domingo, 17 de junho de 2018

Partidos ainda devem R$ 32 milhões de eleições passadas

Alívio. O TSE atendeu pedido das legendas e prorrogou o prazo para que elas prestassem contas ou corrigissem dados já apresentados.

PUBLICADO EM 17/06/18 - 03h00

Brasília. Com menos recursos para uma nova campanha eleitoral, 13 dos 35 partidos políticos ainda têm de desembolsar recursos para pagar dívidas de disputas passadas. Ao todo, as legendas registram débitos que chegam a quase R$ 32 milhões. Os dados foram obtidos nas prestações de contas de 2017 enviadas pelos partidos ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que incluem as dívidas de campanhas assumidas pelas legendas ao fim da eleição.

Pela legislação eleitoral, os candidatos têm até a eleição seguinte, ou seja, quatro anos, para quitar todos os débitos de campanha. As diferentes esferas dos partidos – municipal, estadual e nacional – não têm obrigação legal de assumir essas dívidas, mas é o que costuma ocorrer. 

A sigla mais endividada é o PT, com um rombo de cerca de R$ 25 milhões, o que representa 78% do valor total devido por todas as agremiações. Além dos petistas, também lideram o ranking dos endividados o Avante (R$ 3,4 milhões), o MDB (R$ 1,1 milhão), o PSDB (R$ 848 mil) e o PCdoB (R$ 712 mil). 

Somente em 2017, os partidos desembolsaram mais de R$ 22,6 milhões com pagamento desse tipo de despesa. Esses dados, no entanto, ainda podem mudar. Os partidos tinham até 29 de abril para prestar contas ao TSE, mas, após um apelo das legendas, o presidente da Corte Eleitoral, Luiz Fux, estendeu esse prazo até o dia 1.º de agosto. Até lá, são permitidas retificações nas declarações já enviadas.

Neste ano, o Orçamento da União reservou R$ 888,7 milhões para o fundo partidário. Ele é constituído em parte por recurso público e também por doação de pessoas físicas e jurídicas.

Entre os partidos endividados, a situação financeira do PT chama atenção. A arrecadação do partido piorou nos últimos anos, especialmente após a operação Lava Jato, que atingiu em cheio a cúpula da legenda e levou o Supremo Tribunal Federal (STF) a proibir a doação empresarial em 2015.

Após a eleição de 2014, por exemplo, o diretório estadual do PT de São Paulo registrou dívidas de R$ 55,2 milhões. Somente o ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha, que disputou o governo do Estado, encerrou as contas eleitorais com um déficit de R$ 25 milhões. 

O segundo partido com o maior montante de dívida – o nanico Avante (ex-PTdoB) – a maior parte do prejuízo está sendo pago pelo diretório municipal de Belo Horizonte. Somente no ano passado, a sigla destinou R$ 2,4 milhões para esse fim. Segundo a assessoria do partido, “as dívidas foram assumidas nos moldes permitidos pela legislação”.

O PSB, por sua vez, ainda não se livrou dos débitos das eleições presidenciais de 2014, quando lançou a chapa Eduardo Campos e Marina Silva ao Palácio do Planalto. Em 2017, o partido desembolsou R$ 1,4 milhão.

No PSD, o débitos de apenas três diretórios estão pendentes, com valores e prazos já negociados. Em nota, o PSD informa que o diretório nacional “está com suas contas em dia”. Essa também é a posição da assessoria jurídica do MDB, que afirma que o diretório nacional do partido não possui dívida de campanha. PR e PTB se posicionaram da mesma maneira. As demais legendas não retornaram o contato.

Socorro
Corriqueiro. O levantamento aponta que, no topo dos dez itens com os quais os partidos mais gastaram, está a transferência de recursos para diretórios estaduais e municipais, além de candidatos.

Fundo é 86,5% do orçamento
São Paulo. Não fossem os recursos públicos que receberam por meio do fundo partidário, os partidos brasileiros teriam ficado praticamente paralisados em 2017. A verba representou, em média, 86,5% de todos os recursos utilizados pelas 34 legendas que declararam suas contas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Os dados são inéditos e foram compilados pelo jornal “Folha de S.Paulo” a partir de informações do novo Sistema de Prestação de Contas Anuais dos partidos. 

Segundo o TSE, foram repassados R$ 665,8 milhões aos partidos em 2017. Em um extremo, legendas como PSL, PSDB e Avante praticamente não registraram outros recursos que não o fundo partidário. De outro, Novo, PCB PR e PT declararam outras fontes significativas de renda – contribuições de filiados ou doações. 

O PSL, sigla do pré-candidato à Presidência Jair Bolsonaro, informou que 100% de suas receitas de 2017 vieram do fundo partidário. 

Em geral, os partidos dependem majoritariamente do fundo partidário. Quanto menor o partido, maior tende ser a dependência – a não ser os novos, como Rede e Novo, que têm ações de filiação e de captação de recursos, afirma o cientista político Bruno Bolognesi, coordenador do Laboratório de Partidos Políticos e Sistemas Partidários da UFPR. 

Em 2017, o Novo, de orientação liberal, foi o partido que menos dependeu do fundo: apenas 9% de suas verbas vieram do TSE. No caso da Rede, foram 87,3 % de suas verbas. Cada filiado do Novo precisa contribuir com um mínimo de R$ 29 por mês. O partido rejeita recursos públicos, mas os recebe e guarda em uma aplicação porque, caso contrário, sua fatia seria repassada a outras legendas.

Divisão
Bolo. No Brasil, todo partido registrado tem direito a uma fatia de 5% do fundo partidário, que é repartida igualmente. Os outros 95% são distribuídos a quem tem vaga na Câmara dos Deputados.

Jornal OTempo

O Cio da Terra - Pena Branca e Xavantinho


Letra: Chico Buarque de Holanda e Milton Nascimento

Ministério da Saúde tenta identificar origem de surto de toxoplasmose

Publicado em 17/06/2018 - 10:41

Por Paula Laboissière - Repórter da Agência Brasil Brasília

Uma equipe do Ministério da Saúde trabalha em campo junto com agentes do governo do Rio Grande do Sul e da prefeitura de Santa Maria na investigação do surto de toxoplasmose identificado no município gaúcho. Os técnicos da pasta devem permanecer na cidade até amanhã (18), quando será feita uma reunião com a equipe de investigação e gestores locais. 

De acordo com o ministério, até 7 de junho, foram confirmados, laboratorialmente, 88 casos de toxoplasmose com indício de infecção recente. Já a Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul confirma pelo menos 510 casos da doença. Há ainda, em investigação, 212 casos suspeitos.

Além do monitoramento do surto, a pasta informou que implementa ações como: orientações técnicas para notificação, diagnóstico e tratamento; disponibilização de contato permanente com médicos especialistas na doença; e aquisição de insumos para a realização de análises laboratoriais.

“Além de identificar as pessoas doentes, o Ministério da Saúde tem que identificar qual a fonte de infecção, para checar se há algum risco de repetição”, destacou a pasta, por meio de nota. 

Água analisada
No início de junho, foram coletadas sete amostras de água em Santa Maria. Quatro foram retiradas de açudes, duas de poços artesianos e uma em vertente d’água. Os técnicos também recolheram duas amostras de lodo dos reservatórios de água e duas de água dos reservatórios em localidades onde existem registros de casos confirmados.

O material foi encaminhado ao Laboratório Central de Saúde Pública do Rio Grande do Sul para análise em primeira triagem. De lá, as coletas serão encaminhadas para a Universidade Estadual de Londrina, no Paraná, na próxima semana. Os resultados devem ser divulgados em até 15 dias.

Doença
Conhecida como doença do gato, a toxoplasmose, de acordo com o Ministério da Saúde, é causada por um protozoário e apresenta quadro clínico variado – desde infecção assintomática a manifestações sistêmicas extremamente graves.

A infecção em humanos ocorre por três vias: contato direto com solo, areia e latas de lixo contaminados com fezes de gatos infectados; ingestão de carne crua ou mal cozida infectada (sobretudo carne de porco e de carneiro), e infecção transplacentária durante a gravidez.

A toxoplasmose não pode ser transmitida de humano para humano, com exceção das infecções intrauterinas. De acordo com a pasta, cerca de 40% dos fetos de mães que adquiriram a doença durante a gestação são infectados.

A orientação para se prevenir a doença é evitar o uso de produtos animais crus ou mal cozidos, eliminar as fezes de gatos infectados em lixo seguro, proteger as caixas de areia, lavar as mãos após manipular carne crua ou terra contaminada e evitar o contato de grávidas com gatos.

Edição: Talita Cavalcante
Agência Brasil

Grupo é detido com material para refino de droga e cargas sem nota em Juiz de Fora

Por G1 Zona da Mata e MGTV

16/06/2018 20h13
Caixas com sardinhas sem comprovação de origem foram apreendidas
 (Foto: Polícia Militar/Divulgação)

Quatro homens, de idades não divulgadas, foram detidos e três adolescentes foram apreendidos na tarde deste sábado (16) em uma rua do Bairro Aeroporto em Juiz de Fora. Eles estavam com material para refino de droga e cargas sem nota fiscal que comprovasse origem.

Os policiais chegaram ao local a partir de informações repassadas pelo 190 e flagraram os homens passando as caixas de um caminhão com placas de Palma (TO) para dois veículos de passeio na Rua José Manoel Ribeiro.

"A partir disso foram localizados dois galpões em ruas diferentes com cargas de sardinha, papel higiênico e óleo para motor, além de materiais para refino de droga. Nossas equipes fizeram a vistoria e acionaremos a perícia", explicou o tenente Gilmar Silva em entrevista ao G1.
Detidos foram flagrados passando caixas de um caminhão para dois carros (Foto: Polícia Militar/Divulgação)

Equipes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e também das Rondas Ostensivas com Cães (Rocca) estão apoiando os trabalhos. Informações preliminares apontam que as cargas podem ter sido furtadas ou roubadas. Também está em apuração a participação dos detidos no caso.

"No entanto, não sabemos ainda se os detidos tiveram envolvimento em outras ações, como o possível furto ou roubo desta carga. Eles detidos alegaram que foram contratados por um homem, apontado como proprietário dos depósitos e dos dois carros. Este homem fugiu em outro veículo ao perceber a presença policial no local", disse o tenente, destacando que há rastreamento atrás deste suspeito.

O Centro de Operações da Polícia Militar (Copom) informou que as placas do caminhao são clonadas, porque pertencem a um semirreboque de Serra (ES).

O tenente Gilmar Silva destacou a importância da denúncia, que levou à descoberta do caso, e ressaltou que os moradores podem continuar contribuindo com o trabalho da PM.

"Se alguém tiver outras informações sobre este caso, pode nos avisar via 190. O ponto de partida foi uma denúncia anônima que destacou a movimentação estranha na rua. Estas pessoas não precisam se identificar e, com este apoio da comunidade, que conhece a vizinhança e identifica algo diferente, a Polícia Militar consegue êxito como nesta ação em andamento", ressaltou.

Um dos depósitos com produtos sem nota fiscal descobertos após denúncia anônima (Foto: Polícia Militar/Divulgação)

Lula só estreia como comentarista da Copa do Mundo nesta segunda-feira

Lula pretende “escrever” seus comentários diariamente

Deu no Estadão

Preso há dois meses em Curitiba, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva será comentarista da Copa do Mundo da Rússia. Mesmo detido, o petista participará das transmissões de uma emissora de TV da Grande São Paulo, a TVT. Ele vai escrever cartas sobre suas impressões da Copa e enviá-las para o jornalista José Trajano, ex-ESPN. Lula tem acesso a uma televisão em sua cela.

Lula participará do programa de Trajano na TVT, uma afiliada da TV Brasil, uma rede de televisão pública brasileira pertencente à Empresa Brasil de Comunicação. De acordo com o ex-diretor de jornalismo da ESPN, que anunciou a novidade em um vídeo publicado em seus perfis nas redes sociais, o ex-presidente “passará suas impressões” sobre a Copa em participações no programa do jornalista.

“O Papo com Zé Trajano tem um novo comentarista, um comentarista exclusivo. Luiz Inácio Lula da Silva”, afirmou o jornalista. “Essa é a grande novidade do programa: Luiz Inácio Lula da Silva comentarista exclusivo da TVT e do meu programa.”

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Por estar encarcerado em Curitiba, Lula não pode comentar ao vivo. Suas palavras serão colhidas diariamente pelos advogados, que depois as enviarão a José Trajano, para serem divulgadas no dia seguinte. Lula e seus advogados não receberão remuneração pelo trabalho, será tudo “di grátis”, como se diz na periferia. (C.N.) Posted in Tribuna da Internet

Para que volte a ser Supremo, é preciso que o STF volte a ser um tribunal

Charge do Mariano (Charge Online)

Rubens Glezer
Folha

A crise de autoridade do Supremo Tribunal Federal chegou a um novo piso. Entre 2012 a 2018, o Supremo deixa de ser percebido como o grande reservatório de moralidade democrática para se tornar cada vez mais parte, e até causa, da crise política.

Durante esse período gastou muito mais capital político do que detinha; um processo acelerado pelas divisões internas e disputas públicas. Com isso, assistimos a um STF que aos poucos passou a ter dificuldades para enfrentar o Legislativo e o Executivo, para chegar hoje em um tribunal que tem dificuldade até mesmo para tomar decisões fáceis; como a proibição da condução coercitiva de investigados.

PROBLEMA TÉCNICO – A dificuldade de que trato não é a jurídica, ou seja, o problema não está na parte “técnica” dos argumentos. A maioria dos ministros entendeu que levar um investigado à força para prestar depoimento em delegacia não é compatível com o fato de nosso sistema conferir o direito ao silêncio aos acusados.

Afirmaram que se o investigado tem o direito de não dizer nada à autoridade policial, não deveria ser levado obrigatoriamente pela polícia até a delegacia, dado o amplo risco de espetacularização ou abuso de autoridade no processo.

Já a maioria vencida não viu problema na utilização de um mecanismo penal muito menos severo do que prisões preventivas e, em certa medida, do que as prisões após condenação em segunda instância. Nada de extraordinário nesse tipo de divergência.

DESCULPAS – O que chama a atenção foi o tom de “desculpas” em diversos. Quem votou pelo fim da condução coercitiva reiterava que não estava contribuindo com a impunidade e nem coadunando com o interesse de corruptos.

Já quem votou pela constitucionalidade do instrumento reafirmava que abusos do sistema de Justiça são esparsos, que as instituições funcionam normalmente e que não existe uma conjuntura de violação de direitos fundamentais em nome de uma agenda moralizadora.

Por um lado, esse tom defensivo responde às acusações feitas em plenário por ministros como Gilmar Mendes e Luís Roberto Barroso.

GARANTISMO – Enquanto o ministro Gilmar repetiu acusações a erros cometidos pela Polícia Federal e sob a gestão de Janot no MPF, o ministro Barroso afirmou que essa mitigação dos instrumentos de investigação e controle da corrupção é um “surto de garantismo” voltado a proteger os interesses de determinados agentes que hoje são (ou correm o risco de ser) alvos de investigação e processo penal.

Por outro lado, isso é apenas parte da explicação sobre como votaram os demais ministros. Afinal, acusações desse tipo não são novidade no tribunal, que vem presenciando discussões cada vez menos parcimoniosas.

Esse parece ser um sintoma de que os ministros se deram conta que a força de seus votos e decisões não vem mais de seus argumentos jurídicos. Com isso, tentam fiar seu posicionamento em posturas e discursos políticos, ou seja, proteger sua autoridade com posturas políticas.

SER TRIBUNAL – Nesse jogo político, porém, o Supremo não tem como ser bom. Em primeiro lugar porque é necessariamente menos habilidoso politicamente do que o Congresso Nacional e o Planalto. Em segundo lugar, porque a autoridade política está ligada à popularidade e atender às vontades da maioria.

Entra-se no jogo político para jogar mal e, além disso, deixar de fazer seu trabalho, que é aplicar a Constituição e as leis. Para que volte a ser Supremo, é preciso voltar a ser tribunal. Posted in Tribuna da Internet

sábado, 16 de junho de 2018

Em Tombos/MG - Tupi 1 X 0 Tombense - 16/06/2018


Tombense e Tupi, pela 10ª rodada da Série C do Campeonato Brasileiro. A bola rola no Estádio Almeidão, em Tombos, às 18h.

"Com estratégias bem claras, as duas equipes fizeram um primeiro tempo interessante. Os donos da casa tentavam controlar o jogo e ficar mais com a bola. O artilheiro Daniel Amorim era vigiado de perto pela dupla de zaga do Tupi. A melhor chance do Tombense foi aos 20 minutos, quando Cássio Ortega não aproveitou rebote de Vilar em chute de Polaco. O Tupi subiu a marcação em alguns momentos, mas procurou ser mais incisivo quando tinha a bola. A melhor chegada carijó foi com Afonso, que aos 32 minutos bateu forte para a área e a bola passou por Léo Costa e Patrick, que não completaram para o gol."

Segundo tempo
Aos 44 minutos: GOOOL DO TUPI!!!
João Vítor invade a área pela esquerda e bate. Darley defende, Patrick aproveita a sobra e manda para o gol! É o sexto dele na Série C!

Com o resultado, o Tupi vai a 14 pontos, passa o Tombense e ocupa a quinta posição. O Gavião cai para sexto, também com 14 pontos, mas com um gol a menos de saldo. Na próxima rodada o Tupi recebe o Bragantino, sábado, às 18h, em Juiz de Fora. O Tombense visita o Joinville no domingo, às 18h, em Santa Catarina.

https://globoesporte.globo.com/mg/zona-da-mata-centro-oeste/futebol/brasileirao-serie-c/jogo/16-06-2018/tombense-tupi-mg.ghtml

MG - Dois ônibus são incendiados em Ipaba na noite desta sexta

Os veículos da empresa Univalve estavam parados na garagem da empresa e sem ocupantes no momento em que foram incendiados

PUBLICADO EM 16/06/18 - 08h20

NATÁLIA OLIVEIRA/ MARIANA NOGUEIRA / LUIZ FERNANDO MOTTA
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Dois ônibus foram incendiados, na noite desta sexta-feira (15), em Ipaba, no Vale do Aço. De acordo com o Corpo de Bombeiros, os veículos da empresa Univalve estavam parados na garagem da empresa e sem ocupantes no momento em que foram incendiados.

Ainda segundo o Corpo de Bombeiros suspeita-se que o incêndio tenha sido criminoso. No entanto a perícia da Polícia Civil compareceu ao local e fez os trabalhos para identificar as causas do incêndio. Os bombeiros usaram cerca de 3.000 litros de água para apagar o fogo.

Os funcionários da empresa disseram aos bombeiros que quando viram o incêndio as chamas já tinham tomado conta dos dois ônibus. Eles disseram também que não viram nenhum suspeito nas proximidades. Os veículos ficaram completamente destruídos.

De acordo com a Polícia Civil ninguém foi preso. A perícia esteve no local e as investigações estão em andamento, porém a princípio não tem ligação com ataques criminosos. 

Presídio foi interditado no mesmo dia 
A penitenciária Dênio Moreira de Carvalho, em Ipaba, no Vale do Aço, está proibida de receber novos presos até que a população carcerária seja reduzida. A interdição parcial do local foi determinada pela Justiça após acatar pedido do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). A decisão ainda obriga o Estado a providenciar no prazo de 60 dias, a transferência de todos os presos provisórios para unidades adequadas.

O estabelecimento prisional contava, em maio deste ano, com uma população de 718 presos definitivos e 690 presos provisórios, o que representa o triplo da sua capacidade, que é de 471 presos. A determinação vale até que a população carcerária seja reduzida para 150% da sua capacidade projetada, o que equivale a 706 detentos.

Atingido esse limite, poderão ser admitidos novos presos definitivos, desde que não se ultrapasse esse número de pessoas reclusas.

Diante da superlotação, a Justiça diz não há condições de se garantir acesso adequado à assistência material, de saúde, jurídica e social. Além disso, não há água suficiente e vem sendo necessário fazer racionamento. “Vale ressaltar que as celas no local são de 6m². Onde deveria estar um preso, estão quatro, cinco, às vezes seis”, consta na decisão.

Ao deferir os pedidos do MPMG, a Justiça apontou ainda o risco de rebelião no local, a exposição dos visitantes em longas filas, a violação da dignidade humana dos presos e a insuficiência no fornecimento de material de higiene e alimentação, entre outros problemas.

Não se sabe se há relação entre a interdição do presídio e a queima dos ônibus.

Jornal OTempo

Minas Gerais reconhece as violas como patrimônio cultural do estado

SEX 15 JUNHO 2018 16:33 ATUALIZADO EM SEX 15 JUNHO 2018 18:18

Izabel Chumbinho/Iepha-MG

O Registro dos Saberes, Linguagens e Expressões Musicais da Viola em MG passa a integrar o conjunto dos bens culturais reconhecidos

O Conselho Estadual do Patrimônio Cultural (Conep) aprovou o Registro dos Saberes, Linguagens e Expressões Musicais da Viola em Minas Gerais como patrimônio cultural imaterial. A preservação desses elementos tem grande importância pelos seus valores históricos, socioculturais e identitário para o estado. O reconhecimento possibilita preservar, valorizar e compreender o universo das violas.

A importância desse registro é destacada pelo secretário de Estado de Cultura, Angelo Oswaldo, que vê no trabalho das equipes do Iepha-MG mais uma contribuição relevante para o reconhecimento e a salvaguarda do patrimônio imaterial mineiro. “É empolgante o número de músicos e luthiers envolvidos, cada qual revelando detalhes distintos de um verdadeiro universo de criatividade”, diz o secretário.

Para a presidente do Iepha-MG, Michele Arroyo, os toques da viola ajudam a conhecer e reconhecer as diferentes Minas Gerais, com suas variadas regiões, crenças e valores, ao passo que sintetiza a essência cultural do estado ao se fazer presente em contextos os mais diversos.

“Com o reconhecimento da importância da viola como patrimônio de Minas Gerais, inicia-se uma nova etapa no trabalho do Iepha, que se volta, agora, para a construção de políticas públicas de salvaguarda e valorização do saberes e expressões culturais diretamente relacionadas à tradição deste instrumento tão ligado às tradições mineiras”, enfatiza Michele Arroyo.

A diretora de Proteção e Memória do Instituto, Françoise Jean, ressalta que “a música da viola possui uma capacidade de mobilização de sentimentos, de ativação de memórias, de criação de conexão entre o mundo rural e a moderna metrópole, entre tempos passados e o presente, entre pais e filhos, entre a cultura profana e as expressões do sagrado”.

Françoise acrescenta ainda que o ritmo da viola, ao assumir a função de mediadora de sentidos, apresenta claro valor de identidade e de memória para sociedade mineira.

Segundo a gerente de Patrimônio Imaterial do Iepha-MG, Debora Raiza, o som da viola compõe a paisagem sonora de Minas Gerais da mesma forma que nossos sotaques e sons característicos. “A viola está presente no Brasil todo, mas em cada lugar ela tem um espaço de reprodução próprio daquele contexto”, ressalta.

Para Debora, este é um momento de valorização dessa cultura tão importante para o estado. “Em Minas Gerais, ela está presente em expressões artísticas como o congado, a folia, a catira, a roda de viola, a Ddança de São Gonçalo e o batuque. Raramente essas expressões ocorrem sem a presença da viola”, afirma Debora.

O Registro dos Saberes, Linguagens e Expressões Musicais da Viola em Minas Gerais passa a integrar o conjunto dos bens culturais reconhecidos como patrimônio de natureza imaterial do estado: O Modo de Fazer o Queijo Artesanal da Região do Serro (2002), Comunidade dos Arturos, de Contagem (2013), Festa de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos de Chapada do Norte (2014) e as Folias de Minas (2017).

Celebração
Para festejar esse grande momento da cultura mineira com o reconhecimento das violas como patrimônio cultural de Minas Gerais, violeiros e violeiras se reuniram na Praça da Liberdade. O show “Violas de Minas” contou com a participação de Pereira da Viola, Chico Lobo, Wilson Dias, Letícia Leal, dentre outros nomes. Quem esteve no evento ouviu folias, catiras, modas e outros ritmos da viola.

“Por ser mulher neste cenário, foi um privilégio representar, ali no palco, tantas pessoas. Um dia mágico que será celebrado por muito tempo. Todos que participaram deste processo, direta ou indiretamente, ajudaram a contar essa história”, falou Letícia Leal, representando as violeiras do estado. 

Para Chico Lobo, o registro das violas é motivo de orgulho para todos os violeiros e violeiras, que estão em festa. “Para mim, violeiro que há 40 anos abraço a viola e a cultura de Minas Gerais, é uma emoção sem medida o reconhecimento da viola e seus saberes como Patrimônio Imaterial. É entender a alma de Minas, sua riqueza e a pureza nos braços da viola, instrumento tão fundamental nos fazeres e saberes de nosso povo e que se conecta com muito vigor com nossa atualidade”, enfatizou.

Ainda segundo o violeiro, quem vive da viola ou com a viola ficará mais motivado. “Um reconhecimento que vai gerar infinitos benefícios a todos”, completou Chico Lobo.

A apresentação do show “Violas de Minas” celebrou a conclusão dos estudos sobre as violas e seu reconhecimento como patrimônio cultural de Minas Gerais, e foi realizado pelo Iepha-MG, com o patrocínio do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG).

Crédito: Izabel Chumbinho

Seminário
Em maio de 2017, como parte do inventário, foi realizado pelo Iepha-MG, o seminário “Violas: modos de fazer e o tocar em Minas”. Durante dois dias, no auditório do BDMG Cultural, se reuniram, para um grande debate, pesquisadores, violeiros tradicionais e pessoas que trabalham o tema.

O seminário foi fundamental para delinear que o registro seria sobre os modos de fazer do universo das violas, suas linguagens e expressões musicais. Dos saberes, foram considerados tanto a preservação do conhecimento de tocar como o de fabricar a viola. Das linguagens, o código compartilhado das afinações e ritmos. E das expressões musicais, todas aquelas em que a viola está presente.

Resultados do cadastro
Uma plataforma de cadastro foi disponibilizada no site do Iepha-MG, na qual foram cadastrados mais de 1.350 violeiros e 90 fazedores de viola. Para fins de análise foram considerados os cadastros realizados até o mês de janeiro de 2018, e novos cadastros continuam a serem recebidos. A proposta é que a plataforma permaneça aberta continuamente.

O formulário de cadastro foi elaborado pela equipe da Diretoria de Proteção e Memória do Instituto com o auxílio de violeiros e construtores de viola a partir de suas percepções e vivências. O mapeamento foi lançado em março do ano passado no site do Iepha-MG e permanece disponível no endereço eletrônico www.iepha.mg.gov.br

A partir das respostas do cadastro e de pesquisas de campo em várias regiões de Minas, foi feito um mapeamento dos fazedores e violeiros, identificando os muitos aspectos relativos às suas formas de tocar e de fazer a viola, além de um inventário das expressões e celebrações culturais que tem a viola como um dos elementos estruturantes.

Após a análise, identificou-se em Minas Gerais a existência de mais de 30 ritmos diferentes, a maioria pertencente ao universo de ritmos da chamada “música caipira”, com destaque para o pagode.

Alguns violeiros e violeiras também apontaram como ritmos congado, folia, batuque, catira, cururu, lundu e chula, que se referem às bases rítmicas das expressões culturais correspondentes. Os tocadores também apontaram ritmos mais comuns no Norte de Minas, mais conhecidos como toques, tais como inhuma, ludovina, lundu e onça.

Quanto à distribuição dos violeiros no território de Minas Gerais, a primeira posição em que se concentra a maioria dos violeiros é ocupada pelas regiões do Sul/Sudoeste de Minas e do Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba, ambos com 21%.

Em seguida tem-se a Região Metropolitana de Belo Horizonte - RMBH (19%), a Zona da Mata (8%) e o Norte de Minas, a Central Mineira e o Campo das Vertentes cada uma com 6%. As demais mesorregiões apresentaram um número consideravelmente menor de cadastros: Oeste de Minas e Jequitinhonha (4%), Vale do Rio Doce (3%), Noroeste de Minas (2%) e Vale do Mucuri (1%).

O resultado do mapeamento realizado pelo Iepha-MG contribuiu para a instrução do processo de Registro dos Saberes, Linguagens e Expressões Musicais da Viola em Minas Gerais. Esse estudo demonstra a presença significativa das violas nas principais expressões culturais de Minas Gerais, dentre elas a Folia de Reis, bem cultural imaterial também registrado pelo Iepha-MG.
http://www.agenciaminas.mg.gov.br/noticia/minas-gerais-reconhece-as-violas-como-patrimonio-cultural-do-estado

Homem e jovem morrem após serem baleados no Bairro Sagrado Coração em Juiz de Fora

Por G1 Zona da Mata

16/06/2018 09h37
 
Homem atingido por quatro tiros foi encaminhado ao HPS, mas morreu durante atendimento, segundo a ocorrência (Foto: Reprodução / TV Integração)

Um homem de 38 anos e um jovem de 18 morreram após serem baleados no Bairro Sagrado Coração de Jesus no fim da tarde desta sexta-feira (15) em Juiz de Fora. O caso será investigado pela Polícia Civil. Foi o segundo crime na Rua Marciano Pinto neste mês: no dia 1º, três foram baleados e um morreu no hospital.

Informações preliminares apontam que o mesmo suspeito, que teria envolvimento com o tráfico de drogas, participou desses dois crimes.

De acordo com a Polícia Militar (PM), o homem chegou a um trecho da Rua Marciano Pinto pedindo socorro e populares ligaram para o 190. Quando a viatura chegou, encaminhou a vítima para o Hospital de Pronto Socorro (HPS), onde morreu durante o atendimento.

A ocorrência informa que ele foi atingido por um tiros nas costas, no antebraço esquerdo e nas nádegas.

Durante o registro, os policiais receberam informação de que haveria uma segunda vítima, que não foi encontrada no bairro. Depois eles foram acionados na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Sul, no Bairro Santa Luzia, chegando ao jovem que foi atingido por uma perfuração nas costas e um ferimento de raspão no braço. O rapaz morreu na unidade.

Segundo apuração da PM, os disparos foram feitos por uma dupla, que já foi identificada. Os suspeitos fugiram pela parte de trás do condomínio Araucárias e não foram localizados.

A perícia esteve no local. Os corpos foram encaminhados para o Instituto Médico Legal (IML)

Segundo caso no mês
No dia 1º de junho, a PM recebeu informações de que os dois autores, identificados como jovens de 18 e 20 anos, saíram armados do condomínio Araucárias e fizeram os disparos contra um jovem de 26 anos e dois homens de 30 e 32 anos que estavam na rua.

Quando a PM chegou, os dois homens tinham sido socorridos por populares. O jovem estava caído com ferimentos e foi encaminhado pela PM para o HPS. Ele foi atingido na cabeça e nas costas e não resistiu aos ferimentos, morrendo no dia 2 de junho.

Depois chegou ao HPS uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) conduzindo o homem de 32 anos, que tinha ferimentos no ombro esquerdo e nas costas. Segundo a assessoria, ele foi medicado e liberado.

O homem contou aos policiais que estava conversando com as outras duas vítimas quando os suspeitos se aproximram, usando jaquetas camufladas do Exército, toucas ninja e que cada um sacou um revólver, fizeram cerca de dez a 12 disparos e fugiram em seguida.

O homem relatou, também, que o rapaz de 26 anos teria problemas com outros dois envolvidos com o tráfico. Policiais foram até a casa dele, após denúncias de que ele estaria com uma arma na rua pouco antes de ser baleado. Na busca, foi encontrado o revólver calibre 38 com seis munições e outras quatro munições do mesmo calibre. Uma estava deflagrada. Por isso, ele tinha recebido voz de prisão.

Durante diligência no condomínio Araucárias, os jovens apontados como suspeitos dos disparos foram localizados, mas conseguiram fugir. Eles abandonaram uma mochila, onde estavam as peças de roupas e pares de tênis descritas pelas vítimas e testemunhas do crime.

O G1 não conseguiu informações sobre o terceiro ferido, de 30 anos, que foi encaminhado ao Hospital Geral e Maternidade Therezinha de Jesus.

Quem tiver informações que ajudem no caso podem repassar pelo telefone da PM, 190, ou pelo Disque-Denúncia Unificado (DDU), 181. Não é necessário se identificar na ligação.