24/10/2013
Do G1 Zona da Mata
Materiais apreendidos serão analisados por peritos (Foto: Reprodução/TV Integração)
Um empresário de 41 anos que atua no ramo da construção civil foi preso em flagrante por posse ilegal de armas na manhã desta quinta-feira (24). Segundo a Polícia Federal (PF), ele é suspeito de ser um dos líderes de uma quadrilha que fraudava licitações públicas federais, que tem como base a cidade de Juiz de Fora. O empresário foi ouvido, pagou fiança de R$ 10 mil, e em seguida liberado.
Na casa e no trabalho dele foram apreendidos computadores, documentos, uma pistola 380 sem registro e 20 cartuchos intactos. O material será analisado por peritos. A prisão e as apreensões foram resultado da operação da Polícia Federal “Mercúrio 2”, que cumpriu dois mandados de busca e apreensão nesta manhã. As investigações ocorrem desde 2012 e, nesse período, algumas pessoas já foram indiciadas, inclusive uma babá, que é suspeita de ser laranja no esquema.
O delegado da PF, Cláudio Dornellas, explicou que empresas que não têm condições técnicas de concorrer apresentam documento fraudulento, ganham a licitação e passam a exercer essa função. Ainda de acordo com a polícia, as empresas eram abertas em nomes de laranjas e, após a vitória na licitação, o serviço era prestado por um tempo, depois a empresa era fechada e os laranjas ficavam com as dívidas. “Com esse novo material e novos indícios de prática criminosa, nós faremos o pedido ao Judiciário para que ele determine o imediato fechamento dessa empresa”, declarou.
A operação “Mercúrio 1” foi desencadeada no dia 24 de fevereiro de 2012. Na época foram cumpridos seis mandados de busca em Ewbank da Câmara e em Juiz de Fora. Quatro empresas eram suspeitas de fraudes em licitações públicas de 29 órgãos federais. Uma delas faturou, em apenas um ano, cerca de R$ 20 milhões.