domingo, 25 de setembro de 2016

Ainda existe esquerda no Brasil? Que esquerda? A do PT?

Charge do Angeli, reprodução da Folha

Marcelo Câmara

Vamos, numa série de artigos, dar um passeio pelo cenário político-partidário do País, para saber onde estão os personagens da verdadeira Esquerda. Comecemos pelo PT, que se diz “de Esquerda”. No Brasil, quando falamos de Esquerda, lembramos do PCB, de 1922, comunistas marxistas-leninistas de Astrojildo Pereira e, depois, Prestes, hoje de Ivan Pinheiro, e suas históricas dissidências e linhas; no PSB de João Mangabeira, depois do contraditório Arraes; nos Trabalhistas-Nacionalistas, a Esquerda Democrática do PTB do Getúlio eleito em 1950, de Jango e Brizola, depois PDT; nos trotskistas dissidentes do PCB de 1962, que criaram o PCdoB, de Grabois, depois de Amazonas, no partido agora em falência nas mãos do PT; nos Socialistas cristãos discípulos de Maritain, defensores do Dom Hélder Câmara pós-64, habitantes de vários partidos; no MR8 próximo do antigo MDB, por ele acolhido; do saudoso PSDB de Covas e Montoro; e em outras vertentes populares e progressistas.

Tem-se falado muito, nos atuais estertores do PT, que a Esquerda sofreu um duro golpe, mortal, com o Petrolão e a Lava-Jato. Insistem: E, agora, com o PT desmoralizado, moribundo, considerado antes, ainda no Mensalão, “uma quadrilha” pelo Judiciário; o Lula, segundo o Ministério Público, comandante da “propinocracia” que aparelhou o Estado, saqueou a Petrobrás e vários órgãos públicos, incluindo os “Fundos de Pensão”; o Zé Dirceu alquebrado, condenado, em reclusão, pairando o risco de uma delação “laureada”, cartártica, dele para ele mesmo, com um gravador camuflado na cela; com os esquálidos e minguados “líderes” e ex-ministros processados; parlamentares, presidentes e tesoureiros da sigla na cadeia – o que será da Esquerda? Pergunto: E o que tem a ver o PT com a Esquerda Brasileira? Nada. Ou quase absolutamente nada.

PT NÃO ERA ESQUERDA – No passado, antes de o Lula ser revelado apenas como um hábil, sagaz, vitorioso negociador e líder sindical; depois, político fisiologista, ladino, oportunista e arrivista, ideologicamente oco, dono pragmático de um “partido”; demagogo sem ideias, sem rumos, sem posições, hoje réu por corrupção e outros crimes em mais de um processo – pensou-se até que o PT, filosoficamente e na práxis premonitória, fosse um partido de Esquerda. Nem todos.

Muitos lembraram que o PT votou contra o passo democrático que foi a eleição de Tancredo, que não assinou a “Constituição Cidadã”, foi contra o Plano Real e a Lei de Responsabilidade Fiscal. Entretanto, muita gente, verdadeiramente de Esquerda, bem intencionada, além dos pato-oposicionistas a qualquer governo, dos ingênuos, dos tolos e dos esquerdistas (estes na pior acepção que Lênin definiu), embarcou no PT.

Antes de o PT ser governo já se exibia, ética e politicamente, muito mais como hordas tontas e oportunistas de pelegos sindicalistas e de grêmios estudantis do que um partido político.

BOICOTE A BRIZOLA – O primeiro sinal de que não havia seriedade foi ahopozissão burra e cega, bem como a decisão de não apoiar Brizola, um líder com história política e consistência ideológica, após a sua volta do exílio e a sua natural candidatura à Presidência. Consequência: a humilhante derrota para Collor. E mais duas derrotas.

Com a eleição e posse de Lula configurou-se o embuste, a fraude, uma gestão para remunerar sindicalistas sem jornadas e candidatos derrotados, intelectuais sem cérebros, esquerdistas profissionais (como havia e ainda há os “estudantes profissionais”), uma estrutura de milhares de cargos comissionados para pessoas despreparadas que os assumiram avidamente; e mais: cabides de empregos destinados a párias sem ofício a viver do filantrópico Fundo Partidário, dispostos a tudo. Quais os sintomas, os sinais dessa realidade distante dos valores e dos ideais socialistas? Foram muitos, inúmeros.

Em menos de trinta dias no Planalto, Lula começou a rasgar as bandeiras do PT que empunhava por mais de vinte anos e confirmou os caminhos neoliberais de FHC, com destaque para a continuidade da política econômica, a elaboração do orçamento com superávits primários em desfavor do País, para pagar juros da dívida, pela consolidação dos programas que os petistas chamavam de privataria, a taxação dos aposentados etc.

APARELHAMENTO TOTAL – Além de adotar e ampliar os programas sociais do PSDB, que tanto criticavam e combatiam, logo, iniciou-se o aparelhamento total do Estado e, em seguida, o Mensalão. O Bolsa-Família, sêmen de Cristóvam Buarque, sistematizado e aprimorado por FHC, teoricamente um programa de inclusão e promoção social, ao invés de ser uma alavanca contra a fome e a miséria, condicionada à Educação e à Saúde, tornou-se uma caridade institucional eleitoreira permanente, lugar de desvios e corrupção, onde uma porta é aberta aos miseráveis para um curral de gado apascentado paternalisticamente, sem saída, reproduzido geometricamente, objetivando a perpetuação do “partido” no poder.

Nos governos do PT, quem ganhava três salários mínimos o IPEA e o IBGE transformaram em classe média. Eis a falsa inclusão. Vamos gastar, fazer prestações, comprar automóveis. Os bancos nunca se fartaram tanto. Vamos endividar as famílias. Vejam onde e como estamos!

LONGE DA ÉTICA – Mostrava-se, então, através de várias decisões demagógicas, populistas e dissimuladamente “de esquerda”, atitudes tortas, coxas, antinacionais, de suicídio em médio prazo, como se comprovou adiante, na gastança criminosa, na orgia administrativa orçamentária e fiscal, que o PT estava longe da Ética e dos programas tradicionalmente da Esquerda, de igualdade, distribuição de riquezas; da justiça social responsável, das posições nacionalistas e universalistas; da participação popular, de rédeas e regulação do capital; do controle, fiscalização e intervenção estatal na economia, na vida do País, visando à igualdade; serviços públicos de qualidade e a oportunidade para todos. Ao final do segundo governo Lula, os desmandos, a ineficiência e a corrupção já eram os principais agentes e programas da era petista.

QUEM FICOU NO PT? – Os poucos homens e mulheres verdadeiramente de Esquerda deixaram o PT. Foram cuidar de suas vidas ou, em erro, se abrigaram em outras siglas – PSOL e Rede – desgraçadamente, hoje, forças auxiliares do PT. Onde estão as pessoas de Esquerda do PT? No PCB, no PCLCP – Pólo Comunista Luiz Carlos Prestes, minguadamente dispersos em alguns partidos, na academia, de pijamas, na Literatura, na Ensaística, no Jornalismo.

Alguns desistiram, se ocultaram, viraram apicultores, recolhidos às suas resignações, percorrendo suas vocações apolíticas, entre outros destinos. Não há gente de Esquerda no PT. Permanecem no PT, ainda e incrivelmente, inocentes inúteis, bobocas de crachá, dogmáticos sem dogmas, sem saber por quê, carreiristas sem escadas… mas Socialistas de ideias e de fato, sérios, retos, de doutrina, convicção e militância, nenhum. E o País? Ainda é cedo. Ainda não sabemos.

A eleição do enfado, da desesperança e da descrença

Charge do Luciano Kemp, reprodução da Charge Online

Carlos Chagas

Domingo que vem, com exceção dos que vivem no Distrito Federal, o eleitorado estará votando para prefeito e vereador. Houve tempo em que as atenções se voltavam para os candidatos a prefeito das capitais dos estados, pois nelas despontavam lideranças capazes de nos anos seguintes virarem astros de primeira grandeza, disputando os governos estaduais e até a presidência da República.

Dessa vez, a safra é reduzida, para não dizer inexistente. Dos favoritos a ganhar no Rio, São Paulo, Belo Horizonte e Porto Alegre, entre outros, não se encontra um só em condições de ascensão. Claro que surpresas sempre acontecem, mas o conjunto não anima ninguém.

Começa pela falta de embasamento partidário. A ausência de programas e de ideologia nos postulantes às prefeituras mais importantes faz a eleição um deserto de homens e de ideias, diria Ruy Barbosa se estivesse por aqui. Entre veteranos e jovens, não se aponta quem possa despertar entusiasmo.

SEM RECURSOS – Claro que as capitais andam pela hora da morte em se tratando de recursos para empreender seu desenvolvimento. Só estão em situação de penúria um pouquinho superior aos respectivos estados.

Tome-se São Paulo. Nem Russomanno nem João Dória, muito menos Marta ou Haddad, este já se despedindo de um sofrível primeiro mandato, conseguirão levar os paulistanos a acreditar em dias melhores. No Rio, Crivella inspira bocejos. Em Belo Horizonte, assiste-se a uma disputa restrita aos atleticanos. E assim por diante.

Foi-se o tempo em que Jânio Quadros, Ademar de Barros, Carlos Lacerda, Negrão de Lima, Miguel Arraes, Leonel Brizola e outros faziam de suas capitais trampolins para Brasília.

É preciso atentar para o índice de abstenções, apesar de o voto ser obrigatório. Mesmo em se tratando dos que comparecerão às urnas, o sentimento parece de enfado, desesperança e descrença.

Posted in C. Chagas

Polícia registra homicídio no Bairro Santa Rita em Juiz de Fora

25/09/2016 09h54 - Atualizado em 25/09/2016 09h56

Do G1 Zona da Mata

A Polícia Militar (PM) de Juiz de Fora registrou um homicídio no Bairro Santa Rita na noite deste sábado (24). Populares disseram aos policiais que os criminosos atiraram contra um jovem de 19 anos quando ele saiu para atender a porta, na Rua José Norberto Marques, e fugiram em um táxi.

A mãe da vítima disse à PM que o filho tinha envolvimento com o tráfico de drogas há cerca de dois meses e que, no momento dos disparos, escondeu-se com os demais filhos em outro cômodo. Quando saiu, encontrou o jovem morto.

Foi apreendida uma garrucha encontrada dentro de um tênis na residência da vítima.

A PM fez rastreamento, mas ninguém foi localizado.

Com aplicativos para celular, eleitores podem fazer denúncias de compra de votos

25/09/2016 09h17
Brasília
Sabrina Craide - Repórter da Agência Brasil
O TSE desenvolveu 11 aplicativos para smartphones e tablets para que os eleitores participem mais ativamente do processo eleitoral deste ano
Marcello Casal Jr./Agência Brasil

De olho na conectividade cada vez maior dos brasileiros, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) desenvolveu 11 aplicativos para smartphones e tablets para que os eleitores participem mais ativamente do processo eleitoral deste ano. Com os apps, é possível acompanhar o resultado das eleições municipais, fazer denúncias de irregularidades e até participar da verificação do número de votos registrados nas urnas eletrônicas. 

“Desde que o processo se tornou informatizado, há 20 anos, o compromisso da Justiça Eleitoral é justamente utilizar os recursos e as funcionalidades que a tecnologia proporciona e evoluir o processo eleitoral na mesma velocidade que evolui a tecnologia”, diz o secretário de Tecnologia da Informação do TSE, Giuseppe Janino. Os aplicativos estão disponíveis para as plataformasIOS e Android. Atualmente, existem mais de 196 milhões de acessos em internet móvel no país, incluindo 3G e 4G.

Uma das principais apostas do TSE para este ano é o aplicativo Pardal, que permite que os eleitores façam denúncias de propaganda eleitoral irregular, tanto nas ruas como na internet e em veículos de comunicação. A denúncia é feita pelo próprio aplicativo, com o envio de fotos, vídeos ou áudios. Por exemplo, se um eleitor encontrar um outdoor de um candidato na rua, que é proibido, pode tirar uma foto e mandar pelo aplicativo, que automaticamente envia a denúncia para análise do Ministério Público Eleitoral. Também é possível denunciar outras irregularidades como compra de votos, uso da máquina administrativa ou gastos irregulares.

Veja aqui quais são as condutas proibidas aos candidatos.

Em três semanas, o aplicativo já recebeu mais de 25 mil registros de irregularidades de todo o país. Janino estima que o número de denúncias deve subir com a proximidade das eleições, mas destaca que mais importante que isso é o caráter pedagógico das denúncias. “Sabendo que está sendo vigiado pelo cidadão, o candidato tem um comportamento adequado ao que prevê a lei”, diz.

Outra novidade deste ano é o aplicativo Boletim na Mão, que permite que, ao final da votação, os eleitores conheçam os votos depositados em uma urna eletrônica específica. Quando a eleição é encerrada, a urna apura os votos automaticamente e imprime o resultado em papel, que é distribuído para os fiscais e afixado na porta da seção eleitoral. O boletim tem um QR code, que é uma espécie de código de barras que pode ser escaneado pela maioria dos aparelhos celulares com câmera fotográfica. Com esse código, por meio do aplicativo, o cidadão poderá ter as informações dos votos daquela urna para depois comparar com o que é divulgado oficialmente.

“É uma forma de o cidadão comum também acompanhar e auditar o trâmite das informações que saem das urnas eletrônicas. É um processo simples, mas de uma importância estratégica, porque significa que no exato momento em que se encerra a votação o resultado já se torna de conhecimento público. Então, tudo o que acontece dali para a frente é facilmente verificável”, explica Janino.

Com o aplicativo Candidaturas, o eleitor pode analisar os dados de cada candidato, como nome, foto, planos de governo e dados de prestação de contas. O eleitor também pode “favoritar” seu candidato, para acompanhar seu desempenho posteriormente. “Essa é uma característica do eleitor brasileiro, de esquecer do candidato em quem votou, principalmente considerando nos cargos proporcionais”, diz o secretário do TSE.

Alguns aplicativos ainda não estão disponíveis, mas poderão ser baixados nos próximos dias. É o caso do Onde Votar ou Justificar, que informa o local exato de votação e o melhor caminho para que o eleitor vá até sua seção. O aplicativo Resultados, que permite o acompanhamento da totalização de votos em todos os municípios em tempo real, também deve ser disponibilizado em breve. Esse foi o aplicativo mais baixado da Apple Store em 2014 nas vésperas das eleições. Nas eleições 2014, o TSE colocou quatro aplicativos à disposição dos eleitores.

Alguns aplicativos são mais voltados para os funcionários da Justiça Eleitoral, como o Mesários, que disponibiliza informações para quem vai trabalhar nas eleições, como a forma de preparar a seção, a identificação do eleitor e a proibição de propaganda no dia da votação. O QRUEL e oCheckup da Urna são para uso de servidores da Justiça Eleitoral e servem para verificar o funcionamento correto das urnas eletrônicas.

Todos os aplicativos foram desenvolvidos de forma colaborativa por técnicos do TSE e dos tribunais regionais em todo o país. Para o secretário de Tecnologia da Informação do TSE, essa tecnologia contribui para uma maior participação dos cidadãos no processo eleitoral. “Os aplicativos trazem informações consistentes, de uma forma facilitada, objetiva e didática, e permitem que o eleitor interaja no processo, buscando cada vez mais um processo democrático e rígido com relação ao cumprimento das leis e dos direitos do cidadão brasileiro”, diz.

Veja os aplicativos disponibilizados pelo Tribunal Superior Eleitoral para as eleições deste ano:
Pardal – Permite a notificação de irregularidades nas campanhas. Ao identificar um problema, o cidadão tira uma foto e, por meio do aplicativo, envia as evidências para a Justiça Eleitoral no estado ou município, que fará a análise da denúncia.



Candidaturas - Permite que o eleitor acompanhe o seu candidato e acesse informações como nome, número, situação do registro de candidatura, cargo, partido, coligação e o link para o site do candidato. O dispositivo também exibe os dados da prestação de contas dos políticos.



Mesários - Leva informações a cerca de dois milhões de colaboradores que participam do processo eleitoral, com instruções, orientações e perguntas e respostas.



Agenda JE - Reúne todos os acontecimentos previstos para as eleições municipais e permite a notificação automática dos os prazos constantes do calendário.



JE Processos - Permite acompanhar o andamento dos processos no TSE e nos tribunais regionais eleitorais.



Eleições 2016 – Reúne informações para o eleitor em uma única tela, como situação do título, orientações sobre justificativa, local de votação, informações sobre propaganda eleitoral e contatos do Disque-Eleitor. Estará disponível nos próximos dias

Onde votar ou justificar – Mostra o local de votação e postos de justificativa em todo o Brasil. Por meio do georreferenciamento, ajuda a traçar o melhor caminho para que o eleitor chegue à sua seção eleitoral. Estará disponível nos próximos dias

Boletim na Mão – Permite que o eleitor confira as informações contidas nos Boletins de Urna, que são impressos após o encerramento da votação e afixados nas seções eleitorais. Estará disponível nos próximos dias

Resultados – Vai permitir acompanhar, em tempo real, os dados do resultado da eleição em todo o Brasil. Também permite selecionar os candidatos favoritos e selecioná-los para acompanhar a apuração. Estará disponível nos próximos dias

QRUEL - Com o app, um servidor da Justiça Eleitoral pode ligar a urna e fotografar o QR Code que aparece na tela. Esse código detalha se a urna eletrônica está operando de forma correta e, caso a urna apresente problema, o TRE poderá substituí-la antes da eleição. Estará disponível nos próximos dias

Checkup da urna - Desenvolvido para uso dos técnicos da Justiça Eleitoral, o dispositivo faz uma checagem das funcionalidades gerais das urnas, o que permite atuar preventivamente na sua manutenção. Estará disponível nos próximos dias

Edição: Valéria Aguiar
Agência Brasil

O valor da Salsa (salsinha ou perrexil, no Brasil)


Presente em pratos como assados, refogados, saladas, tortas, sopas ou até em arroz e feijão, a salsa dá toque especial ao alimento. Mas além de sua beleza para decoração de diversos alimentos, a salsa tem grande valor nutritivo e é utilizada em alta escala por todas as donas de casa.

Tanto folhas, como sementes e raiz da salsa exercem valor medicinal no tratamento de problemas da bexiga e rins (areia, pedras, congestão e icterícia), de reumatismo, artrite e ciática. A afirmação é feita por Adele G. Dawson, no livro O Poder das Ervas - Um guia sobre o uso medicinal, culinário e paisagístico de plantas selvagens e cultivadas, Editora Best Seller.

A salsa contém muito ferro, é rica em vitaminas A, B e C, além de conter cobre, manganês e zinco. “As folhas moídas, aplicadas externamente, são usadas pelos herboristas para expelir tumores, podendo ser misturadas com celidônia, confrei e trevo-vermelho para o mesmo fim”, informa a autora. Para aumentar seu volume, é necessário cortar a salsa, no segundo ano, quando surgem os pedúnculos. Uma curiosidade é que, devido a boa reputação da salsa no século 16, na Inglaterra, consta que William Turner declarou que se fosse atirada num tanque cheio de peixes “curaria os que estivessem doentes ali mesmo”.

Se curou ou não os peixes doentes não se sabe, mas com certeza no ser humano ela exerce grande poder curativo. Segundo dados do Manual de Orientação Alimentar e Receitas, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, Coordenadoria de Abastecimento de São Paulo, o chá da raiz de salsa é bom em casos em que, em virtude da nefrite ou da cistite, o ato de urinar torna-se doloroso.

A salsa é também eficiente no combate de gases do estômago e dos intestinos. Para isso, deve-se ferver a raiz e tomar a água. Outra prática é tomar o suco das folhas de salsa com leite quente e mel, em jejum, para combater asma. Seus benefícios não param aí. De acordo com o Manual, contra a falta de apetite recomenda-se mastigar algumas folhas de salsa meia hora antes da refeição.

Sejam salsas crespas (Petroselinum crispum) ou as de cheiro-verde (Petroselinum sativum) na hora da compra deve-se escolher as que possuem folhas bem verdes, talos firmes e sem marcas de picadas de inseto. Folhas amarelas indicam que o alimento está velho. É importante informar que cem gramas de salsa fornecem 43 calorias.

Diurética
Segundo o Dr. Varro E. Tyler, pesquisador norte-americano, a erva contém miristicina e apiol, compostos que ajudam a na eliminação da urina aumentando o fluxo de sangue para os rins.

Ponha água fervente em cima de um pouco de salsa fresca esmagada ou use uma colher de chá de salsa desidratada. Deixe descansar por dez minutos, coe e beba.

A salsa goza de propriedades diuréticas, febrífugas, estomáquicas, estimulantes, depurativas do sangue e expectorantes.

O chá da raiz é bom nos casos em que, em virtude da nefrite ou da cistite, a micção se torna dolorosa e as membranas mucosas irritadas.

Para combater os gases do estômago e dos intestinos e os infartos do fígado e do baço, toma-se água resultante da fervura da raiz.

Os asmáticos encontrarão grande alívio se, em jejum, tomarem o suco das folhas de salsa com leite quente e mel. Esta forma é indicada para os catarros pulmonares e rouquidões crônicas.

Contra a falta de apetite recomenda-se mastigar algumas folhas de salsa meia hora antes da refeição. Em cataplasma sobre os olhos inflamados ou inchados, aplicam-se, com bons resultados, as folhas de salsa, que também são boas contra os infartos mamários e os seus endurecimentos.

Para compra deve-se dar preferência à salsa de cor bem verde, talinhos firmes e sem marcas de picadas de insetos. Folhinhas amarelas indicam que o alimento está velho.

Deve-se conservá-la em geladeira, embrulhada em papel ou saco plástico.

Seu período de safra é de maio a fevereiro.

Cem gramas de salsa fornecem 43 calorias.

sábado, 24 de setembro de 2016

Megaoperação da PM apreende drogas, armas e animais silvestres em JF e região

Julia Ramiro 23 Setembro 2016 17:08

Em JF, PM encontrou terreno que seria utilizado para preparar drogas para venda no Bela Aurora. Foto: Divulgação PM

Durante buscas realizadas pela Operação Alferes Tiradentes, nessa sexta-feira, 23, a Polícia Militar (PM) apreendeu grande quantidade de drogas em Juiz de Fora, além de armas e animais silvestres em Souza Aguiar, distrito de Simão Pereira.

Em Juiz de Fora, a Operação seguiu mandado de busca e apreensão em um prédio na Rua Orlando Stephani, localizada no bairro Bela Aurora, zona Sul. No local, foram encontrados dois tabletes e uma bucha de maconha, um papelote de cocaína e R$390 em dinheiro, além de cinco celulares. Um casal, que não teve a identidade divulgada, foi preso em flagrante por tráfico de drogas.

Durante as diligências, outro homem que, em atitude suspeita, tentava avisar sobre a presença da PM no bairro foi abordado. Ele foi preso depois de tentar fugir da abordagem e, em sua residência, também no Bela Aurora os policiais encontraram, escondidos no forro do local, 700 g de maconha divididos em tabletes, 20 pedras de cocaína, um pote de éter e uma bisnaga de lidocaína (utilizada para trabalhar a substância para comércio).

Em um terreno baldio nas imediações, foram localizadas mais 70 porções de cocaína enterradas, prontas para comércio, uma balança de precisão em funcionamento, além de três potes vazios de ácido bórico e um bastão vazio de lidocaína, o que levou a PM a suspeitar que o local era utilizado para preparar os entorpecentes para venda. Durante a operação ainda foram apreendidos um Golf e uma moto com placa alterada. Os três detidos foram encaminhados à delegacia de plantão, em Santa Terezinha. A operação envolveu seis militares em Juiz de Fora.

PM também apreendeu um Golf e uma moto durante buscas no Bela Aurora. 
Foto: Divulgação PM

Simão Pereira
Também em cumprimento de mandado de busca e apreensão foram encontradas duas espingardas com munições (usadas para caça) e três pássaros de fauna silvestre. A Operação segue em curso e a PM deve realizar buscas, também, na cidade de Matias Barbosa.

Material apreendido em Simão Pereira. Foto: Divulgação PM

http://www.diarioregionaljf.com.br/cidade/8020-megaoperacao-da-pm-apreende-drogas-armas-e-animais-silvestres-em-jf-e-regiao

A Morte de Ivan Ilitch’, de Tolstói, revela as mentiras da existência

Ilustração de Binho Barreto, reproduzida da Folhapress

João Pereira Coutinho
Folha

Amigo leitor: peço desculpa pelo uso abusivo da palavra. Eu não sou seu amigo. Nem você é meu. Não nos conhecemos e, francamente, melhor assim. Eu escrevo e, com sorte, alguém lê desse lado. É uma troca justa. E basta.

Aliás, por falar em amigos, quantos você tem? Cinco? Dez? Vinte? Melhor cortar o número para metade. Tempos atrás, li um estudo sobre as nossas falsas percepções sobre os amigos. E parece que só metade das amizades que julgamos sólidas são recíprocas. Na outra metade estão pessoas que não pensam em nós, pensam pouco ou até pensam mal.

Essas conclusões não me espantam. Experiência cotidiana: alguém fala que encontrou o personagem X e ele, eufórico, falou de mim como “grande amigo”.

Disfarço, por gentileza. Mas, se fizesse uma lista com as cem pessoas que passaram pela minha vida –da família mais próxima ao homem que me vendeu os jornais meia hora atrás–, o personagem X não estaria presente.

Aqui entre nós, quem é o personagem X? E, já agora, por que motivo tendemos a inflacionar o número de amigos que julgamos ter?

Fato: o conceito de “amizade” tornou-se uma caricatura, sobretudo quando é possível colecionar centenas ou milhares de “amigos virtuais” no mundo virtual. O pessoal confunde as coisas e julga que um “like” é uma jura de amor eterno.

Mas as conclusões do estudo também não me espantam por causa de um livro publicado há precisamente 130 anos. O autor é Lev Tolstói (1828″”1910) e o título é “A Morte de Ivan Ilitch”.

Primeira confissão: “A Morte de Ivan Ilitch” sempre me pareceu um erro. “A Vida de Ivan Ilitch” seria a titulatura mais apropriada porque é de vida, e não de morte, que Tolstói nos fala.

Sim, superficialmente, temos um homem que adoece com gravidade e que caminha para o seu cadafalso com a angústia e o ressentimento dos condenados.

Mas a novela de Tolstói é uma meditação avassaladora sobre as mentiras da existência “comme il faut”.

A expressão francesa é usada e abusada pelo narrador com propósitos irônicos, mas também descritivos. Ivan Ilitch era a promessa da família –e a promessa se cumpriu.

Estudou, formou-se, tornou-se funcionário judicial de sucesso. E procurou sempre uma vida “comme il faut” que estivesse à altura dos gostos da plateia. Teve um casamento “comme il faut”; uma casa “comme il faut”; uma carreira de magistrado “comme il faut”.

E, quando a harmonia doméstica começou a ruir, Ivan Ilitch resolveu o assunto “comme il faut”: casou-se com o trabalho e transformou a mulher em “hobby” suportável.

É perante esta gloriosa encenação que a morte surge como elemento dissonante –ou, se preferirmos, “pas comme il faut”. Ivan analisa a dor da enfermidade como se aquilo fosse um elemento estranho, injusto, “fora do lugar”. Nega a sua condição (morrer, eu?) e, quando a enfrenta, é devorado por um terror gélido (“sim, eu”).

Nas mãos de um escritor banal, a doença serviria para mostrar a Ivan Ilitch que as medalhas que ostentamos ao peito não nos protegem do fim inevitável e blá-blá-blá.

Para um monstro como Tolstói, a morte de Ivan Ilitch é a “via dolorosa” da sua salvação. Porque é a morte que permitirá ao personagem olhar para os outros e para ele próprio sem viciar “o fundo insubornável do ser” de que falava o filósofo Ortega y Gasset.

É, enfim, uma visão límpida e aterradora. A mulher e a filha, cansadas da agonia de Ivan, consideram-no um estorvo, um repulsivo estorvo que a morte tarda em levar.

E, quando recorda a sua vida, é na infância, e apenas na infância, que Ivan Ilitch encontra uma felicidade autêntica e sem sombra. A conclusão é trágica e, ao mesmo tempo, libertadora: enquanto subia aos olhos dos outros (“comme il faut”), Ivan Ilitch descia rumo ao naufrágio.

É esse naufrágio, essa falsificação espiritual que encontramos nos “amigos” de Ivan quando sabem da notícia da morte. Uns pensam nas suas carreiras (quem ocupará o lugar do defunto? haverá promoções?). Outros sentem alívio (“foi ele, não fui eu”). E todos suspiram com as obrigações sociais entediantes (ir ao funeral, consolar a viúva etc.). “The show must go on.”

Amigos? Temos dezenas, centenas, milhares. E assim continuaremos –autoiludidos e autocentrados– até chegarmos ao leito derradeiro onde estarão poucos ou ninguém.

Fundo de pensão da Caixa foi lesado pelos petistas em R$ 2 bilhões, pelo menos

Falta muita gente na capa, inclusive Jaques Wagner

Aguirre Talento
IstoÉ

Aparelhados pelos partidos políticos durante a era petista, os fundos de pensão das estatais e empresas federais se tornaram alvo de uma megainvestigação da Procuradoria do Distrito Federal sobre desvios de recursos que lesaram os aposentados em R$ 8 bilhões. Trata-se da Operação Greenfield, que cumpriu, no último dia 5, um conjunto de 28 mandados de condução coercitiva, sete de prisões temporárias e 106 de buscas e apreensão. IstoÉ obteve com exclusividade as gravações que fundamentaram a operação. Os áudios referem-se a reuniões de diretores da Funcef – órgão que administra a previdência complementar da Caixa e foi comandado por executivos indicados e ligados ao PT, acumulando um prejuízo de ao menos R$ 2 bilhões.

O material explosivo revela a total negligência com os recursos dos aposentados e indica uma clara atuação de dirigentes da Funcef no sentido de honrar acertos políticos.

VACCARI E WAGNER – Para a PF, há fortes indícios de que o ex-tesoureiro petista João Vaccari Neto, atualmente preso pela Lava Jato, esteja por trás das operações fraudulentas aprovadas pela cúpula da Funcef. As suspeitas também recaem sobre o ex-ministro da Casa Civil de Dilma, Jaques Wagner. Um dos beneficiários do esquema, segundo as investigações, foi o ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro, ligado ao PT, a Lula e a Jaques Wagner. Segundo o Ministério Público, os R$ 400 milhões aplicados pela Funcef na OAS viraram pó: passaram a valer R$ 117,5 mil

A postura observada nas reuniões é escandalosa: diretores dão o aval aos investimentos mesmo admitindo não terem lido todos os documentos, autorizam aportes sem saber de onde a Funcef vai tirar dinheiro e passam por cima de riscos considerados graves por executivos do órgão, como a existência de dívidas tributárias e trabalhistas de uma empresa que demandava recursos do fundo.

Em comum, nos encontros de diretores da Funcef, há o fato de os presidentes do Fundo de Pensão dos servidores da Caixa, indicados pelo PT, sempre defenderem a liberação dos recursos, a despeito dos reiterados alertas feitos pelos seus diretores. São eles, em dois momentos administrativos distintos da Funcef: Guilherme Lacerda e Carlos Alberto Caser, ambos ligados ao PT. Os dois e outros cinco gestores do fundo foram presos temporariamente durante a Operação Greenfield. Depois de prestarem depoimento, deixaram a cadeia.

ACORDOS POLÍTICOS – A PF destaca três reuniões como as mais emblemáticas para demonstrar a existência de negociações prejudiciais à Funcef, feitas única e exclusivamente para cumprir acordos políticos: a que selou aportes de R$ 400 milhões na OAS Empreendimentos, a que confirmou investimentos de R$ 1,2 bilhão em três anos na Invepar (braço da OAS na área de transportes) e a que ratificou a aplicação de R$ 17 milhões no FIP Enseada, a fim de reerguer a Gradiente. Naquele momento, o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro pressionava a cúpula petista pelo aval aos negócios de seu interesse. Nas mensagens extraídas do celular do empreiteiro, há referências à atuação de Jaques Wagner e Vaccari na Funcef. Em julho de 2013, quando o caso estava sob discussão, Léo Pinheiro escreveu para o acionista da OAS Antônio Carlos Mata Pires: “Como foi na Funcef? O nosso JW [Jaques Wagner] me perguntou”.

Ao que Pires respondeu: “Ótimo. Foi aprovado para contratação do avaliador, Deloitte. Agora, precisaremos de JW [Jaques Wagner] na aprovação final”.

APROVAÇÃO NA CAIXA – Em outra conversa pelo celular, Léo Pinheiro diz que pela Funcef estaria tudo certo, mas adverte César Mata Pires, dono da OAS, que poderia haver problemas na aprovação do negócio pela Caixa. Segundo a mensagem, Carlos Borges, diretor da Funcef, havia ligado para Pinheiro preocupado com a questão. Quem também telefonou para agendar um encontro foi João Vaccari. Ao fim, o investimento foi aprovado.

“Não esqueça de me reservar uma vaga de officeboy nesse arranjo político. Afinal com a sua influência junto ao Galego e o Lula, vc é o CARA”, atesta Carlos Borges, da Funcef, em mensagem encaminhada a Léo Pinheiro em 2014.

Para a PF, a pressão que precedeu a aprovação do negócio explica o conveniente “descuido” na hora de aprovar os investimentos que deram prejuízos à Funcef. A reunião da diretoria da Funcef para sacramentar o investimento na OAS Empreendimentos ocorreu em novembro de 2013. O aporte seria feito em duas parcelas de R$ 200 milhões. Os diretores não sabiam de que fonte orçamentária sairia o segundo aporte. Mesmo assim, deram o sinal verde para a operação. Isso gerou longos embates na reunião, que durou 1 hora e 23 minutos.

HOUVE ALERTA – Nas conversas, o então diretor de Planejamento e Controladoria da Funcef, Antônio Bráulio de Carvalho, faz uma autocrítica e alerta para o risco de faltar dinheiro para honrar os compromissos: “A gente não presta muita atenção na política de investimentos e não faz as discussões nos momentos que têm que ser feitos. Se eu aprovo R$ 200 milhões aqui pro ano que vem, se chegar outro investimento também que não está previsto… se chegar outro que não tá previsto, o que vou fazer? Nós estouramos a liquidez”.

Um outro participante da reunião, não identificado, faz outra ressalva: “Vai ter que vencer isso, de onde sai o dinheiro. Não dá pra investir R$ 400 milhões, ou R$ 200 milhões, e falar ‘ah não sei de onde’”.

“RETORNO BOM” – No final da reunião, o diretor-presidente Carlos Alberto Caser, indicado pelo PT, rebate as críticas e sustenta que não deveriam deixar de aprovar o negócio só porque não estava previsto na política de investimentos. Para ele, a fonte dos recursos seria resolvida posteriormente.

“Depois de termos gastado um ano de discussões, contratando uma consultoria que custou R$ 500 mil, foi cara pra dedéu. Negociamos blá blá blá blá blá blá. Agora [para quê] eu vou submeter isso (…) burocraticamente à política de investimentos, tendo um retorno bom?”, afirmou Caser. Ao fim, a Funcef aprovou o negócio. Segundo o Ministério Público Federal, os milhões investidos viraram pó: valiam apenas R$ 117,5 mil em dezembro de 2015.

GESTÃO TEMERÁRIA – Outro investimento na OAS de R$ 1,2 bilhão, o chamado FIP Invepar, foi aprovado sem relatórios da análise jurídica e de conformidade – que avalia o cumprimento a determinadas regras. É o que revela o áudio da reunião ocorrida em 20/10/2008, com duração de 37 minutos. No encontro, o diretor de Planejamento e Controladoria, Antônio Bráulio, discorda da pressa na aprovação: “Em termos de coerência fica complicado. Como é que um diretor de conformidade e controle pode aprovar uma coisa sem ter analisado anteriormente?”.

Coube mais uma vez a um diretor-presidente ligado ao PT, neste caso Guilherme Lacerda, intervir para garantir o negócio: “(…) Eu queria também fazer um apelo, é um apelo, é um esforço muito grande o investimento que a gente tá, pode dar errado (…) mas é um investimento que vinha pensado aqui muitas vezes, na perspectiva de ter uma valorização grande”.

REEGUER A GRADIENTE… – O terceiro caso que chamou a atenção dos investigadores envolveu a aprovação do investimento de R$ 17 milhões no FIP Enseada, um fundo constituído para reerguer a antiga Gradiente, mergulhada em dívidas trabalhistas e tributárias. De novo os diretores resolveram passar por cima dos riscos que envolviam o negócio para agradar ao então presidente da empresa, Eugênio Staub, que havia declarado apoio a Lula na eleição.

Logo ao apresentar o projeto, o diretor de investimentos Demósthenes Marques adverte: “A gente tá entrando em um negócio que é de nível de risco maior do que a grande maioria”. Bráulio, por sua vez, classifica de “preocupante” a possibilidade de as dívidas da empresa provocarem perdas à Funcef.

A exemplo do episódio anterior, em que avalizou um negócio altamente temerário com o único objetivo de atender demandas políticas, o presidente Guilherme Lacerda banca o aporte. Atribui as advertências a “fofocas de jornal” e diz que o fato de o dono da Gradiente ter anunciado apoio ao Lula não pesaria em sua decisão. Pesou.

CLARA ASCENDÊNCIA – “Estou tranquilo em relação às posições que adotei na Funcef porque as informações que tinha à época levariam qualquer gestor a ter a mesma postura”, disse Lacerda por meio de seu advogado. Não é o que pensam os investigadores. Para eles, as negociações ocorriam “em conjunto com autoridades políticas que tinham clara ascendência sobre os diretores dos fundos de pensão”.

Vaccari integraria o chamado núcleo político do esquema e, segundo a PF, “possivelmente concorreu” para que fosse aprovado o investimento na OAS “em detrimento do patrimônio da Funcef”.

O próximo passo do procurador Anselmo Henrique é destrinchar ainda mais a relação desse núcleo político com os fundos de pensão. Nos últimos dias, foram analisados os depoimentos prestados no último dia 5. Agora, o MP quer acesso a delações da Lava Jato. Na última semana, empresas alvo da operação firmaram acordos com o MP para depositar valores em juízo e ficarem livres de medidas restritivas. A OAS devolveu R$ 240 milhões. Ainda é muito pouco perto do bilionário prejuízo amargado pelos aposentados da Caixa.

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Sempre que se deparava com pessoas humildes, Russomano adotava a mesma postura ríspida do vídeo.



Nas redes, usuários tem comentado que a prática era recorrente no programa do deputado. Sempre que se deparava com pessoas humildes, Russomano adotava a mesma postura ríspida do vídeo. Essa não é a única polemica em torno da candidatura: Russomano ainda é acusado de se apresentar como advogado mesmo sem ter sido aprovado no exame da OAB. Outra polêmica é a postura do deputado contra o aplicativo Uber, a quem Russomano acusa de tirar emprego de taxistas. Devido à grande influência de sindicalistas no PRB, o candidato tem afirmado que irá enquadrar o aplicativo caso seja eleito prefeito.

Russomano não respondeu às críticas feitas contra ele, e tem usado seu tempo de televisão para atacar seus adversários na campanha alegando que “o povo sabe quem é Russomano”. Apesar de líder nas pesquisas, o recente crescimento de João Dória já assusta o PRB. A estratégia a partir de agora será Russomano se declarando mais “liberal” e mais amigo dos empreendedores do que em declarações anteriores.

https://jornalivre.com/2016/09/19/video-de-russomano-humilhando-caixa-de-supermercado-volta-com-forca-as-redes/
https://www.youtube.com

Sábado é o dia D na Campanha Nacional de Multivacinação em Minas Gerais

SEX 23 SETEMBRO 2016 10:05 ATUALIZADO EM SEX 23 SETEMBRO 2016 09:21

Neste sábado (24/9) as Unidades Básicas de Saúde (UBS) de todo o país estarão abertas em função do Dia D da Campanha Nacional de Multivacinação. O objetivo é convocar pais e responsáveis a levarem todas as crianças menores de cinco anos e adolescentes com idade entre nove e 15 anos incompletos para iniciar o esquema vacinal ou completar as doses que estiverem pendentes. Minas Gerais recebeu 3,4 milhões de doses de vacinas para reforçar seu estoque. 

Para as crianças menores de cinco anos treze vacinas diferentes podem ser atualizadas durante a campanha, incluindo a que oferece proteção contra a poliomielite. Sarampo, caxumba, rubéola, febre amarela e catapora são algumas das doenças que podem ser prevenidas com a atualização do cartão de vacinas.

Jovens de 9 a 14 anos
Os jovens entre 9 e 14 anos de idade também fazem parte do público prioritário da campanha. Estão contempladas seis vacinas que protegem contra uma série de doenças, entre elas: hepatite B, febre amarela, sarampo, caxumba, rubéola, difteria, tétano, coqueluche e, para as meninas, HPV.

Vale reforçar que quem estiver sem o cartão também deve participar da campanha. A orientação é procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) onde a criança ou adolescente costuma se vacinar, pois lá terá o cartão espelho, documento com os registros de doses que foram aplicadas, bem como as doses que ainda deverão ser administradas. Caso contrário, deverá ser iniciado todo o esquema vacinal, de acordo com a faixa etária corresponde.

Campanha nas redes sociais
A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), por meio de sua Assessoria de Comunicação Social, convidou alguns filhos de trabalhadoras e trabalhadores da secretaria que pertencem à faixa etária da campanha para estrelarem de forma voluntária ação nas redes sociais.

“A ideia é engajar os servidores para que eles sintam parte das ações da SES-MG e, com isso, mobilizarem seus amigos, familiares e conhecidos, por meio das redes sociais, sobre a importância da multivacinação”, diz a referência em mobilização social da SES-MG, Susan Prado.

Agência Minas