quarta-feira, 11 de maio de 2016

Médicos passarão a emitir protocolo de marcação de consultas aos usuários das Uaps, evitando filas

JUIZ DE FORA - 10/5/2016 - 16:27
Notícias de: SECRETARIA DE SAÚDE


Foi apresentado aos profissionais das unidades de Atenção Primária à Saúde (Uaps), em reunião na tarde desta terça-feira, 10, no auditório da Vigilância em Saúde (Av. dos Andradas, 523, Morro da Glória), a reorganização do fluxo interno para o agendamento de consultas às especialidades médicas na Central de Marcação de Consultas (CMC).

Com a alteração, o médico retirará a Guia de Marcação, preencherá as informações contidas na filipeta e entregará o protocolo ao paciente. As guias serão entregues pelo profissional à agente de atendimento da CMC, em horário definido por cada Uaps, preferencialmente no mesmo dia da marcação. A partir daí, a funcionária confirmará a marcação no Sistema de Informação, ligará para o usuário e agendará horário para a retirada da guia, com a data da consulta. A mudança valerá a partir do dia 18.

De acordo com o subsecretário de Atenção Primária à Saúde, Thiago Horta, “a mudança, em síntese, eliminará a fila de marcação na CMC, uma vez que o usuário já sairá da consulta médica com o protocolo de marcação. Essa medida, além de trazer mais conforto, otimizará o tempo da CMC nas Uaps para as atividades inerentes ao setor.”

O encaminhamento para especialidades médicas não originárias da Uaps continuarão sendo realizadas na CMC, conforme procedimento atual.

Foto: Carlos Mendonça

* Informações com a Assessoria de Comunicação da Secretaria de Saúde pelos telefones 3690-7389 ou 3690-7123.
Portal PJF

terça-feira, 10 de maio de 2016

Polícia Federal deflagra segunda fase da Operação Lama Asfáltica


10/05/2016 11h00
Brasília
Paula Laboissière - Repórter da Agência Brasil

A Polícia Federal (PF) deflagrou hoje (10) a segunda fase da Operação Lama Asfáltica – Operação Fazendas de Lama, que investiga organização criminosa especializada em desviar recursos públicos federais por meio de obras de pavimentação de rodovias, construção e prestação de serviços nas áreas de informática e gráfica. Os contratos sob investigação envolvem mais de R$ 2 bilhões.

Cerca de 200 policiais federais, com o apoio de 28 auditores da Controladoria-Geral da União (CGU) e 44 da Receita Federal cumprem 67 mandados judiciais, sendo 28 de busca e apreensão, 15 de prisão temporária e 24 de sequestro de bens de investigados. As medidas estão sendo cumpridas nos municípios de Campo Grande (MS), Rio Negro (MS), Curitiba (PR), Maringá (PR), Presidente Prudente (SP) e Tanabi (SP).

De acordo com a PF, durante a primeira fase da operação, que começou em 2013, foi constatada a existência de um grupo que, por meio de empresas em nome próprio e de terceiros, superfaturaram obras contratadas com a administração pública, mediante a prática de corrupção de servidores públicos e fraudes a licitações, ocasionando desvios de recursos públicos.

“Nesta fase, após a análise dos materiais apreendidos, de novas fiscalizações feitas pela CGU e relatórios da Receita Federal, foram verificados fortes indícios da prática de lavagem de dinheiro decorrente, inclusive, de desvio de recursos públicos federais e corrupção passiva, com a utilização de mecanismos para ocultação de tais valores, como aquisição de bens em nome de terceiros e saques em espécie.”

Ainda segundo a corporação, os presos serão encaminhados para a Superintendência da PF em Campo Grande, bem como os materiais objetos das buscas e apreensões. O nome Fazendas de Lama faz referência a procedimentos utilizados pelos investigados na aquisição de propriedades rurais com recursos públicos desviados de contratos de obras públicas, fraudes em licitações e recebimento de propinas, resultando também em crimes de lavagem de dinheiro.
Edição: Graça Adjuto
Agência Brasil

Protestos contra impeachment fecham rodovias em 8 estados e em Brasília

10/05/2016 08h56
Brasília
Felipe Pontes - Repórter da Agência Brasil

Com pneus queimados, faixas e cartazes contrários ao processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, manifestantes bloquearam hoje (10) rodovias em pelo menos oito estados e no Distrito Federal e também em vias importantes das duas maiores cidades do país – Rio de Janeiro e São Paulo.

No Rio, usando faixas em que se lia “não vai ter golpe” os manifestantes bloquearam a rodovia Rio-Santos, na altura de Itaguaí. Mais cedo, a via Dutra, que liga o Rio a São Paulo, também chegou a ser interditada, mas foi liberada, de acordo com informações do Centro de Operações da prefeitura carioca.

Em São Paulo, os manifestantes interditaram logo cedo duas das principais vias expressas da região metropolitana.

Golpe
Um outro grupo com faixas chamando o processo de impedimento da presidenta de “golpe” interdita neste momento a rua Evandro Carlos de Andrade, no sentido centro, em frente à sede paulista da Rede Globo. Os participantes do protesto acusam a emissora de parcialidade na cobertura do impeachment.

Em Brasília, foram bloqueadas com pneus queimados as rodovias BR-070 (Brasília-Mato Grosso), na altura do km 18, perto de Águas Lindas, e a BR-020 (Brasília-Salvador), na altura do km 17. Ambos os protestos foram encabeçados pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Eles reivindicam também a reforma agrária, além da suspensão do processo de impeachment de Dilma.

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), manifestantes - ligados à Central Única dos Trabalhadores (CUT) e ao MST - bloquearam também a BR-101, na altura do km 83, em Pernambuco. No Amazonas, foi interditada a BR-174, na altura da cidade de Presidente Figueiredo. Na Paraíba, foi fechada BR-230, em Bayeux, enquanto que na Bahia os manifestantes da CUT interditaram a BR-324, em Feira de Santana.

Os manifestantes contrários ao afastamento de Dilma fecharam também a BR-262, em Viana, no Espírito Santo. No Rio Grande do Sul, o acesso a Porto Alegre ficou interditado devido a um protesto na BR-290.

Ontem, a CUT divulgou nota em que anunciava um dia nacional de mobilizações e paralisações para hoje. Segundo o texto, seriam realizados atos em todos os estados, incluindo o fechamento de rodovias, passeatas e ocupações de escolas e universidades.


São Paulo - Ato contra o impeachment ao lado da Praça da Bandeira (Rovena Rosa/Agência Brasil)

Edição: Kleber Sampaio
Agência Brasil

Dois momentos constrangedores na política nacional

Reprodução de ilustração do jornal Zero Hora

Carlos Chagas

O ministério inteiro dos notáveis estava perfilado na sala ao lado do gabinete presidencial quando o primeiro-secretário da Câmara atravessou, a pé, a Praça dos Três Poderes, para levar ao presidente Fernando Collor a comunicação de que estava afastado do poder por 180 dias. O chefe do governo, com dignidade, chamou o ministro da Justiça, Célio Borja, para testemunhar sua assinatura no comunicado. Dirigiu-se então para a rampa do palácio do Planalto, de onde acompanhado pela esposa embarcou num helicóptero da FAB para sua residência particular. Uma amarga solenidade, mas impecável e cheia de significado.

Na noite de amanhã ou quinta-feira, bem cedo, irá repetir-se o episódio? Vinte anos atrás as manifestações populares de apoio ao afastamento do presidente foram por ele enfrentadas com altivez, seguindo-se depois a posse de Itamar Franco, cujo curto pronunciamento foi marcado pela esperança de que os benefícios da civilização e da cultura viessem a se estender a todos os brasileiros.

E AGORA, COMO SERÁ?

O senador encarregado de participar a Dilma o seu afastamento temporário cumprirá a obrigação em escassos momentos, mas Madame, como receberá o comunicado? Imagina-se que cercada pelo seu gabinete pessoal, mas jamais com o ministério ao lado. A maioria dos ministros escafedeu-se, fugindo da solidariedade necessária. Muitos estarão presentes na posse imediata de Michel Temer, de olho na composição do novo ministério.

Como à ainda presidente se destinará o palácio da Alvorada para o interregno, a pequena distância com o palácio do Planalto não se cumprirá pelo ar. Pequena caravana de limusines cobrirá o percurso, isso se a comunicação não acontecer na própria residência oficial.

VAZIO DE CONTEÚDO

Dois momentos constrangedores, de significado comum, mas o de agora vazio de conteúdo. A História só se repete como farsa. Assim como se previa que Collor não voltaria após os 180 dias de suspensão, da mesma forma se imagina que Madame não retornará. As causas são as mesmas: arrogância no desempenho das funções, presunção, truculência e falta de cuidados para com o Congresso, além de acusações de irregularidades no exercício do poder.

A partir de quinta-feira, começam as diferenças. Michel Temer ainda oscila entre as decisões a tomar. Hesita quanto a formar um ministério de notáveis e um bando de urubus impostos pelos partidos sequiosos de usufruir o poder.

Posted in C. Chagas
http://www.tribunadainternet.com.br/dois-momentos-constrangedores-na-politica-nacional/

Programação do fumacê do dia 11 ao dia 15 de maio em Juiz de Fora

JUIZ DE FORA - 10/5/2016 - 11:30
Notícias de: SECRETARIA DE SAÚDE


A Secretaria de Saúde ​realiza ações contínuas de combate ao mosquito Aedes aegypti.​ ​
A atividade tem como objetivo eliminar as fêmeas do mosquito Aedes aegypti infectadas com o vírus da dengue, chikungunya e do zika, e, para isso, é necessária a participação de toda a população. Segundo o Ministério da Saúde, 80% dos focos do mosquito estão nas residências.

Nesta quarta-feira,11, o​s carros​ fumacê ​p​ercorrer​ão​ d​as​ 5​h às 9​h​, os seguintes ​Bairros ​

Nova era, Nossa Senhora Aparecida, Santa Rita, Santa Cruz. De 17 às 21 ​ ​
horas é a vez dos bairros:Benfica, Vila Esperança, Monte Castelo, Carlos Chagas, Manoel Honório, Ladeira.

A população deve seguir algumas orientações durante a passagem dos veículos e agentes de endemias: se possível, manter as janelas abertas, abrigar os animais de estimação no interior das residências ou em outro local seguro e tampar os alimentos, para que não sejam atingidos pelo inseticida. Em caso de vento forte e chuvas, as ações serão interrompidas.

​Confira a programação:​

Quarta-feira,11 de maio

Das 5​h​ às 9h​: Nova era, Nossa Senhora Aparecida, Santa Rita, Santa Cruz

Das 17​h​ às 21h: Benfica, Vila Esperança, Monte Castelo, Carlos Chagas, Manoel ​Honório, Ladeira.

Quinta-feira, 12 de maio ​
Das 5​h​ às 9h: Bonfim, Marumbi, Poço Rico, Alto Vila Ideal, Nossa Senhora Lourdes, ​ ​Costa Carvalho.

Das 17​h​ às 21h: São Bernardo, Aracy, Bonsucesso, Borboleta, Vale do Ipê, Santa Cecilia, Mundo Novo.


Sexta-feira, 13 de maio Das 5h​ às 9 h: Industrial, Francisco Bernardino, São Pedro, Novo Horizonte, Santa Luzia, Boa Vista.

Das 17​h​ às 21h: Jóquei Clube, Fontesville, Linhares, Progresso, Bairu.

Sábado, 14 de maio
​ ​ 
Das 6 às 9 horas: Paineiras, Santa Helena, Santa Catarina, Bom Pastor, Alto dos Passos, Granbery, entorno Santa Casa.

Domingo, 15 de maio das 6 ​h​ às 9h: Centro, São Mateus e Centro II.

* Informações com a assessoria da Secretaria de Saúde pelo 3690-7123 ou 7389.
Portal PJF

segunda-feira, 9 de maio de 2016

JUIZ DE FORA -Escola estadual é arrombada sete vezes em 15 dias

Escola já foi arrombada sete vezes em duas semanas
PUBLICADO EM 09/05/16 - 16h55

BRUNO INÁCIO

Depois de tentar driblar as adversidades de seis arrombamentos, a direção da Escola Estadual Anna Sales, em Juiz de Fora, na Zona da Mata, teve que suspender as aulas da escola após mais uma invasão nesta segunda-feira (9). “Foi o sétimo caso em 15 dias”, contou a diretora da escola, Luciane Knopp.

A instituição fica no bairro Benfica, na região Norte da cidade. Na primeira vez em que a unidade foi roubada, no dia 21 de abril, a direção da escola teve que pedir mais alimentos e servir as refeições em horário posterior ao rotineiro, segundo a diretora. A Secretaria de Estado de Educação (SEE) informou, em nota, que na maioria das sete vezes em que o imóvel foi arrombado os criminosos levaram itens da cozinha, o que inviabilizou o funcionamento da escola nesta segunda.

Desta vez, os criminosos levaram um forno de fogão industrial e a grade da porta da cozinha, segundo a Polícia Militar. A ação dos criminosos poderia ter sido filmada, mas os equipamentos de segurança da escola foram levados em um arrombamento no último dia 21, afirmou, em nota, a SEE.

Em outros casos, segundo a diretora, foram levados alimentos, utensílios de cozinha e até os botijões de gás da escola. A SEE disse, em nota, que estuda medidas de segurança para a escola junto com a Superintendência Regional de Ensino de Juiz de Fora. A previsão é que as aulas sejam retomadas na escola nesta quarta-feira (11).
http://www.otempo.com.br/cidades/escola-estadual

Renan não acata decisão de Maranhão e dá continuidade ao processo de impeachment


09/05/2016 17h00
Brasília
Mariana Jungmann - Repórter da Agência Brasil

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), anunciou há pouco a decisão de manter o trâmite do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff no Senado. Renan decidiu ignorar a decisão do presidente em exercício da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA), que anulou a sessão da Câmara que aprovou a continuidade do processo.

Renan Calheiros disse que não procede a argumentação de Waldir Maranhão sobre a forma que a decisão da Câmara deveria ter sido comunicada ao Senado. "Aceitar essa brincadeira com a democracia seria ficar pessoalmente comprometido com o atraso do processo. Ao fim e ao cabo, não cabe ao presidente do Senado Federal dizer se o processo é justo ou injusto", disse o presidente do Senado. 

Com isso, Renan Calheiros determinou que o relator do processo na Comissão Especial do Impeachment do Senado, Antonio Anastasia (PSDB-MG), faça a leitura do seu relatório pela admissibilidade do processo no plenário da Casa. Após a leitura, começará a contar o prazo de 48 horas para que os senadores votem a admissibilidade e o afastamento imediato da presidenta, o que deve ocorrer na quarta-feira (11).

Vícios no processo

O presidente interino da Câmara dos Deputados, deputado Waldir Maranhão (PP-MA), anulou hoje (9) as sessões do dias 15, 16 e 17 de abril, quando os deputados federais aprovaram a continuidade do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Ele acatou pedido feito pela Advocacia-Geral da União (AGU). A informação é da presidência da Câmara.

Com a aprovação na Câmara, o processo seguiu para o Senado. Waldir Maranhão solicitou ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), a devolução dos autos do processo. O presidente interino da Câmara determinou nova sessão para votação do processo de impeachment na Casa, a contar de cinco sessões a partir de hoje (9).

Waldir Maranhão, que assumiu a presidência após afastamento de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acolheu os argumentos do advogado-geral da União (AGU), José Eduardo Cardozo, por entender que ocorreram vícios no processo de votação, tornando-a nula.

Ele considerou que os partidos políticos não poderiam ter fechado questão ou orientado as bancadas a votarem de um jeito ou de outro sobre o processo de impeachment. “Uma vez que, no caso, [os deputados] deveriam votar de acordo com suas convicções pessoais e livremente”, diz nota do presidente interino divulgada à imprensa.

Maranhão também considera que os deputados não poderiam ter anunciado publicamente os votos antes da votação em plenário em declarações dadas à imprensa. Considerou ainda que o resultado da votação deveria ter sido formalizado por resolução, como define o Regimento Interno da Casa.

Considerado aliado de Cunha na composição da Mesa Diretora, Waldir Maranhão votou contra o prosseguimento do processo de impeachment de Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados. Waldir Maranhão mudou de voto em cima da hora, contrariando a orientação nacional do PP, seu partido. Devido à atitude, o deputado foi destituído da presidência do diretório estadual do partido no Maranhão. Maranhão também investigada na Operação Lava Jato.

Edição: Carolina Pimentel
Agência Brasil

Brasil já deixou de ser democracia, para se tornar uma juristocracia



João Amaury Belem

Considerando as recentes decisões proferidas pelo Supremo Tribunal Federal, mais alta Corte de Justiça do país, o regime brasileiro não é uma democracia, é uma juristocracia, na qual cada juiz faz o que bem quer e quando quer. Segundo os estudiosos do assunto, juristocracia é o sistema de governo, normalmente não democrático, baseado em decisões de juízes, magistrados, desembargadores etc.

Nesse tipo de ditadura, qualquer juiz pode decretar o que bem entender, utilizando mecanismos judiciais casuísticos para impor à sociedade, à um indivíduo ou instituição a sua percepção pessoal, servindo a uma ideologia ou grupo político em prejuízo da ética, da legalidade moral ou dos anseios populares.

ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Um dos expoentes é o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, que está a merecer uma reação por parte da sociedade brasileiro. O ideal talvez seja o ajuizamento de uma ação popular para que ele promova o ressarcimento ao erário público das horas trabalhadas em prol da madame Dilma Rousseff em sua defesa na Câmara dos Deputados, no Senado Federal e no Supremo, pois nessa deplorável missão ele não vem trabalhando em prol do interesse da nação brasileira que lhe paga o salário.

Ao se pronunciar na Comissão de Impeachment do Senado, semana passada, o advogado Fábio Medina Osório questionou que a defesa da presidente Dilma Rousseff esteja a cargo de José Eduardo Cardozo, advogado-geral da União, e citou a Portaria nº 13, de 24 de junho de 2015, da própria AGU.

É fulminante o inciso IV do artigo 8º da referida portaria, ao determinar que é vedado à AGU atuar quando há “incompatibilidade com o interesse público no caso concreto”. E não há a menor dúvida de que o impeachment é de interesse público. Portanto, que devia defender Dilma era um advogado particular, não o advogado-geral da União.

Não existe a menor sustentação legal para anular a aprovação do impeachment

Votação na Câmara obedeceu ao rito imposto pelo Supremo

Jorge Béja

Essa decisão de hoje do deputado Waldyr Maranhão (PP-MA), que no exercício provisório da presidência da Câmara resolveu “anular” o processo de impeachment, não encontra mínimo amparo no Direito e, por isso, não terá vida longa. É decisão ridícula. O motivo da anulação seria o descumprimento do artigo 23 da Lei do Impeachment, que impossibilita, na sessão plenária da Câmara para aprovar ou não o Parecer da Comissão Especial, que deputados e partidos políticos levantem questão de ordem e façam encaminhamento de votação. E todos vimos que naquela sessão partidos políticos fizeram, sim, o encaminhamento de voto, contra e a favor do impeachment.

Porém, tal fato não tem o potencial de invalidar o processo e fazê-lo retroagir àquela sessão do dia 17 de abril último para que todos os demais atos seguintes sejam repetidos.

Há muitas razões jurídicas que não dão legalidade à decisão de hoje do presidente interino da Câmara.

SEM JURISDIÇÃO

O presidente da Câmara dos Deputados não tem mais jurisdição, legal e política, sobre o processo de Impeachment. É uma fase vencida e ultrapassada. A jurisdição, desde que o processo de Impeachment saiu da Câmara, passou para a presidência do Senado Federal, que sobre ele, o processo, agora tem jurisdição e competência. Logo, estamos diante de uma questão de instâncias e competência. E com a remessa dos autos ao Senado, a presidência da Câmara perdeu a jurisdição sobre o processo.

Perdão, mas é preciso ser repetitivo nesta parte. Nem os autos se encontram mais na Câmara, mas no Senado, para onde foram remetidos. Esse presidente interino está decidindo fora dos autos, em papel avulso e anômalo, que ele nem sabe onde vai anexar, junTar ou remeter. É

DECISÃO INSANA

É uma decisão teratológica (monstruosa) e de insanidade jamais vista. Se não fosse assim, qualquer juiz que já tivesse proferido sentença final do processo que presidiu, também poderia reconsiderar ou anular não apenas sua própria sentença, mais qualquer outra decisão que proferiu no curso do processo, mesmo que os autos do processo já se encontrassem na segunda instância, ou seja, no tribunal para decidir recurso interposto. Quanta asneira, meu Deus!!!

Confesso que pensava em tudo. Menos nessa tamanha e vergonhosa atitude, tomada, bem ou mal, um presidente da Câmara dos Deputados.

NÃO HÁ NULIDADE

A pena de nulidade de um ato processual precisa estar expressamente prevista na lei. Neste ponto a ninguém é dado o Direito e a prerrogativa de fazer dedução, muito menos interpretação subjetiva a respeito de nulidade. Processo de Impeachment guarda similitude e segue, por força da analogia, as disposições dos Códigos de Processo Penal (CPP) e de Processo Civil (CPC). E ambos, quando cominam (impõem) a pena de nulidade a respeito de atos processuais, a determinação precisa vir expressa, ou seja, com a locução “sob pena de nulidade” (coloco em negrito por causa da sua importância). E onde está escrito no artigo 23 da Lei 1079/50, que, ocorrendo encaminhamento de votação, aplica-se a pena da nulidade?

Confira-se o texto do artigo 23 da referida lei: “Encerrada a discussão do parecer, será o mesmo submetido a votação nominal, não sendo permitidas, então, questões de ordem, nem encaminhamento de votação”. Repita-se: onde está a cominação da pena de nulidade?

Aliás, o artigo não impõe pena alguma. Logo, não se pode considerar nulo um ato processual que a lei não considera nulo e nada diz a respeito da sua inobservância.

IRREGULARIDADE LEVE

Portanto, tudo não passou de mera e inconsequente irregularidade, aliás levíssima, se é que a tanto chegou, uma vez que todos os partidos participaram e para concorreram para que houvesse a levíssima irregularidade, mas sem comprometer a higidez jurídica do processo.

Além disso, as nulidades processuais precisam estar previstas expressamente na lei. O artigo 564 do CPP é claro ao elencar os atos que a lei considera nulos: a) por incompetência, suspeição ou suborno do juiz; b) por ilegitimidade de parte e c) por falta de fórmulas ou dos seguintes termos: denúncia ou queixa, exame de corpo de delito, nomeação de defensor ao réu presente ou de curador ao ausente, pela falta da intervenção do Ministério Público nos delitos de ação pública, por falta de citação do réu para se defender… e outras mais.

NÃO HOUVE PREJUÍZO

É um mero exemplo que aqui se invoca. Antes disso, o artigo 563 do mesmo CPP diz que “Nenhum ato será declarado nulo, se da nulidade não resultar prejuízo para a acusação e para a defesa”. Este princípio vem do Direito Francês: “Pas de nullité sans grief” ( sem prejuízo, não há nulidade ).

E indaga-se: que prejuízo sofreu o processo de Impeachment quando esteve (e não está mais) na Câmara e sob a presidência de Eduardo Cunha? A resposta é nenhum prejuízo. Isto porque, tanto os partidos que eram a favor quanto os que eram contra o afastamento de Dilma, todos fizeram encaminhamento de votação. E nem precisava que todos fizessem. Bastaria que um partido, de cada lado, fizesse o encaminhamento, que as alegadas e infundadas nulidades estariam compensadas.

E um ato praticado de outra forma prevista na lei, sem prejuízo para as partes, desde que atingido o seu fim, considera-se sanado a teor do artigo 572 do CPP “as nulidades previstas considerar-se-ão sanadas se, praticado de outra forma, o ato tiver atingido o seu fim”.

QUE VERGONHA!

Que vergonha para o Brasil!! O mundo nos assiste. O mundo já não acredita mais neste Brasil de Dilma. E agora, nesta manhã de segunda-feira, 9 de Maio de 2016, o presidente interino da Câmara, sem poder e sem ter competência, anula sozinho, com sua reconhecida “sabedoria”, um processo de afastamento da presidente da República que vinha caminhando na mais perfeita normalidade. Que dano para o Brasil!

Posted in J. Béja 
http://www.tribunadainternet.com.br/nao-existe-a-menor-sustentacao-legal-para-anular-a-aprovacao-do-impeachment/

Juros para pessoas físicas sobem e ultrapassam 150% ao ano

09/05/2016 11h30
Brasília
Marli Moreira - Repórter da Agência Brasil
Juros dos cartões de crédito passaram para 435,58% ao ano
Arquivo Agência Brasil

As seis linhas de crédito disponíveis para pessoas físicas - pesquisadas pela Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) - apresentaram elevação de juros entre março e abril indicando taxa média anual de 150,42%, o que significa alta de 62,45 pontos percentuais. Também subiram as três modalidades destinadas a empresas, com média de 71,15% ao ano. Segundo a Anefac, foi a 19ª elevação seguida.

Em relação a pessoas físicas, a rolagem do débito pelo cartão de crédito continua sendo o tipo de financiamento mais caro, alcançando 435,58% ao ano. A taxa mensal subiu 9,37% (em março) para 15,01% (em abril).

A segunda modalidade mais onerosa para o consumidor é o cheque especial que aumentou de 7,72% ao mês (em março) para 11,46% (em abril), atingindo 267,64% ao ano. No comércio, o índice aumentou de 4% para 5,82%, o que ao ano representa 97,16%.

Se a opção for recorrer ao empréstimo pessoal em financeiras, o consumidor irá pagar 8,41% ao mês de correção sobre o valor tomado ante uma taxa de 6,88%, em março. Essa variação equivale a uma taxa anual de 163,53%. Já o empréstimo nos bancos passou de 2,91% para 4,64% com taxa ao ano de 72,33%.

O acesso com o menor custo é ao Crédito Direito ao Consumidor (CDC), mas que, igualmente, ficou mais caro ao subir de 1,52% para 2,35%, o que resulta em 32,15% ao ano.

A Anefac observa que o Banco Central corrigiu a taxa básica de juros (Selic), que praticamente dobrou no período de março de 2013 a abril de 2016, subindo de 7,25% ao ano para 14,25%. No mesmo período, a taxa de juros média para pessoa física aumentou 70,99% (de 87,97% para 150,42%).

Crédito para as empresas

Em maio, as empresas estão pagando em média 1,78% a mais para recorrer ao crédito em relação a março. Na média, a taxa atingiu 4,58% ao mês e 71,15% ao ano. Os recursos para capital de giro subiram de 1,49% para 2,68% ao mês. Para as operações de desconto de duplicatas, a alta foi de 2,22% para 3,1% e conta garantida, de 5,46% para 7,95%.

Em nota, o diretor executivo de estudos da Anefac, Miguel José Ribeiro de Oliveira, justificou que o atual cenário econômico induz aos riscos de inadimplência. Ele observou que as instituições financeiras aumentam as taxas como forma de compensar eventuais perdas que podem ocorrer em uma situação de crise financeira no país, resultante da alta da inflação , de impostos, do desemprego e da queda da renda familiar.

Ele prevê a manutenção dos juros altos para os próximos meses. “As perspectivas para os próximos meses não são animadoras, tendo em vista o cenário econômico atual, que aumenta o risco de elevação dos índices de inadimplência. A tendência é de que as taxas de juros das operações de crédito voltem a ser elevadas nos próximos meses”, afirmou Oliveira.

Edição: Kleber Sampaio
Agência Brasil