quinta-feira, 25 de julho de 2013

Furtos/ Roubos e prisões no Centro de JF em 24/07/2013

25/07/2013 - Juiz de Fora
Rua Santo Antônio
Nessa quarta-feira(24), por volta das 15:15 h, policiais militares registraram uma ocorrência de roubo.
A vítima,15, narrou que dois autores lhe seguraram pelos braços e com o uso de forca física subtraíram sua jaqueta, um aparelho celular, uma pulseira e um cordão. 
Rua Batista de Oliveira 
Por volta das 20:20 h, dois indivíduos teriam subtraído R$ 400 de uma lanchonete.
A vítima,33, forneceu as características físicas dos autores e as ações dos meliantes foram filmadas pelo circuíto interno.
A ocorrência foi registrada na delegacia.

Rua Saint Clair de carvalho
Por volta das 20:50 h, policiais militares atenderam uma ocorrência de furto em um ferro-velho.

A vítima,53, narrou que percebeu a presença de "intrusos" em seu estabelecimento comercial.

Três indivíduos tentaram evadir, mas foram abordados pelo policiais militares:
Rafael José Miranda, 23, Fábio Clementino, 27, e Márcio Braga Sampaio, 45. 

A res furtiva foi recuperada e na casa do Márcio os policiais arrecadaram drogas, balança e materiais usados para acondicionar/embalar drogas.

Na delegacia o trio teve suas prisões ratificadas e foram recambiados para o sistema prisional onde permanecerão à disposição da justiça.

Viatura do Corpo de Bombeiros é baleada por criminosos em Santos

25/07/2013 
Do G1 Santos
Viatura do Corpo de Bombeiros é baleada em Santos, SP (Foto: Reprodução/TV Tribuna)

Uma viatura do Corpo de Bombeiros foi baleada por criminosos no final da tarde desta quarta-feira (24) em Santos, no litoral de São Paulo. O crime aconteceu na Via Anchieta e até o momento ninguém foi preso.

O carro alvejado é um veículo administrativo, utilizado pelo comandante do Corpo de Bombeiros da Baixada Santista. Ao todo, foram dois tiros, um acertou o porta-malas e o outro acertou um dos pneus traseiros.

O crime aconteceu por volta das 17h, na Via Anchieta, próximo ao bairro Jardim São Manoel. No momento da ação, o trânsito estava parado e três suspeitos encapuzados e armados assaltavam os motoristas. Ao ver a viatura, que voltava da capital paulista, eles se assustaram, atiraram quatro vezes e fugiram. Na hora, apenas o condutor estava dentro do carro dos bombeiros.

Posteriormente, ao inspecionar o veículo, peritos da Polícia Civil encontraram uma bala no porta-malas. O caso foi registrado na Central de Polícia Judiciária (CPJ) e será investigado pela equipe do 5° Distrito Policial de Santos. Até o momento, ninguém foi preso.

Libertadores 2013 - Atlético Mineiro é o Campeão - Eu acredito deu certo

25/07/2013
No Mineirão o Galo venceu por 2X0, no tempo normal. 
Na prorrogação não houve gol.
Nos pênaltis Atlético sagra-se Campeão.4 x 3
Olimpia perdeu duas penalidades.


Título inédito - Campeão da América 

O Olimpia catimbava e rifava a bola. 

Cuca colocou Rosinei, no lugar de Pierre. E logo no primeiro minuto do segundo tempo, o meio-campista tentou o cruzamento, Pittoni furou e Jô não perdoou: 1 x 0 para o Atlético.

No fim da partida, faltando cinco minutos, o zagueiro Leonardo Silva mandou a bola para as redes na única jogada que o Atlético teve ao longo da partida: a bola alçada na área. 2x0.

Com um jogador a mais em campo, Manzur havia sido expulso na segunda etapa, O Galo massacrou o Olimpia durante o tempo extra. Só que a bola insistia em não entrar. A trave voltou a colaborar com os visitantes, ao tirar o doce da boca do capitão Réver.

Os pênaltis
Victor se adiantou bastante e defendeu, com os pés, a primeira cobrança, de Miranda. 
Alecsandro converteu o primeiro gol do Galo. 
Ferreyra marcou para o Olimpia. 
Guilherme deixou novamente os donos da casa na frente. 
Candia bateu em seguida e empatou. 
Jô, com categoria, fez o terceiro do time de Cuca. 
Aranda empatou em seguida. 
Leonardo Silva marcou o quarto da equipe mineira. 
Gimenez mandou a última cobrança no travessão e ocorreu o inédito título.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Papa diz que liberar uso da droga não vai reduzir impacto da dependência

24/07/2013 
Do G1 Rio
A visita ao centro para tratamento de dependentes na capital fluminense foi a segunda agenda de Francisco no dia. Pela manhã, ele esteve em Aparecida e celebrou missa no Santuário Nacional.

De volta ao Rio, encontrou mais de mil convidados que aguardavam, debaixo de chuva e frio, a cerimônia de inauguração do centro médico. Francisco foi recepcionado por ex-dependentes e discursou pedindo apoio para aqueles que caíram na "escuridão da dependência".
Não é deixando livre o uso das drogas, como se discute em várias partes da América Latina, que se conseguirá reduzir a difusão e a influência da dependência química"

Papa Francisco
Francisco foi enfático ao condenar o debate sobre a liberação do uso das drogas e apontou a necessidade de encontrar outros caminhos. "Não é deixando livre o uso das drogas, como se discute em várias partes da América Latina, que se conseguirá reduzir a difusão e a influência da dependência química", afirmou.

"É necessário enfrentar os problemas que estão na raiz no uso das drogas, promovendo uma maior justiça, educando os jovens para os valores que constróem a vida comum, acompanhando quem está em dificuldade e dando esperança para o futuro", afirmou.

O Pontífice começou seu pronunciamento afirmando que o hospital que visitava era um "particular santuário do sofrimento humano". Ele citou São Francisco como modelo de conduta: ele deixou bens materiais para optar pelos pobres. Para o Papa, lembrando que os católicos precisam também abraçar os sofredores. "Precisamos todos aprender a abraçar quem passa necessidades, como fez São Francisco."

Entretanto, Papa advertiu que este não é o valor que prevalece na sociedade e relacionou o tráfico com o mercado "da morte". "Frequentemente, porém, nas nossas sociedades, o que prevalece é o egoísmo. São tantos os mercadores de morte que seguem a lógica do poder e do dinheiro a todo custo. A chaga do tráfico de drogas, que favorece a violência e que semeia dor e a morte, exige da inteira sociedade um ato de coragem", disse.

Em uma mensagem direta aos dependentes que ainda não conseguiram buscar tratamento, disse que é preciso que eles sejam protagonistas da sua vida. "Ninguém pode fazer a sua vida no seu lugar. (...) Não deixem que vos roubem a esperança. Mas digo também, não roubemos a esperança. Pelo contrário, nos tornemos portadores de esperança."

Na solenidade, o estudante Francisco entregou uma imagem de São Francisco feita por um ex-dependente que se tratou no hospital. O prédio desativado, de 1947, vai comportar 80 leitos, mas só deve ser aberto em agosto.

Gota no oceano
Antes de falar, Papa ouviu discurso de Dom Orani, arcebispo do Rio. "Aqui se concentram vários trabalhos de prevenção, recuperação e inserção para pessoas adictas. Recordando o compromisso da mãe Igreja com seus filhos que sofrem", comentou Orani. "Sabemos que este trabalho é uma gota no oceano. Peço sua benção para esta obra, para os irmãos que aqui trabalham e para os que vão se recuperar por meio desta rede", disse o arcebispo.

Emocionados, ex-dependentes químicos deram testemunhos na cerimônia de inauguração do centro de reabilitação. Receberam abraços do Papa. Frei Francisco, diretor do hospital, apresentou ao Papa a missão do centro para tratamento dos dependentes químicos. "Santo Padre, a lepra dos nossos dias se chama droga", disse. "Peço que nos ajude a construir uma Igreja mais serva, mais irmã, mais ouvinte", disse o Frei. O Papa recebeu, então, flores e uma escultura feita por internados na instituição.

Aparecida
Em Aparecida (SP), o Papa mobilizou e comoveu milhares de pessoas nesta quarta. Ele celebrou sua primeira missa aberta ao público desde que chegou ao Brasil, e os 12 mil lugares dentro da Basílica foram ocupados logo cedo. Mesmo com a forte onda de frio, muitos fiéis dormiram ao relento para guardar lugar e conseguir ficar perto do Papa. Ele pediu que os jovens construam “um país e um mundo mais justo, solidário e fraterno” e anunciou sua volta à cidade em 2017.

Francisco chegou a Aparecida por volta das 10h15 – após fazer uma viagem de avião do Rio de Janeiro a São José dos Campos e de helicóptero até Aparecida. Após descer no heliponto do Santuário, Francisco seguiu de papamóvel por um curto caminho até a entrada da Basílica, acompanhado do cardeal Arcebispo de Aparecida, Dom Raymundo Damasceno de Assis. Muitas pessoas tentaram se aproximar do carro aberto durante o trajeto, e o Papa chegou a beijar uma criança.

Sua primeira parada no Santuário foi a Capela dos 12 Apóstolos, onde teve um momento de veneração da imagem de Nossa Senhora Aparecida. Ele foi acompanhado de diversos religiosos. O Papa tem uma devoção mariana muito forte, e costuma visitar igrejas dedicadas à mãe de Cristo. Ele fez uma oração na qual citou a jornada, e mostrou bastante emoção.

Em seguida o Papa se dirigiu para o altar da Basílica, em um cortejo com cardeais brasileiros e de outros países, além de bispos. O Papa apresentou a imagem de Nossa Senhora para os fiéis e iniciou a missa, celebrada em português.

A liturgia da missa desta quarta foi a mesma da celebrada todos os dias 12 de outubro, dia de Nossa Senhora Aparecida – foi decidido manter as leituras tradicionais da data. O Evangelho – uma leitura do livro de João, tratou do primeiro milagre atribuído a Jesus, a transformação de água em vinho durante um casamento em Caná da Galileia, com a presença da mãe de Cristo.

Durante o Evangelho, Francisco pediu que os pastores do povo de Deus, pais e educadores sejam responsáveis por transmitir aos jovens valores para construir “um país e um mundo mais justo, solidário e fraterno” a partir de posturas “simples”. Francisco também pediu que a juventude seja encorajada e considerada um “motor potente para a Igreja e para a sociedade”.

Benção
Após a celebração, o papa seguiu para a Tribuna Bento XVI, do lado de fora da basílica, onde abençoou os milhares de fiéis que o esperavam. Francisco pediu desculpas por não falar “brasileiro”, disse que falaria em espanhol e de desculpou novamente. Em todos os intervalos de suas falas, foi ovacionado pelo público.

“Uma mãe se esquece de seus filhos? Ela não se esquece de nós. Ela nos quer e nos cuida”, disse o Papa, antes de pegar a imagem de Nossa Senhora em suas mãos e apresentá-la aos fiéis, abençoando-os.

Em seguida, pediu novamente que todos rezassem por ele – uma tradição em seus discursos e uma das primeiras frases ditas por ele quando foi eleito papa. “Eu peço um favor, com jeitinho, rezem por mim. Necessito. Que Deus os abençoe e Nossa Senhora Aparecida cuide de vocês. Até 2017, porque eu vou voltar”.

Em 2017, o Santuário Nacional vai comemorar os 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida no Rio Paraíba. O pontífice foi convidado para participar da celebração pelo arcebispo de Aparecida, dom Raymundo Damasceno, e disse ter aceitado.
Pouco antes, quando o pontífice ainda tentava deixar o altar da Basílica, sua conta no Twitter publicou uma mensagem pedindo que os jovens não se esqueçam que a “a Virgem Maria é a nossa Mãe, e é com a sua ajuda que podemos permanecer fiéis a Jesus”.

Trajetos
Após deixar a tribuna, o Papa seguiu de papamóvel aberto – mesmo com o frio – até o Seminário Bom Jesus. O trajeto incluiu parte do estacionamento do Santuário e algumas ruas de Aparecida, e foi todo isolado por grades, para que o público não avançasse sobre o Papa como aconteceu em sua primeira aparição no Rio de Janeiro. Muitos seguranças também cercaram o carro durante todo o trajeto.

O trajeto de 1,1 quilômetro foi acompanhado por milhares de pessoas. No seminário, o Papa almoçou um cardápio bastante simples e regional, composto de salada de alface e tomate, purê de batatas, carne de panela, arroz e feijão, além de doce de abóbora e doce de leite de sobremesa. O almoço foi acompanhado por cerca de 60 pessoas, incluindo parte de sua comitiva e alguns seminaristas.

Ainda no Seminário Bom Jesus, o Papa abençoou uma imagem de oito metros de Frei Galvão que foi retirada da entrada da cidade de Guaratinguetá (SP) especialmente para a benção papal.

Um príncipe nascido em forma de matuto-flor

Sanfoneiro e cantor encarnou o lado sensível da música regional nordestina

Trecho de Tenho sede, de Dominguinhos e Anastácia: “Traga-me um copo d’água, tenho sede / e essa sede pode me matar. / Minha garganta pede um pouco d’água / e os meus olhos pedem o teu olhar”.
Reinado absoluto. O sanfoneiro toca em Caruaru em 2007

“O sertanejo é antes de tudo um forte”, sapecou Euclides da Cunha em “Os sertões”. Os desavisados reconhecerão na definição o protótipo do cangaceiro, do cabra macho, do matuto destemido que não leva desaforo para casa. Ledo engano. Como o próprio Euclides deixou claro, essa força não reside na coragem, na valentia ou no destemor, mas repousa na improvável força interior contida no termo euclidiano Hércules-Quasímodo. O sanfoneiro, compositor e cantor Dominguinhos encarnou o lado sensível, belo e pungente dessa força, contrapondo-o à valentia da cabroeira que dormia ao relento e lutava contra as tropas da lei e da ordem. Lampião era o sertanejo-mandacaru. Dominguinhos, o matuto-flor: a flor que brota do cacto com a beleza protegida pela agressividade bélica dos espinhos.

Desde cedo ungido príncipe da música regional nordestina que o Rei Gonzaga fundou e sustentou com o rebuliço mágico dos 180 baixos de sua sanfona, o garoto de Garanhuns, Pernambuco, cruzou as veredas da vida sem trocar de patente nem de coroa: sempre foi menino, sempre foi príncipe. Consciente da majestade de seu Lua, legitimada pela dimensão universal de sua herança, a grandeza dele, caudatária da simplicidade, o tornou herdeiro perpétuo, impedindo-o de subir ao trono com o desaparecimento físico do criador do forró. Não se confunda, contudo, essa simplicidade com complexo de inferioridade ou desconhecimento do próprio potencial que levou Gonzaga a lhe transferir sanfona, cetro, reinado e gibão. Nada disso: mantendo-se na infância, ele preservou o segredo da beleza e da variedade da obra que o fundador trouxe das brenhas para transformar no ponto de contato e de solidariedade dos deserdados da seca no bulício das metrópoles.

Em Dominguinhos comungavam a humildade dos mansos de espírito e a altivez dos gênios que reconhecem seu valor ao identificá-lo não nas glórias da fama, mas na consciência da fidelidade a sua grei, que a retribui com um amor mudo, sincero e pleno, que vai além do aplauso fácil. Este reconhecimento passou, é claro, pela unção real, mas se confirmou em todos os contatos que o artista manteve com seu público, gente com quem partilhava as mesmas origens e com quem se comunicava pela mudez de cúmplices egressos dos mesmos roçados nos quais a necessidade e a escassez tornam a solidariedade gênero de primeira necessidade. Esse povo aprendeu a linguagem das pausas longas e o reconhecimento da labuta na textura áspera da pele da palma da mão acostumada com a soleira que ofusca e a aridez do solo de pouca água.

Se o Rei do Baião fez de Asa Branca, com a letra do urbano Humberto Teixeira, o hino da diáspora nordestina pelo mundo afora, o príncipe da sanfona compôs em Lamento Sertanejo, com a letra-síntese de Gilberto Gil, negro e interiorano qual Gonzaga, a saga do retirante aculturado. “Quando o verde dos teus olhos se espalhar na plantação, / eu te asseguro, não chore não, viu, / eu voltarei, viu, pro meu sertão”: Gonzaga e Teixeira cantaram o mito da volta do homem à terra, bastando que caia a chuva do céu. “Por ser de lá, / na certa por isso mesmo, / não gosto de cama mole, / não sei comer sem torresmo. / Eu quase não falo, / eu quase não sei de nada. / Sou como rês desgarrada / nessa multidão boiada caminhando a esmo“ – na melodia de Dominguinhos Gil decretou a saga de um Ulisses-Quasímodo que não retorna a Penélope, mas faz do desassossego solitário o jeito de ficar onde estiver, construindo Ítaca em si mesmo.

A Odisseia do cantor do vale do Araripe, nos confins onde Pernambuco acaba no Ceará, foi registrada no percurso do peixe em Riacho do Navio, com letra do parceiro Zé Dantas, partindo do Atlântico na direção do paraíso idílico perdido nas margens do riacho da Brígida, contra a correnteza. Essa busca do cordão umbilical enterrado na porteira do curral avoengo se expressa na utopia do desterrado: “Pra ver o meu brejinho, / fazer umas caçada, / ver as ‘pegá’ de boi, / andar nas vaquejada, / dormir ao som do chocalho / e acordar com a passarada, / sem rádio e sem notícia / das terra civilizada”.

A Ilíada do sanfoneiro da “Suíça nordestina” mantém o desterrado no desterro, universo transportado de Garanhuns para os guetos nordestinos nas metrópoles – o Brás em São Paulo, o Campo de São Cristóvão no Rio… Nesses lugares, o cavalo de madeira transporta o retirante para os ambientes urbanos, tornando-o uma espécie de extra-terrestre adaptado aos hábitos e à cultura da Troia que desconhecia. O retirante pede água, busca o amor e vai ficando: a obra de Dominguinhos é a consciência de que todo lugar é sertão e o sertão é aqui mesmo, reconhecido nas manchas de suor tornadas mapas da solidão que virou ritual de encontro. Como cantou em Tenho sede, com letra de Anastácia, sua mulher e parceira de origem: “Traga-me um copo d’água, tenho sede / e essa sede pode me matar. / Minha garganta pede um pouco d’água / e os meus olhos pedem teu olhar”.

(Publicado na Pag.D03 do Caderno 2 do Estado de S. Paulo de quarta 24 de julho)

Barbosa afirma bom relacionamento e nega que tenha sido descortês com Dilma

24/07/2013
A petista afirmou em nota que o termo ‘surpresa’ referia-se a acordo histórico

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, divulgou nota oficial nesta quarta-feira para repudiar as críticas de que teria sido descortês com a presidente Dilma Rousseff ao não cumprimentá-la na cerimônia de recepção ao Papa Francisco no Palácio Guanabara, no Rio de Janeiro, na última segunda-feira, 22.

Na nota, o ministro afirma manter "relacionamento institucional de alto nível com a presidente Dilma", disse que já havia cumprimentado a presidenta ao chegar ao local da cerimônia e que apesar de não ter apertado a mão de Dilma diante das câmeras de televisão, trocou com ela um sorriso.

"Por ocasião dos cumprimentos, o Ministro apertou respeitosamente a mão do Santo Padre, e trocou discreto sorriso com a Presidente. Isso porque avaliou não ser necessário novo cumprimento protocolar, uma vez que isso já havia ocorrido por ocasião de sua chegada ao Palácio", informou a secretaria de Comunicação na nota divulgada nesta quarta.

Na nota, o tribunal informa que "causou grande surpresa" ao presidente a crítica de que teria sido descortês. "Com base em imagens de TV captadas a partir de determinado ângulo, foram criadas versões sobre o comportamento do Ministro que não encontram amparo na realidade. O Ministro repudia interpretação de que teria sido deselegante com a presidente e ratifica seu respeito pelos Poderes constituídos", acrescenta a secretaria de Comunicação.

A assessoria de Barbosa informou ainda que tem mantido relacionamento institucional de alto nível com a presidente Dilma. E citou duas recentes audiências no Palácio do Planalto para negar uma possível crise de relacionamento.

"Em um espaço de dois meses, foram realizadas duas audiências no Palácio do Planalto, sendo a primeira convocada pela Presidente da República e a segunda solicitada pelo Presidente do Supremo. Nesses encontros foram discutidos temas de grande relevância para a vida do País", informou a secretaria do tribunal.

Ainda na nota, a secretaria afirmou que, ao chegar ao Palácio da Guanabara, Barbosa permaneceu na sala de autoridades, onde estava Dilma e outras autoridades, "por mais de uma hora".

Agência Estado

Carro invadiu calçada e danificou estrutura de telhado

 24 de Julho de 2013 - Juiz de Fora
Rua Major Maximiano Campos com Rua Luiz Rocha - Eldorado

Um carro subiu na calçada e danificou a estrutura de um telhado após batida envolvendo um segundo veículo, na noite de terça-feira (23), no Bairro Eldorado, Zona Nordeste. 

De acordo com informações do boletim de ocorrência da Polícia Militar, pouco antes das 22h, um Fiat Uno seguia pela Rua Major Maximiano Campos, e um Siena trafegava pela Rua Luiz Rocha, quando houve o acidente entre os dois veículos no cruzamento. 

Após o impacto, o Uno foi lançado sobre o passeio e atingiu a estrutura metálica que sustentava o telhado de uma varanda de estabelecimentos comerciais. Ninguém ficou ferido. 

Até o fim da manhã, o Uno permanecia no local, já que o carro acabou escorando parte da cobertura que cedeu. Os reparos na estrutura seriam providenciados para permitir a remoção do veículo.
Fonte Tribuna de Minas

Suspeito de desviar armas do Exército é preso - Operação "Impacto seguro"

24 de Julho de 2013 - Juiz de Fora
Por Michele Meireles e Sandra Zanella

Um jovem, 23 anos, suspeito de ser receptador de armamentos possivelmente desviados do 4º Depósito de Suprimentos do Exército Brasileiro (4º DSup), foi preso nesta terça-feira (23) durante operação conjunta desencadeada pelas polícias Civil e Militar, batizada de "Impacto seguro". De acordo com a delegada regional interina, Sheila Oliveira, a investigação feita pela Polícia Civil durou oito meses, e o homem preso é apontado como a ponte com os militares que participaram do desvio. "Ele era o responsável por derramar estes armamentos na cidade," afirmou.

O jovem foi detido em casa, no Bairro Jardim Natal, Zona Norte da cidade. No interior de um carro Fox, que seria de propriedade do suspeito, os policiais encontraram uma pistola calibre 635, com carregador e nove munições, escondida no encosto do banco do carona. O homem é suspeito ainda de fornecer armas usadas em confrontos de gangues do Jardim Natal e Jóquei Clube, e muitos desses conflitos resultaram em mortos e feridos.

Segundo a delegada, em outra manobra, que aconteceu em abril deste ano, o suspeito também era alvo, mas teria conseguido fugir. Na ocasião, em uma residência usada por ele, no Bairro Bandeirantes, região Nordeste, os policiais apreenderam uma arma que teria sido desviada do Hospital Geral do Exército, no Rio de Janeiro."Foi feita a perícia metalográfica que apontou que ela saiu do Hospital. Isto mostra que ele tinha braços em outros locais", ressaltou a delegada.

Apesar do inquérito instaurado pelo Exército não ter apontado o montante de armas desviadas, Sheila Oliveira afirmou que o "número é grande e contribuiu para o aumento da criminalidade na cidade". O inquérito foi enviado para a 4ª Circunscrição da Justiça Militar, que informou que irá remeter ainda hoje o procedimento para o Ministério Público Militar (MPM).

Desde novembro passado, o 4º DSup, onde ocorreu o desvio de armas oriundas da campanha do desarmamento ou enviadas pela Justiça, investiga a subtração dos materiais. O processo corre em segredo de justiça no Ministério Público Militar e, desde abril, foi remetido ao Depósito de Suprimentos para novas diligências. Segundo o comandante da unidade, coronel Sylvio Pessoa da Silva, as diligências devem ser concluídas esta semana. Ele afirmou que, até o momento, as investigações apontam que são poucas as armas extraviadas. "Houve o desvio. Porém, trabalhamos com fatos, e o que posso assegurar é que as armas apreendidas estão passando por perícia metalográfica, e retifico a informação de que é pequeno o número de armas desviadas daqui." O comandante esclareceu que outras informações só serão repassadas depois que o caso estiver concluído. Já o Ministério Público Militar informou que "ainda não há resultados sobre o caso e que ele está em fase investigatória".

Até agora, três militares e um civil foram indiciados no inquérito policial militar. Mas as investigações apontam que pelo menos outras dez pessoas estariam envolvidas. Os militares suspeitos de cometerem o delito trabalhavam no setor de armas do quartel e já foram desligados. Segundo o comandante do 4º DSup, a unidade trabalha fazendo auditorias, revisões processuais e realiza um trabalho de inteligência.

Operação mobiliza 200 policiais
Durante a operação "Impacto seguro" realizada terça na cidade, foram cumpridos 23 mandados. Além do homem apontado de integrar o esquema de desvio de armas, outras 14 pessoas, suspeitas de envolvimento com tráfico de drogas, homicídios e tentativas de homicídio, também foram detidas. A manobra aconteceu em diversos bairros da cidade, mas a maioria das prisões ocorreu na Zona Norte. Cerca de 200 policiais e mais de 30 viaturas foram mobilizados na manobra, que foi realizada ainda em outros 13 municípios mineiros com altos índices de criminalidade.

Em Juiz de Fora foram apreendidos 1kg de crack e 130 pedras da mesma substância, um tablete e 36 buchas de maconha, e 36 papelotes de cocaína. Os policiais apreenderam ainda um revólver, 14 munições, sendo duas de calibre restrito, veículos, balanças de precisão, celulares e cerca de R$ 5 mil em dinheiro. Durante a tarde e a noite dessa terça, a "Impacto seguro" continuou com ações preventivas, como abordagens a pessoas e veículos suspeitos e blitze em vários pontos da cidade.

"A operação representa um grande avanço no combate à criminalidade, em especial aos crimes de homicídio e tráfico de armas", enfatizou a delegada Sheila Oliveira. Para o comandante do 27º Batalhão da PM, tenente-coronel Moisés Ricardo Pinto, a retirada de circulação de suspeitos de cometerem de delitos aumenta a segurança. "Essas operações integradas não permitem o recrudescimento de crimes. Com as prisões, eliminamos a possibilidade de eclosão de delitos e tiramos das ruas essas pessoas que também se envolvem em guerra de gangues." Até o fechamento desta edição, os presos prestavam depoimento na delegacia.
Tribuna de Minas

terça-feira, 23 de julho de 2013

Ônibus da mesma linha é assaltado pela 4ª vez

22 de Julho de 2013 - Juiz de Fora

Por Sandra Zanella

Mais um ônibus da Viação Ansal, linha 226, Bairu-Guaruá, foi assaltado, na manhã desta segunda-feira (22), na Zona Sul da cidade. Esse foi o quarto roubo em coletivo do mesmo trajeto ocorrido este mês no Bairro Guaruá. A situação tem levado medo a passageiros e funcionários, já que os bandidos estão cada vez mais ousados e passaram a agir, também, à luz do dia. Desta vez, o veículo passava pela Rua Anhanguera, por volta das 11h, e um homem solicitou embarque. Quando o motorista, 38 anos, parou no ponto, foi surpreendido por um comparsa do primeiro criminoso, que estava escondido atrás de um muro. Ele correu e entrou no interior do ônibus, anunciando o assalto. O ladrão seguiu até o cobrador, 59, e roubou cerca de R$ 30 do caixa. A dupla fugiu a pé após o crime. A Polícia Militar foi acionada e fez rastreamento na região, mas nenhum suspeito foi encontrado. 

De acordo com o condutor da empresa, cerca de 15 passageiros estavam no interior do veículo no momento do crime. "Tinha até mulher com criança, mas todos ficaram quietos, porque não sabíamos se estavam armados", desabafou. Segundo ele, o bandido que embarcou no coletivo parecia portar um objeto sob a manga da blusa. Já o outro assaltante, que fez sinal de parada e ficou do lado de fora dando cobertura ao crime, permaneceu com a mão na cintura. "Essa é a quarta vez que assaltam a mesma linha no mesmo lugar. Pelo o que os colegas falam, parece que são as mesmas pessoas", disse o motorista. "Quando estou trabalhando à noite, tento nem passar por essa rua. Porém, agora, estão assaltando de dia também", completou. 

Temendo nova investida de criminosos, após o assalto, a vítima seguiu com o veículo até a Rua Professor Clóvis Jaguaribe, no Bom Pastor, e acionou a PM. Os passageiros fizeram transbordo para outro carro da Ansal para seguirem viagem. Pelo menos três viaturas foram mobilizadas no caso. O comandante da 32ª Companhia da PM, capitão Ricardo França, esteve no local e informou que já há policiamento específico para combater essa modalidade criminosa. "Essas ocorrências que surgiram nos últimos dias estão sendo praticadas por viciados, provavelmente em crack. Eles perdem a noção de perigo e fazem qualquer coisa para conseguir dinheiro." Ainda conforme o capitão, os suspeitos estão sendo identificados e seriam adolescentes. "Eles roubam quantias irrisórias, na maioria das vezes com ameaças e extorsões, porque não têm mostrado armas. Mesmo assim, o cobrador foi correto em não reagir", observou.

Segundo o comandante, os suspeitos seriam moradores de bairros próximos às ocorrências. "Temos monitorado esses viciados e os locais em que atuam. Uma viatura está voltada para isso", garantiu. "Estamos tentando fazer o cerco, mas, nas muitas abordagens, não estão com armas e nem drogas. Estamos levando as ocorrências ao conhecimento da Polícia Civil para conseguirmos mandados de prisão e de apreensão, no caso de adolescentes." O capitão França destacou, ainda, a importância da participação da comunidade. "As pessoas podem colaborar com denúncias para o número 190 e também solicitarem abordagens quando perceberem a presença de pessoas suspeitas."

Antes do crime desta segunda, o caso mais recente de assalto a ônibus da linha 226 havia acontecido no dia 16, também à luz do dia. Na ocasião, a PM foi acionada, por volta das 14h, na Rua Professor Clóvis Jaguaribe. As vítimas contaram aos policiais que um ladrão armado com faca entrou no veículo e ameaçou o cobrador, exigindo dinheiro. O assaltante roubou R$ 20 do caixa e R$ 20 do cobrador. Ninguém foi preso. 
Tribuna de Minas

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Mais três cidades mineiras entram para a lista de emergência devido à seca

22/07/2013

MÁBILA SOARES

Subiu para 125 o número de cidades mineiras que decretaram situação de emergência em decorrência do período de seca. Os dados foram atualizados pela Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec) nesta segunda-feira (22). Os últimos municípios a integrarem a lista são Jordânia, Mata Verde e Coronel Murta, todos no Vale do Jequitinhonha.

Em decorrência do longo período de estiagem, essas cidades enfrentam diversos problemas e, na maioria dos casos, a falta de chuva já atingiu as áreas urbanas.

Previsão do tempo
As temperaturas permanecerão altas em todo o dia no Estado. No Sul o dia será de variação de nebulosidade com possibilidade de ocorrerem chuvas isoladas. Os índices de umidade relativa do ar ficarão abaixo de 35% à tarde, especialmente no Norte e Oeste do estado.

Em Belo Horizonte e na bacia do Rio Doce, o dia será de céu parcialmente nublado. Na bacia do Sapucaí, o dia será céu parcialmente nublado passando a nublado com possibilidade de chuvas isoladas.
Jornal O Tempo