de 300 delegados, segundo o presidente do SindepoMinas.
Durante a paralisação serão atendidos apenas casos de urgência, emergência ou de relevância social. “Casos de urgência como uma mulher que esteja sofrendo constrangimento do marido e precisa de uma medida protetiva, ou uma criança que esteja em situação de abandono ou cárcere privado, serão atendidos normalmente, é nosso dever. Assim como também não iremos nos omitir em casos de relevância social como atos de vandalismo por causa da Copa do Mundo e depredação de patrimônio público”, informou Assis.
Também haverá uma nova paralisação da categoria no dia 2 de julho, e uma concentração dos delegados, desta vez, em Juiz de Fora, na Zona da Mata.
A reportagem entrou em contato com a assessoria do governo e aguarda uma resposta sobre as negociações com o SindepoMinas.
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