NUM PRECISA EXPLICAR: EU SÓ QUERIA INTENDER
Joe Bass:
Interessante. Não faltam juristas nos rincões do pais. O que um plano de carreira não faz, né? Nem faltam engenheiros nas obras nos locais mais inóspitos da Banânia. O que a iniciativa privada não faz, né?
Mas falta médico, né?
A vagabundagem vermelha já explicou o por quê: médicos banânicos são burgueses mimados, acostumados ao luxo e aos ganhos astronômicos. Só pensam em bens materiais. A solução é ir buscar médicos de fora que trabalhem por amor ao próximo e que fazem o bem sem olhar a quem. Quase chorei …
O gunvêrno tá certíssimo: se juristas, engenheiros, auditores da receita, etc, etc, aceitam ir para qualquer lugar, porque os médicos, egoístas e materialistas dialéticos, recusam essa nobre e humana tarefa?
O que eu não consigo entender, e peço ajuda aos universitários para tal tarefa, peloamordideus me ajudem:
1) A base da teoria marxista era combater a escravidão produzida pelo trabalho, ou seja, o trabaiadô era um escravo pois seu patrão se apropriava da mais-valia de sua produção. Se o patrão for um ditador comunista, ele pode se apropriar do excedente do trabaiadô? numa boa?
Pelo que me consta, Cuba retém algo em torno de 90% do salário da carne humana que exporta, ou seja, a mais-valia do trabaiadô esta sendo tungada na boa. Mas deve ser por uma boa causa, né?
2) Se a Banânia paga todos os outros médicos estrangeiros diretamente, por que a cubanaiada tem que ser paga por intermédio do governo cubano?
3) Por que médicos de outros países estão vindo com seus familiares e os cubanos não?
4) Se um médico cubano resolver desertar, o divogado do gunvêrno falou que caça e entrega pra puliça castristas. Um médico espanhol que queira ficar na Banânia também será caçado e expulso?
5) Quem vigia o alojamento dos médicos uruguaios? portugueses? espanhois? Eles são livres para ir e vir como qualquer cidadão brasileiro, visitantes estrangeiros incluso?
6) Qual era o tamanho da fila do escaipe dos médicos não cubanos? Era maior do que a dos cubanos?
Não tenho mais nada a perguntar.
Me mijo-me de prazer acompanhando as acrobacias retóricas dos amantes de ditaduras, dos coletivistas e dos inimigos da liberdade.
Principalmente das liberdades individuais.
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DEU NO JORNAL:
1) Apenas dois dias depois de desembarcarem no Brasil para o Programa Mais Médicos, os médicos estrangeiros tiveram evidências de que os profissionais cubanos não vão desfrutar da mesma liberdade que os demais inscritos no projeto do governo federal. No que foi classificado como o momento mais tenso desde o desembarque dos cubanos em Brasília, a vice-ministra da Saúde de Cuba, Márcia Cobas, deu ordens expressas para que os médicos não deixem os locais onde estão hospedados para fazer qualquer tipo de atividade de lazer.
O médicos estão hospedados em áreas militares de Brasília, com acesso restrito. Os homens estão no Alojamento da Guarda Presidencial, e as mulheres, no Batalhão da Cavalaria Montada. No domingo, alguns estrangeiros se aventuraram a passear pelos principais pontos turísticos de Brasília, como a Esplanada dos Ministérios e o Teatro Nacional. Os profissionais arcaram com despesas de táxi e lanche para conhecer a cidade. Convidados, os cubanos não puderam ir ao passeio. Oficialmente, o Ministério da Saúde diz que não há restrições de deslocamento para nenhum profissional.
Segundo o relato de médicos, a vice-ministra cubana deu ordens ríspidas para que os profissionais passassem dia e noite estudando o conteúdo programático apresentado pelo governo brasileiro e, em especial, a língua portuguesa. “A ministra deles ordenou ‘vão estudar esta noite, vão estudar português’”, disse o site de VEJA o médico venezuelano Ankangel Ruiz Medina, formado em Medicina do Trabalho pela Universidad de Oriente.
No alojamento, a segregação entre os médicos é evidente. “Os cubanos têm restrições para falar. Conosco mesmo eles não falam muito”, completou Medina.
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2) Destaque em Cuba no Granma, jornal oficial do governo: “Médicos cubanos oferecem serviços ao Brasil por solidariedade e amor à vida”.
Especialmente amor à vida dos parentes deles que ficaram como reféns na ilha, claro.