sábado, 13 de fevereiro de 2016

De olho nas “estrelas” comandantes se reduzem a chefes de caça-mosquitos. A verdade por trás das Fardas

13/02/2016

A verdade por trás das Fardas

 

“BRASÍLIA E RIO — Sábado, dia nacional de mobilização do governo contra o Aedes aegypti, as Forças Armadas vão colocar 220 mil homens nas ruas, mas deixarão de fora as áreas de conflito no Rio de Janeiro. São morros que, em geral, sofrem com a violência e também com elevados índices de infestação do mosquito, devido à falta de saneamento básico. Apesar disso, os militares não entrarão em locais onde houver risco de confronto com traficantes”.


Sábado é o Dia D contra o Aedes aegypti

“Cerca de 220 mil membros das Forças Armadas participarão da mobilização; no Estado, serão 20 mil militares. Uma força-tarefa nacional será lançada neste sábado para combater a infestação do mosquito Aedes aegypti, vetor dos vírus da dengue, zika e chikungunya. Ao todo, 220 mil militares participarão da campanha e visitarão 356 municípios brasileiros, incluindo todas as cidades consideradas endêmicas”.

Em outros tempos, as manchetes exibidas acima seriam motivos de orgulho por parte de todos os militares, bem como da população. Infelizmente, a realidade nos quartéis é outra, e a palavra “militares” que outrora trazia consigo a vibração, garra e empenho de um guerreiro, hoje não é a melhor expressão a ser usada dentro das casernas. A real situação que se encontra o serviço militar, para ser mais específico, o justo descontentamento salarial e logístico, assolam a carreira militar.

Sem forças, meios e até mesmo intenção de motiva-los, Comandantes de diversas unidades, ainda, se utilizam de formas inconstitucionais para garantir seu autoritarismo e poderio frente à tropa. Este modelo, ultrapassado, mas,muito “eficaz”, são os ditames em tom ameaçador caso a missão não seja cumprida. Cegos pelo brilho das estrelas que almejam, esquecem-se que o verdadeiro inimigo não são seus subordinados ou pares, mas quem minimiza o gigantismo das Forças Armadas ao combate de um mosquito.

DA INCOMPETÊNCIA
Dentre os muitos Ministérios existentes no Brasil, o da Defesa, quase sempre está onde há resquício de incompetência por parte dos outros.
Sem voz e mais preocupados com o status de Comandante, o Alto Comando, deixa de lado o melhor para a Instituição e seus comandados, e segue o fluxo do nobre interesse político, ou seja, a ordem que antes era garantir a “soberania do povo”, atualmente é, “não se indispor com o Governo corrupto”.

A preocupação precípua não é o combate ao mosquito, nem se quer, a conscientização da população, mas sim,tentar mostrar que algo está sendo feito e mascarar a forma com que os outros países irão ver o país sede das Olimpíadas, tão grandioso e gigante por natureza, mas inundando por focos de incompetência e falta de prevenção por parte do Ministério da Saúde. Para mais esta Guerra, chegam os filhos esquecidos, pelos pais e mães deste Governo, amordaçados pelo poder proibitivo dos Chefes e Comandantes de se manifestarem com qualquer meio de comunicação e divulgação.

Muito embora, entenda-se que essa Guerra é de todos, é preciso relevar que tal consciência não nasce de um dia para o outro, muito menos, porque homens e mulheres fardadas estarão nas ruas, vale ressaltar, obrigados e sem o mínimo de conhecimento para questionamentos relevantes e eventuais.

A melhor arma, ainda, é a Educação, e a melhor conscientização não nasce de atos onde há nuances de imposição e insatisfação. Hoje, infelizmente, estes guerreiros estarão nas ruas indignados, não pelo serviço que prestam à sociedade, mas pelo sentimento de se sentirem usados, sem o reconhecimento real que deveria ter as Forças Armadas.

Espaço do leitor / colaborador. / Recebido de A.Santos

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