domingo, 27 de abril de 2014

Beijinho no ombro para o racismo

 27/04/2014 às 17:46 por Thiago Dias
Daniel Alves deu uma bela resposta para torcedores racistas neste domingo. 

Na vitória de virada do Barcelona por 3 a 2 sobre o Villarreal, uma banana foi arremessada no brasileiro no momento em que ele cobraria um escanteio. O lateral não se intimidou, descascou e comeu a fruta. Em seguida, cobrou o escanteio. O árbitro David Fernández relatou o caso na súmula da partida. 

Em entrevista ao jornal "Marca", o lateral desabafou:

- Tem que ser assim! Não vamos mudar. Há 11 anos convivo com a mesma coisa na Espanha. Temos que rir desses retardados.

O brasileiro utilizou as redes sociais para brincar com a situação:

- Meu pai sempre me falava: filho, coma banana para evitar câimbra, como adivinharam isso?
Fora do jogo por conta de uma contusão, Neymar manifestou apoio ao amigo de clube e de seleção brasileira:
- Toma, bando de racistas. Somos todos macacos, e daí? É uma vergonha que em 2014 exista preconceito. Está na hora da gente dar um chega nisso! A forma de me expressar para ajudar que um dia isso acabe de uma vez por todas é fazer como o Daniel Alves fez. Se você pensa assim também, tire uma foto comendo uma banana e vamos usar o que eles têm contra a gente a nosso favor - publicou o camisa 11 nas redes sociais.

Daniel também foi bem na partida. Ele participou de dois dos três gols do Barcelona no jogo deste domingo no El Madrigal.

Algumas celebridades brasileiras também mostraram apoio ao jogador através das redes sociais. O casal de apresentadores Angélica e Luciano Huck publicou uma imagem nas redes sociais com bananas.

- Tamo junto, Daniel Alves - escreveu Huck.

A atriz Thaíssa Carvalho, namorada do jogador, também se manifestou.

- Admirável como sempre. Orgulho. Porém, é muito triste ver que nos dias de hoje isso ainda acontece.
Amigos e familiares de Daniel Alves e Neymar criaram uma campanha nas redes sociais contra o racismo pedindo para que os fãs do lateral publiquem fotos com bananas.

http://globoesporte.globo.com/blogs/especial-blog/brasil-mundial-fc/post/beijinho-no-ombro-para-o-racismo.html

Morre quinta vítima de incêndio em Barroso, MG

27/04/2014 
Roberta Oliveira, Talita Camargos e Luiz Felipe Falcão
Do G1 Zona da Mata

Morreu na madrugada deste domingo (27), no Hospital João XXIII, em Belo Horizonte, a quinta criança vítima de um incêndio em Barroso, no Campo das Vertendes. Segundo a assessoria de imprensa do hospital, a menina de cinco anos chegou com 70% do corpo queimado em estado grave e passou por três cirurgias antes de falecer. As outras quatro crianças morreram na manhã de sábado (26) e foram enterradas na noite de ontem às 21h30 no cemitério paroquial da cidade. Segundo a funerária de Barroso, o corpo da última vítima foi liberado por volta das 17h e deve ter enterrado no mesmo horário em que as demais neste domingo. As cinco crianças são da mesma família.

No momento do incêndio, uma adolescente de 17 anos cuidava de cinco crianças dentro da casa. Segundo a Polícia Militar (PM), ela é mãe de um menino de um ano e seis meses que morreu no local e de uma menina de três anos que chegou a ser socorrida, mas morreu a caminho do hospital.

As outras três crianças são filhas da irmã da adolescente, uma costureira de 24 anos que está grávida de nove meses. A costureira perdeu uma menina de dois anos e uma de cinco, além de um menino de um ano e seis meses.

Na hora do incêndio, a mãe das crianças, que está grávida, não estava na casa. Ela passou mal e foi para o Hospital Nossa Senhora do Carmo, em Barroso. Segundo informações do Instituto Macedo Couto, ele foi medicada e em seguida liberada.

Tentativas de socorro
De acordo com a PM de Barroso, o chamado foi feito por volta das 10h, e a corporação tomou as primeiras providências de combate ao incêndio até a chegada dos Bombeiros de Barbacena, cidade vizinha que atende a região. O município de Barroso não tem unidade dos Bombeiros.

Segundo informações do Centro de Operações do Corpo de Bombeiros (Cobom), eles chegaram à casa cerca de 20 minutos depois do acionamento, já que a distância entre uma cidade e outra é de 30 quilômetros.

Ainda conforme o Cobom, quando chegaram à casa, que tem cinco cômodos, os bombeiros se depararam com focos espalhados em todos eles e muita fumaça.

Casa com cinco cômodos foi encontrada com vários focos de incêndio (Foto: Reprodução/TV Integração)

Segundo a PM, os vizinhos tentaram socorrer as crianças após a mãe de algumas delas ter saído para pedir ajuda. Um deles inalou fumaça e passou mal, precisando ser atendido pelos bombeiros, mas passa bem.
Criança que foi transferida para Belo Horizonte
morreu (Foto: Reprodução/TV Integração)

"Os vizinhos disseram que houve uma explosão, mas ainda não se sabe ao certo. Os moradores ouviram o desespero da mãe e se prontificaram a socorrer, mas foi tudo muito rápido. Eu conversei com um morador que resgatou uma das crianças e ele disse que foi muito difícil. Ele arriscou a própria vida, pois as chamas estavam intensas e havia muita fumaça. Não deu tempo de resgatar as outras, que estavam nos outros quartos", afirmou aoG1 o jornalista Wanderson Nascimento, que foi para o local acompanhar o resgate.

Ao todo, foram enviadas duas unidades de combate à incêndio e uma ambulância para o local.

Investigação
Assim que o Boletim de Ocorrência for concluído será encaminhado para a Polícia Civil de Barroso.

A perícia do Instituto de Criminalística de Polícia Civil de São João del Rei compareceu ao local depois do acionamento.

Ao G1, o setor de perícia informou que ainda não é possível antecipar nenhuma possível causa do incêndio.

Enfim, começa a ser revelado o maior escândalo do país - O uso político dos Fundos de Pensão.


Carlos Newton

O comentarista Guilherme Almeida, sempre atento, nos envia matéria de Alexandre Rodrigues, publicada em O Globo, dando conta do desastre financeiro que assola o fundo pensão da Petrobras, nos seguintes termos:

“Enquanto a ingerência política mergulha a Petrobras numa das maiores crises de sua História, o fundo de pensão dos funcionários da estatal, a Fundação Petros, vive dias turbulentos pelos mesmos motivos. Pela primeira vez em dez anos, as contas da entidade foram rejeitadas por unanimidade por seu conselho fiscal. Nem mesmo os dois conselheiros indicados pela Petrobras no colegiado de quatro cadeiras recomendaram a aprovação das demonstrações financeiras de 2013, que apontaram um déficit operacional de R$ 2,8 bilhões no principal plano de benefícios dos funcionários da estatal e um rombo que pode chegar a R$ 500 milhões com despesas de administração de planos de outras categorias. Mesmo assim, as contas foram aprovadas no órgão superior da entidade, o conselho deliberativo, abrindo uma crise interna no fundo”.

O jornalista acrescenta que um grupo de conselheiros eleitos descontentes resolveu recorrer à Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), órgão que fiscaliza fundos de pensão, para denunciar a direção da Petros, controlada por sindicalistas ligados ao PT desde 2003.

“Os resultados dos investimentos da fundação têm recebido pareceres contrários do conselho fiscal há dez anos, mas apenas com o voto dos conselheiros eleitos pelos funcionários. No entanto, as contas sempre foram aprovadas pelo conselho deliberativo, órgão superior, no qual a Petrobras, patrocinadora do fundo, indica o presidente, tendo direito a voto de desempate. A estatal, no entanto, nem tem precisado usar esse recurso”, denuncia Alexandre Rodrigues.

FALTA DE QUADROS

O principal problema do PT ao chegar ao poder foi a carência de quadros capacitados. Essa deficiência redundou na distribuição de cargos a sindicalistas despreparados, e o maior exemplo é justamente a Petrobras, suas subsidiárias e até mesmo seu fundo de pensão, a Petros.

Mais de 13 anos depois de chegarem ao poder, os petistas julgam serem donos da administração pública, das estatais e até dos fundos de pensão, que são hoje a maior caixa preta do país. Essa impressionante matéria de O Globo é apenas a ponta do iceberg, que evidencia a realidade de um país que precisa sanear sua política, a administração pública e a Justiça, que não funciona a contento. Se funcionasse, a corrupção seria muito menor, mas as elites brasileiras não temem a Justiça. Esta é a realidade. Ainda bem que temos uma imprensa mais ou menos livre. É o que nos resta.

http://tribunadaimprensa.com.br/

Me engana que eu gosto. Carlos Brickmann


ME ENGANA QUE EU GOSTO

Carlos Brickmann

A CPI da Petrobras está aprovada, por decisão liminar do Supremo; começar a trabalhar é outra coisa. Os partidos têm de indicar seus representantes, e é muito possível que os governistas adiem ao máximo as indicações. Isso obrigará a oposição a recorrer de novo ao Supremo, para que determine a imediata escolha dos membros da CPI. Mas estamos em 27 de abril. Há um feriadão no caminho. Não é preciso segurar muito: em 12 de junho começa a Copa. Mesmo que a CPI trabalhe, a repercussão será pequena. E depois da Copa começa a campanha.

Pode dar samba? Até pode; há tanto escândalo – o que inclui a informalíssima retirada de um cheque de US$ 10 milhões do caixa da Petrobras, sem autorização escrita – que talvez as barreiras sejam rompidas. Um dia, talvez, quem sabe.

O PT reclama do veto judicial à CPI ampliada, que investigaria também o cartel do Metrô e trens urbanos em São Paulo – cartel iniciado no Governo Covas, no começo da dinastia do PSDB. O PT reclama de barriga cheia, só para efeito público: a CPI ampliada é ilegal, mas criar outra CPI para o cartel que envolve o tucanato paulista é absolutamente legal. Com maioria no Congresso, os governistas só não abrirão a nova CPI se não quiserem – e talvez não queiram, porque as empresas acusadas de cartel em São Paulo fizeram e fazem obras em todo o país, em governos de vários partidos.
Mas seria ótimo que a CPI do cartel fosse formada para valer. Não dá para acreditar que um único integrante do Governo Covas comesse sozinho todo o butim. Quem mais do Governo esteve na comilança?

Engane-me, eu gosto

O deputado goiano Carlos Alberto Lereia, do PSDB, amigo de fé e irmão camarada do bicheiro Carlinhos Cachoeira – tão próximo que Cachoeira lhe forneceu a senha de seu cartão de crédito – teve o mandato suspenso por 90 dias, por conduta inconveniente. Foi condenado por impressionante maioria: 353 a 26.

Na prática, Lereia perde oito dias de trabalho em maio (dois por semana, quarta e quinta), e três em junho (aí começa a Copa). Em julho há recesso. Em agosto o nobre parlamentar reassume suas funções. É campanha; o Congresso funcionará duas semanas, no total, em agosto e setembro. Lereia receberá por 60 dias e trabalhará quatro, se não faltar.

É o último sofrimento de sua punição.

Ludibrie-me, aprecio

O ex-presidente Lula disse que está “por fora” do caso de Pasadena. É evidente que Lula não sabia de nada. O negócio foi feito quando ele era presidente da República. A Petrobras, maior estatal do país, era dirigida por Sérgio Gabrielli, seu homem de confiança. A atual presidente da Petrobras, Graça Foster, era diretora de Gás e participante da reunião que decidiu a compra da Refinaria de Pasadena. A presidente do Conselho era a ministra Dilma Rousseff, tão próxima a Lula que ele a indicou para sucedê-lo na Presidência.

Não podia saber, mesmo!

Me iluda que amo

Já que o deputado André Vargas, do PT paranaense, não quer renunciar ao mandato, o PT ameaça expulsá-lo. Onde já se viu manter no partido um político amigo de um doleiro? É comovente tamanha preocupação ética. De acordo com o artigo 231 do Estatuto do PT, deve ser expulso o condenado por crime infamante ou práticas administrativas ilícitas, com sentença transitada em julgado.

Delúbio, José Dirceu e Genoíno, presos, com sentença transitada em julgado, continuam no partido. E Vargas, que nem a processo responde, seria expulso?
Amo quem me ilude

A promotora Márcia Milhomens Correa, que pediu à Justiça que grampeasse telefones de uma certa região, sem especificar que nela ficam o Palácio do Planalto, o Supremo Tribunal Federal e o Congresso Nacional, explicou-se: precisava “apurar denúncias trazidas ao Ministério Público em caráter informal”, feitas por informantes que preferiram manter-se anônimos. Não se sabe quem denunciou, nem o que, quando ou como. E se pede para grampear todo mundo. Pois é.

Gosto que me enrosco

A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, Anfavea, procurou o Governo, buscando mais incentivos. A situação é difícil: com a queda do mercado, as fábricas pararam de comprar e muitas empresas de autopeças do ABC paulista deram férias coletivas. Mas, explicou o presidente da Anfavea, Luiz Moan, a preocupação da entidade, que a leva a buscar maneiras criativas de ordenhar o Tesouro para elevar o consumo, é com o desemprego.

Então, tá.

Tudo resolvido

Associações patronais e sindicatos de trabalhadores podem ficar tranquilos. Já, já, sai uma nova pesquisa do IPEA mostrando que não há nenhum problema.
Pode ser

Apesar dos esforços para manter em banho-maria a CPI da Petrobras, apesar da má vontade em criar a CPI do Metrô, pode ser que algo resulte dessas iniciativas. Divergências internas nos partidos talvez levem a boas revelações. O ex-presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, exigiu que Dilma “assuma suas responsabilidades”. O ex-diretor Cerveró contemporiza, mas a oposição tenta convencê-lo a falar. E a Alstom, que pode ser vendida à GE, manterá seus segredos?

http://www.luizberto.com/  Blog / Jornal Besta Fubana 

O mito do ouro na cidade de Cuité Velho, no Vale do Rio Doce

27/04/2014 
Ana Lúcia Gonçalves - Hoje em Dia

Leonardo Morais/Hoje em Dia

Com muita coisa para contar, o distrito de Cuité Velho tenta atrair o turismo para reviver o passado

CONSELHEIRO PENA – As páginas da história do Brasil não relatam grandes achados de ouro no povoado de Cuité Velho, em Conselheiro Pena, no Vale do Rio Doce, mas os moradores do lugar estão certos da riqueza que preservam. Além do ouro “enterrado” nas montanhas, uma mina, muralhas de pedras lavadas e uma gigantesca panela de ferro que alimentava escravos e índios explorados no garimpo são peças de um museu a céu aberto que querem divulgar.

No rastro do bandeirante paulista Antônio Rodrigues Arzão, que teria descoberto o primeiro ouro de Minas Gerais em Cuité Velho, em 1693, mas abandonado a região sem garimpá-lo por causa das dificuldades para enfrentar a mata e os índios Botocudos que habitavam a margem direita do rio Doce, restaram mitos e lendas. Mas também indícios de que a maior parte do ouro descoberto na região continua intocada no distrito com menos de mil habitantes.

É o que garante o tabelião Sinésio Duque, de 52 anos, que cresceu vendo o pai garimpar gramas de ouro em bateias às margens do rio nos fundos da casa, sem contudo, ter ficado rico. Ele quer transformar a casa de 1914 em pousada e virar guia turístico. 

Além das muralhas feitas pelos índios e escravos com pedras lavradas no garimpo e do túnel fechado pelo Exército há mais de cem anos, Cuité Velho guarda objetos históricos.

Alguns pertenceram à primeira igreja erguida no local pelo padre Domingos da Silva Xavier, irmão de Tiradentes, como a pia batismal de cedro (1700) e missais romanos (bíblias) de 1818 e 1856. Duque também quer contar histórias. E para isso vai pedir a ajuda de outros cuitezanos. Entre eles está a aposentada Nely Carneiro Passigatt, de 79 anos, que viu muita gente enriquecer e abandonar Cuité Velho sem se despedir, e ouviu dos pais e avós histórias sobre os que empobreceram depois de terem “bamburrado”.

Segundo ela, o governo mandou confiscar o ouro de quem não recolhia os impostos, tempo que ficou conhecido como o de vigência da “lei do aperto”.

Para não entregar o ouro, muitos enterraram as pepitas em lugares diversos. “Meu avô era capataz de confiança e a mando de fazendeiros, enterrou muito ouro por esses pastos”, revelou, garantindo que ele morreu aos 86 anos sem contar onde cavou.

“Vez em quando aparece gente procurando ouro enterrado nestes pastos e acha”, afirmou a aposentada, contando que existem tachos cheios de ouro perdidos na região. “Há 12 anos encontraram um desses”, interfere Duque. O “sortudo” teria se mudado da região. O domador de cavalos Otávio Lélis Ramos, de 58 anos, teve um amigo que enricou da noite para o dia e também se mudou. O nome, ele não revela. “Ouro sempre deu e dá muita confusão. Por isso trabalho com o que eu vejo e apalpo”.

Encontrar um tacho cheio de pepitas é o sonho dos cuitezanos
Além do garimpo, encontrar um tacho de ouro é o sonho de muitos cuitezanos. O lavrador José Martins da Silva, de 56 anos, contou que se livraria logo do trabalho pesado na roça e ajudaria a família. “Fico atento a tudo que brilha. Nesta cidade o que reluz pode ser ouro, sim”, brincou.

Segundo a historiadora Sônia Torres de Oliveira, coordenadora pedagógica da Secretaria Municipal de Educação de Conselheiro Pena, lenda ou verdade, uma das versões aponta que o tacho era de um padre, Ângelo da Silva Peçanha (1697), que recebia dos escravos parte do ouro extraído na região e guardava no recipiente.

Porém, um militar da época descobriu e levou o padre para o alto de uma serra e o enterrou vivo, deixando só a cabeça para fora. O padre morreu sem revelar onde enterrou o ouro. Mais tarde, o nome dele foi dado a importante serra da região. Nos dias 29, 30 e 31 de maio a prefeitura realizará o II Festival Histórico do Cuité Colônia com a presença de historiadores e excursões a Cuité Velho.

“O objetivo é valorizar a história e fomentar o turismo. Ninguém ama o que não conhece”, disse Sônia Torres. A publicação de um livro escrito por André Luiz de Almeida, natural de Conselheiro Pena, está na lista de iniciativas que o Instituto Cuité, fundado ano passado por Neyval José Andrade, planeja para ajudar a preservar a história do antigo povoado.

Com o nome “Filhos do Cuité” o trabalho faz apontamentos, reúne documentos e conta uma história que, segundo o autor, ninguém produziu com objetividade. “Precisamos guardar esses registros para o futuro, para nossos descendentes”, afirmou Andrade, para quem Cuité Velho também é referência da primeira presença do homem branco em Minas.

Informada sobre a recente volta do garimpo na mina fechada pelo Exército há mais de 100 anos, a reportagem do Hoje em Dia foi ao local, onde encontrou no entorno um lago e paredões “arranhados” por máquinas pesadas. As marcas são recentes, embora a entrada principal continue lacrada.

http://www.hojeemdia.com.br/minas/o-mito-do-ouro-na-cidade-de-cuite-velho-no-vale-do-rio-doce

Dia do(a):Sacerdote/Empregada doméstica/Design Gráfico/Dia da Liberdade/Ipaba/Santa Zita...

27/04/2014
Dia do Sacerdote (Brasil)



Dia Mundial do Design Gráfico

A Liberdade Guiando o Povo, de Delacroix, uma personificação da liberdade que, antigamente, era vista como resultado de batalhas e de imposição de vontades e justiças.

Aniversário da Cidade de Ipaba, MG.
O topônimo provém da palavra tupi upaba, que significa "lago,lagoa"

Fonte Wikipédia
Igreja Católica: Santa Zita
Santa Zita era uma empregada doméstica e uma santa milagrosa. 
Nascida em Monte Sagrati, Itália em 1218, com a idade de 12 anos começou a trabalhar para a família dos Fratinelle, comerciante de lã e outros tecidos em Lucca.
Logo outros serventes não gostaram dela porque ela trabalhava muito, e bem e era muito boa para os outros. Alem disso ela dava comida e roupa para os pobres- inclusive as dos seus empregadores. Mais tarde ela conseguiu o respeito dos membros da família. De acordo com a tradição os outros serventes finalmente ficaram convencidos que ela era uma santa, porque um dia encontraram um anjo fazendo os pães e outro lavando a roupa, no lugar de Santa Zita, que atendia a um pobre doente a porta da casa. 
Durante toda a sua vida ela trabalhou a favor dos pobres, doentes e outros sofredores e lastimava que criminosos ficassem na prisão sem fazer nada. Ela foi uma das que defendia a causa que os criminosos prisioneiros deveriam ter que ajudar aos pobres e doentes. A ela foi creditado uma serie de milagres Foi canonizada em 1696 e é a padroeira das empregados domésticas e na arte litúrgica da Igreja é mostrada com um saco, pedaços de pão e um rosário ou ainda atendendo a um pedinte a porta de casa.

sábado, 26 de abril de 2014

Exercida por cerca de 50 mil, profissão de guia de pesca será regulamentada

26/04/2014 - Brasília
Mariana Branco - Repórter da Agência Brasil
Edição: Denise Griesinger
A profissão de guia de pesca é exercida informalmente por 50 mil pessoas no BasilTomaz Silva/Agência Brasil

A profissão de guia de pesca, exercida informalmente por cerca de 50 mil pessoas no Brasil, caminha para a regulamentação. O primeiro passo será a inclusão na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) do Ministério do Trabalho e Emprego. O órgão confirmou que negocia a respeito com os ministérios da Pesca e Aquicultura, do Turismo e da Educação. Além disso, desde 2013, o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), do Ministério da Educação, oferece o curso de condutor de turismo de pesca, com o objetivo de que haja maior padronização e profissionalismo na atividade.

Segundo Kelven Lopes, coordenador do Núcleo de Planejamento e Ordenamento da Pesca Amadora do Ministério da Pesca e Aquicultura, o objetivo é concluir a etapa de homologação da atividade no Ministério do Trabalho até 2015. “Inicialmente está sendo homologada. A partir disso, a gente começa a regularizar para que a pessoa possa acessar os benefícios sociais”, explica, destacando que o passo seguinte deve ser a aprovação de um projeto de lei regulamentando a profissão. Ainda não há prazo, entretanto, para redação da proposta e envio ao Congresso Nacional.

De acordo com Lopes, grande parte dos guias de pesca que atuam hoje são empreendedor individual, categoria jurídica que permite o pagamento de um valor simbólico em tributos e acesso a benefícios como auxílio-maternidade e auxílio-doença. Com a regulamentação da atividade, no entanto, o leque de garantias se ampliaria. “As pousadas poderiam contratá-los como guias de pesca e eles estariam cobertos por todos os benefícios trabalhistas: décimo-terceiro salário, férias e Fundo de Garantia do Tempo de Serviço”, enumera.

Guia de pesca há sete anos na região turística de Serra da Mesa, em Goiás, Eribert Marquez, 37 anos, defende o acesso a esse tipo de garantia para quem exerce a atividade. “Hoje, um pescador [profissão que é regulamentada] tem acesso a vários tipos de benefício. Inclusive linhas de financiamento para melhorar o equipamento. A gente, que não depreda o meio ambiente, devolve todo peixe que pega, não tem nada semelhante”, diz ele, que acredita que, com a profissão regulamentada, os bancos concederiam mais facilmente incentivos como linhas de crédito.

Eribert, conhecido como Eriba, trabalha em parceria com uma pousada, embora não seja formalmente contratado. Ele cobra diária dos clientes pelos serviços prestados. “[Os clientes] são pessoas com uma vida financeira boa, confortável, pois é um serviço diferenciado”, conta. Ele explica que o guia de pesca ensina desde como utilizar as iscas até soltar o peixe, além de conhecer e levar os clientes aos melhores locais para a pescaria.

Marcha da Maconha ocupa Avenida Paulista

Flávia Albuquerque - Agência Brasil
26.04.2014

Centenas de pessoas participaram da Marcha da Maconha, que pede a legalização da droga. De acordo com a Polícia Militar, cerca de 3 mil pessoas estiveram na marcha. Os organizadores esperavam mais de 10 mil pessoas no ato. A concentração ocorreu no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), de onde os manifestantes saíram em passeata pela Avenida Paulista em direção à Praça Roosevelt, onde o ato foi encerrado. A marcha ocorre desde 2007 no Brasil. Em São Paulo, teve início em 2008. Este ano, o lema é Cultivar a Liberdade para Não Colher a Guerra.

De acordo com o integrante do coletivo Desentorpecendo a Razão, Rodrigo Vinagre, um dos organizadores do ato, a forma atual de combate às drogas está falida, levando à morte e prisão os jovens pobres e negros. “Estamos aqui marchando pela paz e em busca de uma nova política para as drogas. A legalização da produção, distribuição e consumo da maconha é o primeiro passo para isso”.

Vinagre explicou que a lei de 2006 criou a figura do usuário, com intuito de descriminalizar o consumidor, porém não define qual a quantidade para que o indivíduo seja considerado traficante ou não. “Essa lei é totalmente subjetiva cabendo ao policial definir se a pessoa é usuária ou traficante. Assim o branco de classe média é enquadrado como usuário, e um negro pobre da periferia como traficante mesmo que estejam com a mesma quantidade”.

Durante a marcha, os participantes receberam orientações de segurança. E uma das ideias era fazer um cordão de isolamento com intuito de reforçar o caráter pacífico do ato. “Queremos mostrar que não precisamos da tutela da polícia nem do Estado para fazer uma manifestação. A ideia também é não usar maconha durante o ato”.

Em defesa do uso da substância como medicinal, um grupo de pessoas, usuário da maconha para minimizar sintomas de diversas doenças, caminhou na frente da marcha. A artista plástica Maria Antônia Goulart, de 65 anos, teve câncer há sete anos e contou que usou a maconha com consentimento médico. “Isso me ajudou muito porque a maconha reduziu meus enjoos e dores, me deu sono, fome, me tirou do foco da doença”. Quando terminou o tratamento, ela parou de usá-la. Em seguida, descobriu outra doença e retomou o uso para diminuir os efeitos da fibromialgia, síndrome que provoca dores por todo o corpo por longos períodos.

Gabriela Moncau, do bloco feminista da Marcha da Maconha em São Paulo, avaliou que o debate da legalização da droga está ligado à questão de gênero. “Tem o debate também do direito ao prazer. Até mesmo quando usam as drogas lícitas as mulheres são mal vistas. Uma mulher sozinha em um bar, que bebe em uma festa ou que use qualquer outra droga é vista como disponível. O debate do direito ao prazer vem casado ao direito ao próprio corpo”, disse.

Editora Carolina Pimentel

Eleitor tem até o dia 7 de maio para tirar título

26/04/2014 Brasília
Da Agência Brasil Edição: Carolina Pimentel
Eleitor tem até o dia 7 de maio para tirar títuloArquivo/Agência Brasil

O eleitor que pretende tirar o título pela primeira vez ou pedir a transferência do documento para outro estado tem até o dia 7 de maio para fazer os pedidos à Justiça Eleitoral. O prazo também vale para pessoas com deficiência solicitarem transferência para seções adaptadas. O primeiro turno das eleições será no dia 5 de outubro.

Para resolver as pendências, basta procurar o cartório eleitoral mais próximo. Para quem vai tirar o título pela primeira vez, é preciso levar documento oficial com foto, comprovante de residência e certificado de quitação do serviço militar, no caso dos homens, maiores de 18 anos.

Para transferir o domicílio eleitoral para outra cidade, o eleitor deve apresentar um documento oficial de identificação com foto, o título de eleitor e um comprovante de residência. Algumas regras também devem ser observadas, como não ter pendências com a Justiça Eleitoral, morar no endereço atual há mais de três meses, ter tirado o primeiro título ou ter feito a última transferência do documento há pelo menos um ano.

No site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) também é possível fazer o pré-atendimento, até o dia 2 de maio, antes de procurar os cartórios. O eleitor pode acessar a página Título Net, do TSE, ferramenta disponível para agilizar atendimento final, feito nos cartórios eleitorais. Após preencher os campos de identificação, o usuário deve comparecer ao cartório com a documentação exigida para concluir o atendimento e receber o documento.

http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2014-04/eleitor-tem-ate-o-dia-7-de-maio-para-tirar-titulo

Comissão da Verdade pede que PF acompanhe investigação da morte de Malhães

25/04/2014 
Brasília
Luciano Nascimento - Repórter da Agência Brasil 
Edição: Carolina Pimentel
Paulo Malhães, que confessou tortura na ditadura militar, foi encontrado morto em Nova IguaçuDivulgação/Comissão Nacional da Verdade

A Comissão Nacional da Verdade (CNV) solicitou hoje (25) ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que a Polícia Federal (PF) acompanhe as investigações sobre a morte do coronel reformado do Exército, Paulo Malhães. No final de março, ele admitiu ter praticado tortura durante a ditadura militar.

O coordenador da CNV, Pedro Dallari, pediu a Cardozo que a PF acompanhe as investigações da Polícia Civil do Rio de Janeiro. Ex-agente do Centro de Informações do Exército, Malhães, de 76 anos, foi encontrado morto na manhã desta sexta-feira em seu sítio na zona rural de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.

De acordo com a polícia, três homens invadiram a casa, amarraram a mulher do coronel e o caseiro, e procuraram armas. Durante a ação dos criminosos, o militar foi morto. O corpo do coronel está no Instituto Médico-Legal de Nova Iguaçu, onde será determinada a causa da morte.

Em depoimento à Comissão Nacional da Verdade, no final de março, Malhães revelou que agentes do Centro de Informações do Exército mutilavam corpos de vítimas da ditadura militar assassinadas na Casa da Morte, em Petrópolis, arrancando as arcadas dentárias e as pontas dos dedos para impedir a identificação, caso encontrados. Ele também deu sua versão sobre operação do Exército para o desaparecimento dos restos mortais do deputado federal Rubens Paiva.

A Comissão da Verdade não descarta a possibilidade de a morte de Malhães ter relação com as revelações que ele fez à comissão. A Agência Brasil entrou em contato com o Ministério da Justiça e a Polícia Federal para saber se a instituição vai acompanhar o caso, mas até a publicação da reportagem não obteve retorno.

http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2014-04/comissao-da-verdade-pede-que-pf-acompanhe-investigacao-da-morte-de-malhaes