terça-feira, 21 de maio de 2019

Bejani, ex-prefeito de Juiz de Fora, é beneficiado por indulto e passa a cumprir pena sem tornozeleira

Por G1 Zona da Mata e MG2

21/05/2019 17h35 
Carlos Alberto Bejani, ex-prefeito de Juiz de Fora — Foto: Reprodução/TV Integração

Carlos Alberton Bejani cumpre pena sem tornozeleira eletrônica desde esta segunda-feira (20) em Juiz de Fora. O ex-prefeito foi beneficiado pelo decreto de indulto natalino editado pelo presidente Michel Temer em 2017 e validado neste mês pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

No dia 30 de abril deste ano, Bejani recebeu a tornozeleira, após ter recebido do juiz Daniel Reche da Motta, da Vara de Execuções Criminais (VEC), o benefício do cumprimento da pena em regime domiciliar. Com o indulto, o ex-prefeito recebe a liberdade para todos os tipos de atividades.

De acordo com o advogado dele, Anderson de Paula, a pena que Bejani cumpria não previa inelegibilidade. No entanto, o cliente não manifestou a intenção de retornar à vida política.

O decreto de indulto natalino reduziu o tempo de cumprimento das penas a condenados por crimes cometidos sem violência ou grave ameaça, como os de colarinho branco.

Em janeiro deste ano, a Justiça determinou que ele retornasse ao regime fechado por não ressarcimento dos cofres públicos. Há um mês, ele estava no regime semiaberto, na Casa do Albergado, quando trabalhava, mas tinha que retornar ao presídio para dormir.

Bejani foi prefeito por duas vezes. Em 2008, renunciou ao segundo mandato.

Pena
Desde novembro de 2017, Bejani cumpria pena em regime semiaberto na Penitenciária José Edson Cavalieri, ou seja, ele tinha o direito de sair durante o dia para trabalhar e à noite retornava diariamente para dormir na penitenciária.

O ex-prefeito foi condenado por corrupção passiva por receber vantagens indevidas para beneficiar uma construtora em licitações fraudulentas durante a primeira administração na Prefeitura, entre 1989 e 1992.

A pena dele foi de sete anos, nove meses e dez dias de reclusão, além de pagamento de multa por 155 dias. O valor, que é calculado com base no salário mínimo, equivale a aproximadamente R$ 15 mil em valores atualizados.

Prisão
Bejani foi preso no dia 11 de junho de 2016, na casa dele, no Bairro Aeroporto, após cumprimento de ordem judicial pela Polícia Civil. No dia 27 do mesmo mês, ele foi transferido da Penitenciária Ariosvaldo Campos Pires, em Juiz de Fora, para o Complexo Penitenciário Nelson Hungria, em Contagem.

Entenda o caso
Em fevereiro de 2014, Bejani foi condenado a oito anos e quatro meses de detenção, em regime fechado, além do pagamento de multa de um salário mínimo por dia por 166 dias, pela 3ª Vara Criminal de Juiz de Fora.

Na ocasião, ficou comprovado que durante a primeira administração como chefe do Executivo, entre 1989 e 1992, ele tinha recebido vantagens indevidas por beneficiar, através de licitações fraudulentas, uma construtora.

Segundo a denúncia do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), em 1990 o proprietário da empresa doou um lote e dinheiro ao ex-prefeito que, em contrapartida, contratou a construtora para execução de três obras na cidade, afrontando os procedimentos licitatórios normais.

Uma das obras seria referente a serviços de captação de águas, no Bairro Bandeirantes, e outras duas seriam construções das escolas municipais dos bairros Santa Cecília e São Geraldo.

O político recorreu da decisão, refutando as alegações de que a aquisição do terreno no loteamento, em junho de 1990, não foi feita por preço subfaturado e alegando que o depósito foi um empréstimo para ajudá-lo em um período de dificuldades financeiras, o que não se configuraria como doação, visto que foi feito em instituição bancária oficial.

Em fevereiro de 2015, o recurso foi parcialmente acatado pela 2ª Câmara Criminal do TJMG, em Belo Horizonte. No ato, a condenação foi mantida, mas houve redução da pena para sete anos, nove meses e dez dias de reclusão, também em regime fechado, além de pagamento de multa por 155 dias.

Conta de luz vai ficar mais cara em Minas Gerais

Por G1 Minas — Belo Horizonte

21/05/2019 16h36 
Energia fica mais cara em Minas a partir do próximo mês. — Foto: Divulgação

Mineiros das cidades que recebem energia elétrica da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) vão ter que arcar com duas mudanças no valor das contas a partir do próximo mês. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou, hoje, reajuste de 6,93% nas tarifas dos clientes residenciais. O aumento passa a vigorar a partir da próxima terça-feira (28). Além disso, os consumidores terão que lidar com as diferenças também aprovada pela Aneel nos valores das bandeiras tarifárias.

De acordo com a Aneel, o reajuste tarifário autorizado à Cemig ocorre para compensar os custos da empresa com a compra de energia. Ainda segundo a agência, a recomposição de todas as empresas distribuidoras do país é sempre feita anualmente.

Segundo a Cemig, a empresa teve uma despesa adicional de R$ 1,5 bilhão para comprar energia das termelétricas de junho do ano passado até fevereiro deste ano. A explicação seria a escassez de chuvas no período. O reajuste, afirmou a Cemig, é "para garantir o fornecimento aos clientes mineiros".

Do valor cobrado na tarifa, apenas 22% ficam na Cemig e se destinam a remunerar o investimento, cobrir a depreciação dos ativos e outros custos da empresa. Os demais 78% são utilizados para cobrir encargos setoriais (13%), tributos (30%), energia comprada (29%) e encargos de transmissão (6%).

Bandeiras tarifárias
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou também nesta terça-feira (21) um reajuste nos valores da bandeira tarifária amarela e da bandeira vermelha, nos patamares 1 e 2.

A bandeira amarela passou de R$1 para R$1,50 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Já a bandeira vermelha patamar 1 passou de R$3 para R$4 e a bandeira vermelha patamar 2 subiu de R$5 para R$6 por 100 kWh consumidos.

A bandeira que vai vigorar no mês de junho ainda será definida no dia 31 de maio. Estes novos valores vão depender desta definição.
G1Minas - BH

Jovem é morto a tiros no Bairro Linhares em Juiz de Fora

Por G1 Zona da Mata

21/05/2019 15h20 

Um jovem, de 19 anos, foi morto a tiros na manhã desta terça-feira (21), no Bairro Linhares, em Juiz de Fora. O caso foi registrado na Rua Heitor Santos Júnior.

De acordo com a Polícia Militar (PM), a vítima foi atingida por sete disparos de arma de fogo e teve o óbito confirmado ainda no local por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Equipes policiais realizam rastreamento nas buscas por três envolvidos.

Quem tiver informações que ajudem na apuração pode repassar para os telefones da PM, 190 e para o Disque-Denúncia Unificado (DDU), 181.

O motivo do crime ainda não foi apurado. O caso será encaminhado para investigação da Polícia Civil.

PF combate corrupção na secretaria municipal de saúde de Barbacena/MG

Operação PF - Minas Gerais

Publicado: 21/05/2019 09h20 
Arquivo PF

Juiz de Fora/MG – A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (21/5) a Operação Desvia, para investigar a prática dos crimes de fraude em licitação, de corrupção e de desvio de recursos públicos na aquisição de equipamentos médicos hospitalares, nos anos de 2015 e 2016, pela Secretaria Municipal de Saúde de Barbacena/MG.

Policiais federais dão cumprimento a 13 mandados de busca e apreensão e 3 a mandados de prisão temporária, expedidos pela 11ª Vara Federal de Belo Horizonte, nos municípios de Barbacena, Belo Horizonte, Contagem e Nova Lima. Estão participando da deflagração da Operação cerca de 70 policiais federais, além de 10 auditores da CGU e 10 auditores da Receita Federal.

A investigação, iniciada a partir de fiscalização realizada pela Controladoria Geral da União – CGU, revelou que o Ministério da Saúde transferiu ao município de Barbacena o montante de 3,5 milhões de reais para aquisição de 126 equipamentos hospitalares a serem destinados ao Hospital Geral de Barbacena. No entanto, a Secretaria de Saúde do referido município utilizou toda a verba transferida pela União na aquisição de apenas 46 equipamentos, o que resultou em um superfaturamento de cerca 1,4 milhão de reais, comparando-se os valores da aquisição e aqueles praticados no mercado.

Também foi verificado que no final do ano de 2016, uma funcionária da Secretaria de Saúde de Barbacena carimbou e assinou nota fiscal fria, simulando o recebimento do Cromatógrafo (aparelho automatizado de cromatografia líquida de alta pressão HPLC), destinado à realização de exames laboratoriais, cujo valor de aquisição foi de cerca de 656 mil reais, superando em mais de 600% o valor original de 90 mil reais proposto pelo Ministério da Saúde.

As quebras de sigilos bancário e fiscal realizadas no curso das investigações revelaram que essa mesma funcionária da Secretaria de Saúde e alguns de seus familiares receberam valores monetários em suas contas bancárias, transferidos por pessoas vinculadas à empresa fornecedora dos equipamentos.

Como tentativa de reaver os valores desviados, outras medidas judiciais foram tomadas, como o sequestro de bens imóveis, veículos e ativos financeiros em nome dos investigados, que uma vez condenados, estarão sujeitos à pena máxima de 20 anos de reclusão.

Comunicação Social da Polícia Federal em Juiz de Fora/MG
cs.srmg@dpf.gov.br | www.pf.gov.br
Contato: (32) 3228-9005

segunda-feira, 20 de maio de 2019

Ministério da Saúde prepara campanha de vacinação contra sarampo

Marcelo Camargo/Agência Brasil

Publicado em 20/05/2019 - 19:40

Por Elaine Patricia Cruz – Repórter da Agência Brasil São Paulo

O Ministério da Saúde está preparando uma campanha de vacinação contra o sarampo, que deverá ser iniciada em todo o país no dia 10 de junho. A informação foi confirmada pelo próprio ministério.

Neste ano, o ministério já confirmou 83 casos de sarampo no país, sendo 43 deles no Pará, 27 em São Paulo, quatro no Amazonas, três em Santa Catarina, três em Minas Gerais, dois no Rio de Janeiro e um em Roraima. Deste total, 27 são autóctones e todos eles de residentes no Pará. Os demais casos foram importados de outro país ou ainda não foi possível identificar a fonte de infecção. De janeiro a maio do ano passado, o ministério havia notificado 117 casos de sarampo no país, com dois óbitos.

Dos casos importados, 19 deles ocorreram em um surto da doença dentro de um navio de cruzeiro em Santos, no litoral paulista. O mesmo navio também provocou três casos de sarampo em Santa Catarina e um caso no Rio de Janeiro.

O sarampo
O sarampo é uma doença infecciosa, viral e contagiosa, transmitida pela fala, tosse e espirro. Os sintomas da doença são febre alta [acima de 38,5º C], tosse, coriza, conjuntivite e manchas avermelhadas na pele e brancas na mucosa bucal. A vacinação é a única maneira de prevenir a doença. A vacina que protege contra a doença é a tríplice viral, que também protege contra caxumba e rubéola.

As complicações mais comuns do sarampo são infecções respiratórias, otites, doenças diarreicas e doenças neurológicas. As complicações do sarampo podem deixar sequelas, tais como a diminuição da capacidade mental, a cegueira, a surdez e o retardo do crescimento. O agravamento da doença pode levar à morte de crianças e adultos.

Em 2016, o Brasil recebeu da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), o certificado de eliminação da circulação do vírus do sarampo. Em março deste ano, no entanto, o Ministério da Saúde confirmou à Opas um caso de sarampo endêmico ocorrido no Pará, no mês de fevereiro. Com isso, o Brasil perderá a certificação de país livre da doença e precisará iniciar um plano para retomar o título dentro de 12 meses.

Segundo o ministério, o governo federal estabeleceu a cobertura vacinal como meta prioritária da gestão de saúde no país. Nessa agenda de prioridades, o ministério lançou, em abril, o Movimento Vacina Brasil, buscando reverter o quadro de queda das coberturas vacinais no país dos últimos anos.

Edição: Fábio Massalli
Agência Brasil

Dois são detidos em ação em Juiz de Fora que recuperou carro roubado

Por G1 Zona da Mata

20/05/2019 10h56 

Uma mulher de 41 anos e um jovem de 29 foram detidos por receptação de um carro roubado neste domingo (19) em Juiz de Fora.

Segundo a Polícia Militar (PM), a corporação de Matias Barbosa recebeu um alerta de que um carro roubado tinha sido flagrado passando pelo pedágio de Simão Pereira sentido Juiz de Fora.

Foi montada uma operação de cerco e bloqueio. O veículo foi localizado ao entrar em um motel no Bairro Salvaterra.

Na abordagem, foi encontrado com a mulher uma porção de maconha, R$ 116,75 e um cartão bancário. O rapaz alegou que recebeu R$ 1,5 mil por meio de depósito bancário para levar o carro de Magé (RJ) para Caxambu (MG), onde receberia novas instruções.

De acordo com a ocorrência, o carro teve as placas adulteradas, consta como roubo/furto no sistema, embora não cite onde o crime ocorreu.

Os policiais recolheram o Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV) no interior do carro, que foi removido para pátio credenciado ao Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran).

Detidos e materiais apreendidos foram encaminhados à Delegacia de Polícia Civil.

Educação apresenta “Projeto Navegar com Segurança na Internet”

JUIZ DE FORA - 20/5/2019 - 11:27
Nesta terça-feira, 21, acontece a primeira etapa do “Projeto Navegar com Segurança na Internet”, às 18h30, no Centro de Formação do Professor. O formador Marcelino Rocha, da Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais e tutor presencial do curso de Licenciatura em Computação da UFJF - (Polo Juiz de Fora), vai ministrar a palestra “Reflexões sobre a segurança da informação: práticas educativas sobre a segurança de dados na WEB”.

O convite é aberto a todos os professores da rede municipal, não é necessário fazer inscrição prévia e será conferida uma declaração de comparecimento a todos que solicitarem.

Esta é uma ação conjunta entre a Prefeitura de Juiz de Fora, o Governo de Minas Gerais e o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). O projeto vem subsidiado com o material virtual, enviado pelo MPMG. O público-alvo são os professores das salas de informática da rede municipal, porém, a escola que não possuir salas de informática, poderá enviar representantes.

Os encontros para tratar do projeto acontecerão nas datas do Grupo de Estudos Mídia-educação.

Informações pelo telefone: (32) 3690-7433 ou pelo link.

*Informações com a Assessoria de Comunicação da SE pelo telefone 3690-8497.
Portal PJF

Teatro “Paschoal Carlos Magno” recebe grupo inclusivo premiado pela ONU

JUIZ DE FORA - 20/5/2019 - 11:29
Foto: Gil Velloso

A Secretaria de Educação (SE) da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), em parceria com a organização não governamental (ONG) “Escola de Gente – Comunicação em Inclusão”, realizará, na quinta-feira, 23, às 15 horas, mais uma exibição do espetáculo “Ninguém mais vai ser bonzinho”. A peça será apresentada no Teatro Paschoal Carlos Magno. O espetáculo utiliza linguagem de humor para mostrar questões cotidianas envolvendo preconceito e discriminação.

O espetáculo é desenvolvido pelo grupo “Os Inclusos e os Sisos – Teatro de Mobilização pela Diversidade”, criado pela atriz e apresentadora Tatá Werneck, e faz parte do projeto “Aqui Trem Cultura Acessível”, que é patrocinado pela MRS Logística e percorre os municípios por onde passa a ferrovia. A apresentação foi premiada pela Organização das Nações Unidas (ONU) e já foi vista por mais de cem mil pessoas.

A peça também traz um diferencial, ao disponibilizar dez recursos de acessibilidade, como intérprete de Libras, fones para audiodescrição, material de comunicação em Braile e formatos digitais, visita tátil ao cenário, rampas de acesso, banheiro adaptado e atendimento acessível desde a fila. Desta forma, pessoas com e sem deficiência podem aproveitar e se divertir com o espetáculo.


* Informações com a Assessoria de Comunicação da SE pelo telefone 3690-8497.
Portal PJF

domingo, 19 de maio de 2019

Polícia apreende drogas e detém dois militares da Aeronáutica em Barbacena

Por G1 Zona da Mata

19/05/2019 15h09 Atualizado 2019-05-19T18:40:04.794Z

Dois irmãos, que são militares da Escola Preparatória de Cadetes do Ar (Epcar), foram detidos em Barbacena e drogas foram apreendidas. A ocorrência foi registrada pela Polícia Militar (PM) no sábado (18). Em nota, a Força Aérea Brasileira (FAB) se posicionou sobre o assunto. (Ver nota na íntegra mais abaixo)

Conforme informações divulgadas pela assessoria da 13ª Região da Polícia Militar (RPM), durante operação no Bairro Grogotó, na tarde de sábado, os militares receberam uma denúncia de que duas pessoas em uma moto estariam praticando tráfico de drogas nas proximidades. Então, os policiais deslocaram ao local informado e, após algum tempo, viram dois suspeitos em uma moto.

Quando os militares foram em direção aos suspeitos, o garupa da moto, de 22 anos, jogou ao chão dois invólucros de papel alumínio. Os policiais constataram que eram dois pequenos tabletes de maconha.

Após abordagem, o rapaz de 22 anos negou que a droga fosse dele e se identificou como militar da Aeronáutica, apresentando, inclusive, a carteira funcional. Indagado se mantinha drogas em casa, ele alegou que não e que os policiais poderiam ir até o local verificar. No entanto, a PM descobriu que o rapaz estaria indicando um local diferente de onde estaria morando.

Depois de descobrir o verdadeiro local da residência do suspeito, os policiais foram ao imóvel e encontraram o irmão dele, que também é militar da Aeronáutica e tem 20 anos. No primeiro momento, ele afirmou que não havia nada de ilícito no imóvel.

Porém, após autorização, os militares fizeram buscas na residência e encontraram em uma estante um tablete de maconha, uma sacola plástica com duas porções de cocaína, duas balanças de precisão, quatro rolos de papel alumínio e materiais comumente utilizados para embalagem de drogas.

Diante do material encontrado, um dos irmãos alegou que estaria realizando o tráfico de drogas há aproximadamente dois meses, sendo que vendia cada tablete de maconha pela quantia de R$ 80 e a cocaína era vendida pelo valor de R$ 18. Ele ainda acrescentou que o irmão tinha conhecimento de tudo o que ocorria.

Assim, foi dada voz de prisão aos rapazes por suspeita de tráfico de drogas e associação para o tráfico. Ambos foram encaminhados à delegacia, juntamente com o material apreendido. Um dos detidos foi autuado e está sob custódia da Epcar, informou a assessoria da Polícia Civil de Minas Gerais.

Nota enviada pela FAB
"Dois militares da Escola Preparatória de Cadetes do Ar (EPCAR) foram presos na noite deste sábado (18/05) em Barbacena (MG). Um dos militares está sob custódia da EPCAR e à disposição da Justiça e o outro foi liberado da delegacia ainda no sábado.

Um processo administrativo será aberto para apurar o envolvimento dos militares. Cabe ressaltar que a FAB repudia atitudes desta natureza e atua para coibir desvios de conduta de seus militares.

O Comando da Aeronáutica colabora com a autoridade policial nas investigações".

Cidade mineira vive tensão com risco de rompimento de barragem. Mina da Vale em Barão de Cocais pode se romper a partir de hoje

Publicado em 19/05/2019 - 17:29

Por Pedro Peduzzi - Repórter da Agência Brasil Brasília

O risco iminente de rompimento da barragem da Mina de Gongo Soco, em Barão de Cocais (MG), tem deixado cada vez mais tensos os moradores da região. Segundo a coordenadora nacional do Movimento pela Soberania Popular na Mineração (MAM), Maria Júlia Andrade, a maior preocupação é com a possibilidade de o rompimento de um talude gerar uma movimentação sísmica que comprometa de vez a barragem.

De acordo com a coordenadora, a forma como as informações estão sendo repassadas pela Vale é inadequada, o que tem gerado “pânico e terror” na população local. Maria Júlia diz que há uma preocupação muito grande, nos últimos dias, após ter vindo à tona a informação de que existe um talude da cava da mina prestes a desmoronar.

“Este problema já existia, mas ele só veio à tona agora. E o maior problema é que esta cava está localizada muito perto, cerca de 300 metros, da barragem que já estava em risco máximo há mais de três meses", disse a coordenadora.

Na avaliação do MAM, "as informações [sobre os riscos] são dadas a conta-gotas, e o pânico e o terror estão generalizados [na região]. As pessoas não sabem se o risco é real, não sabem se a barragem vai romper ou não. Só sabem que existe um pânico e um medo de uma bomba relógio em cima de suas cabeças”, disse.

A reportagem da Agência Brasil não conseguiu contatar a assessoria da Vale até o fechamento desta matéria. 

Preocupação
Dono de um hotel e de uma loja de utilidades e presentes localizadas na área de risco, o empresário Luís Felipe Eboli disse que a maioria das pessoas que vivem na região têm dito que o município de Barão de Cocais “vai acabar”.

“A população já sabe que a cidade em si não vai existir mais. Uma maré de lama vai envolver a cidade toda. Muitos já pensam no que fazer depois, sabendo que o turismo deixará de existir, bem como a atividade minerária. A cidade pode sucumbir. Portanto não há o que fazer. Todos os comerciantes estão preocupados. Ninguém tem coragem de investir desde quando teve esse alarme indicando a possibilidade de rompimento da barragem. A cidade parou”, disse o empresário.

Simulação
Ontem (18), foi feita uma simulação de emergência que reuniu cerca de 1,6 mil pessoas, número que representa 26,75% das mais de 6 mil pessoas que eram esperadas. Essa foi a segunda simulação de evacuação na cidade. O objetivo da atividade foi reforçar as orientações e o treinamento da população residente na Zona de Segurança Secundária do município. Eles receberam instruções de como proceder em caso de emergência com a barragem Sul Superior da mina Gongo Soco.

Segundo o Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG), a barragem pode se romper entre hoje (19) e 25 de maio. Diante da situação, os procuradores fizeram recomendações para que a mineradora Vale adotasse “imediatamente” uma série de medidas para deixar claro à população de Barão de Cocais sobre os riscos de rompimento da barragem de mineração Sul Superior, da Mina de Gongo Soco.

De acordo com a nota do MPMG, a Vale deve comunicar "por meio de carros de som, jornais e rádios, informações claras, completas e verídicas” sobre a condição estrutural da barragem, além de fornecer “total apoio logístico, psicológico, médico, bem como insumos, alimentação, medicação, transporte e tudo que for necessário” às pessoas eventualmente atingidas.

Segundo o Ministério Público, a mineradora não apresentou o estudo dos impactos relacionados ao eventual rompimento das estruturas da Mina de Gongo Soco. 

Defesa Civil
De acordo com o integrante da coordenadoria geral de Defesa Civil, tenente Flávio Fagundes, há 7 pontos de encontros previamente definidos pela Defesa Civil e pela própria empresa, para onde essas 6 mil pessoas devem se dirigir ao ouvir o sinal de alarme dos carros de som. Segundo ele, a retirada das pessoas, a partir desses pontos, será feita por meio dos veículos de transporte fornecidos pela Vale.

Fagundes acrescenta ter identificado 44 pessoas que terão mais dificuldades para deixarem os locais, por conta de terem algum tipo de deficiência ou dificuldade de locomoção. “Treze delas já estão locadas em áreas seguras”, informou o tenente, que esteve em Cocais e participou do simulado.

Segundo ele, apesar de a rotina da cidade ter sido alterada, os serviços essenciais continuam funcionando normalmente. “Tivemos a desativação de alguns postos de saúde e escolas que foram remanejados para outros estabelecimentos. A vida continua, ainda que de uma forma apreensiva”.

Barreira 
A mineradora Vale iniciou na última quinta-feira (16) a construção de uma contenção de concreto, que vai funcionar como uma barreira física caso haja rompimento da barragem. Em nota, a Vale informou que iniciou a terraplenagem para a construção da barreira, a 6 quilômetros da barragem.

"Além dessa estrutura que, após concluída, fará a retenção de grande parte do volume de rejeitos da barragem Sul Superior em caso de rompimento, a Vale está realizando intervenções de terraplenagem, contenções com telas metálicas e posicionamento de blocos de granito. Essa obra atuará como barreira física no sentido de reduzir a velocidade de avanço de uma possível mancha, contendo o espalhamento do material a uma área mais restrita", diz a mineradora.

Evacuação
A barragem Sul Superior é uma das mais de 30 estruturas da Vale que foram interditadas após a tragédia de Brumadinho (MG), ocorrida em 25 de janeiro. Em diversos casos, a interdição foi acompanhada da evacuação das zonas de autossalvamento, isto é, aquelas áreas que seriam alagadas em menos de 30 minutos ou que estão situadas a uma distância de menos de 10 quilômetros. Atualmente, mais de mil pessoas estão fora de suas casas em todo o estado.

Barão de Cocais é o município com o maior número de casas evacuadas. A evacuação teve início no dia 8 de fevereiro quando a barragem Sul Superior atingiu o nível 2 e as famílias foram levadas para quartos de pousadas e hotéis custeados pela Vale. Em 22 de março, a barragem Sul Superior se tornou a primeira a atingir o nível 3, que é considerado o alerta máximo e significa risco iminente de rompimento. Desde a tragédia de Brumadinho, quatro barragens da Vale em Minas Gerais alcançaram esse alerta máximo.

Edição: Lílian Beraldo
Agência Brasil