sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Foragido da justiça foi localizado na área central de JF


Rua Halfeld - Centro - Juiz de Fora 

Nesta quinta-feira (6), por volta de 14:30 h, policiais militares registraram a ocorrência de localização de foragido da justiça.

Um indivíduo que se encontrava em atitudes suspeitas foi abordado e constava em seu desfavor um Mandado de recaptura.

João, 34, recebeu voz de prisão, foi conduzido à delegacia e posteriormente seria encaminhado para o CERESP.

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Governo de MG libera consumo e comércio de bebida alcoólica em estádios

Governo de Minas libera a volta da cerveja aos estádios de futebol

06/08/2015 09h32

O governador Fernando Pimentel sancionou nesta quinta-feira, 6 de agosto, o Projeto de Lei que libera o consumo de bebidas alcoólicas dentro dos estádios em Minas Gerais. O texto da matéria original que passou pela Assembleia Legislativa (ALMG) foi mantido, e há algumas restrições aos comerciantes e consumidores. Os termos foram veiculados no Diário Oficial de MG.

A comercialização da cerveja será permitida desde a abertura dos portões de acesso ao público até o último minuto de intervalo da partida, entre o primeiro e o segundo tempo. O torcedor está proibido de consumir bebida alcoólica nas arquibancadas e cadeiras do estádio. Quem infringir a medida será retirado das dependências do estádio e terá que pagar multa, que pode chegar a R$ 1.360. O fornecedor receberá uma advertência escrita e corre o risco de pagar até R$ 13.614,50. Em caso de reincidência, a multa pode ser aplicada em dobro.

Os locais de consumo serão definidos pelos responsáveis pela gestão do estádio. A comercialização de cerveja havia sido proibida nos estádios mineiros em 2007, com exceção à Copa do Mundo de 2014, quando todas as arenas do Brasil venderam bebidas alcoólicas durante os jogos, conforme normas da Fifa. 

Em entrevista ao portal Superesportes, no mês passado, o deputado estadual Alencar da Silveira Júnior, autor do projeto, disse que o critério dos pontos de venda pode levar em conta os setores do estádio com menos riscos de incidentes, como espaços de torcidas organizadas.

“Só pode beber no recinto do bar. Não pode ir para arquibancada com nada. Além disso, as administradoras dos estádios vão dizer onde a venda está permitida, quais os bares vão poder fazer o comércio. Nos locais de torcida organizada, quem sabe, não venda. Enfim, a administradora é quem define”, disse o deputado.

http://www.defatoonline.com.br/noticias/ultimas/06-08-2015/governo-de-minas-libera-a-volta-da-cerveja-aos-estadios-de-futebol

Regularização dos ciclomotores obedecerá as regras de registro do Detran

15h05min - 06 de Agosto de 2015 Atualizado em 15h14min

Os proprietários dos ciclomotores que quiserem se antecipar já podem procurar o Detran ou a delegacia de trânsito de sua localidade para regularizar a situação dos veículos. O departamento ainda vai publicar, neste mês de agosto, uma portaria para normatizar o serviço. Porém, a regularização já pode ser solicitada mesmo antes da publicação do documento.

Anteriormente, a ideia do Detran era fazer convênio com os 53 municípios mineiros integrantes do Sistema Nacional de Trânsito e fazer os registros nestas cidades. Contudo, uma lei que altera o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) transfere dos municípios para os estados a competência do registro e licenciamento de ciclomotores, as chamadas cinquentinhas, veículos de até 50 cilindradas.

A União entende que os estados, e não os municípios, contam a infraestrutura e a organização necessárias para regularizar milhares de veículos em todo o país. A maioria dos municípios não consegue efetivar esta norma, e os ciclomotores acabam sendo vendidos como brinquedos e utilizados em vias públicas por pessoas inabilitadas, inclusive por menores de 18 anos.

Com a estadualização do serviço, a ideia é que o processo de licenciamento seja mais efetivo, atingindo um maior número de cidades e proprietários de ciclomotores dos 853 municípios mineiros.

A partir de agora, para regularizar a cinquentinha será preciso passar por todo o trâmite de um veículo qualquer, como um carro ou moto. O primeiro passo é levar o veículo para a vistoria no Detran ou na delegacia local, onde vai ser solicitado o registro do emplacamento.

Em seguida, o proprietário deverá pagar a Taxa de Licenciamento, o Seguro Obrigatório e o IPVA, além de cumprir com outros procedimentos para efetivar o registro. Clique aqui para acessar o site do Detran e a listagem dos serviços disponíveis.

É importante lembrar que, para conduzir os ciclomotores, o motorista deve ser habilitado na categoria ACC ou A. E para isto deve ser maior de 18 anos. Além disso, é obrigatório o uso dos equipamentos de segurança, como capacetes para condutor e garupa. Até o momento, 30.098 ciclomotores já foram registrados em todo o estado.

Agência Minas

Juiz de Fora terá leilão de 149 lotes de veículos oficiais das polícias Militar e Civil

15h16min - 06 de Agosto de 2015 Atualizado em 15h17min

A Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) realiza no próximo dia 19 de agosto (quarta-feira) mais um Leilão Descentralizado de veículos oficiais e bens móveis provenientes da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) e da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG). A ação será em Juiz de Fora, na Zona da Mata, na sede da 4ª Região Integrada de Segurança Pública (RISP), no horário das 10h às 13h.

Em maioria, os itens se encontram em estado péssimo e sucata. Segundo confirmação publicada no Diário Oficial, a visitação dos bens nos lotes de 1 a 54 poderá ser feita no dia anterior, 18 de agosto (terça-feira), das 8h às 12h e de 13h às 17h, na sede do 2º Batalhão de Polícia Militar de Minas Gerais. O endereço é a rua Tenente Luiz de Freite, s/n, bairro Santa Terezinha, Juiz de Fora. O telefone de contato é o (32) 3690-7935.

Já a visitação dos lotes de número 55 a 149 poderá ser feita, na mesma data, na sede do 27º Batalhão de Polícia Militar de Minas Gerais, das 8h às 12h e das 13h às 17h. O endereço é a Avenida Presidente Juscelino Kubistchek, 4.011, bairro Santa Lúcia, em Juiz de Fora. Mais informações podem ser obtidas pelo número (32) 3229-5836.

Em números

Em Juiz de Fora, ao todo, serão ofertados 149 lotes de veículos da PMMG e PCMG. Até o momento, já foram realizadas duas edições dos leilões descentralizados. A primeira, em Governador Valadares, leiloou 104 lotes, com arrecadação de R$ 416 mil. Na sequência, em Uberaba, foram levantados R$ 497,8 mil com leilão de 116 lotes.

Outros três municípios também já estão com leilões programados: Pouso Alegre (16 de setembro), Bom Despacho (21 de outubro) e Montes Claros (18 de novembro). 

Leilões descentralizados

Ação pioneira em Minas Gerais, os leilões descentralizados têm como objetivo principal esvaziar dos pátios e armazéns aqueles veículos e bens móveis que não servem mais para utilização a serviço do Estado. Em função da alta demanda, os órgãos de segurança pública de Minas (Polícia Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros) foram escolhidos como piloto na execução dos leilões até o mês de novembro.

A Coordenação de Patrimônio da Subsecretaria do Centro de Serviços Compartilhados (CSC), da Seplag, a é responsável pela alienação de todos os bens móveis dos órgãos e entidades da Administração Pública Estadual. Neste sentido, além da operacionalização de todas as doações de bens móveis do Estado, assume também a venda dos bens móveis inservíveis ou antieconômicos, por meio dos leilões.

Um diferencial no planejamento das grandes demandas, em especial de veículos da Polícia Militar, foi a definição de polos para realização dos leilões, sem que houvesse necessidade de deslocamento dos bens móveis para o pátio da Seplag. Desse modo, a PMMG identificou toda a demanda de viaturas disponíveis para leilão, por localidade, e traçou uma rota de realização.

Agência Minas

Detran-MG emite alerta contra 'golpe da multa falsa'

11h41min - 24 de Julho de 2015 Atualizado em 11h37min

A proliferação do golpe da “multa falsa” por todo o país fez o Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran-MG) postar em seu portal um alerta para os proprietários de veículos. O aviso orienta o motorista a consultar a existência ou a situação de autos de infração no site do órgão antes de efetuar qualquer pagamento.

O golpe consiste na emissão ao endereço do contribuinte de falsos boletos bancários referentes a multas de trânsito. Conforme o alerta, produzido e emitido pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), criminosos fotografam veículos que estão trafegando em uma determinada via e, de posse do número da placa, das imagens e do endereço do motorista, falsificam boletos de pagamento de multa e os enviam ao usuário.

A delegada adjunta de Coordenação de Infrações e Controle do Condutor do Detran/MG, Cláudia Edna Calhau, destaca que o órgão trabalha com o objetivo de sempre orientar o proprietário de veículo a, assim que receber o documento referente à multa, consultar se há de fato algum registro de infração. A consulta é gratuita no site do Detran/MG.

Com acesso rápido na primeira página do site ou na aba veículos, o cidadão poderá consultar a situação do automóvel preenchendo um formulário eletrônico com o número do chassi e a placa do veículo, informações que constam no Certificado de Registro de Licenciamento de Veículo (CRLV).

Clique no link (https://www.detran.mg.gov.br/veiculos/situacao-do-veiculo/consulta-a-situacao-do-veiculo) e acesse o formulário. O infográfico abaixo destaca o passo a passo das telas de consulta.

Agência Minas

Polícia Militar de Minas Gerais oferece 120 vagas para formação de oficiais


Foto:PMMG

15h02min - 05 de Agosto de 2015 Atualizado em 15h10min

Estão abertas as inscrições para o Curso de Formação de Oficiais da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG). Realizado pela Escola de Formação de Oficiais da Academia de Polícia Militar, em Belo Horizonte, o curso tem duração de dois anos e exige dedicação exclusiva em tempo integral. Ao todo, são 120 vagas oferecidas, sendo 108 para homens e 12 para mulheres, de acordo com o percentual definido no art. 3º da Lei nº 21.554, de 19/12/2014.

Para participar, os candidatos devem ser bacharéis em Direito, altura mínima de 1,60 metro e idade entre 18 e 30 anos (nascimento entre 7 de março de 1986 e 7 de março de 1998), entre outros pré-requisitos. As inscrições vão até o dia 2 de setembro de 2015, com taxa de R$ 173. O curso está previsto para começar em março de 2016. A remuneração para os oficiais selecionados será de R$ 5.769,43, conforme o edital.

A seleção
O processo seletivo para a formação de oficiais tem quatro etapas: 
fase de provas de conhecimentos (objetiva e dissertativa); 
fase de prova oral, prova de títulos e exames de saúde (preliminares e complementares); 
fase de Teste de Capacitação Física (TCF); 
e a 4ª fase de exames psicológicos e exame toxicológico.

As provas de conhecimento têm realização prevista para o dia 4 de outubro próximo. No ato da inscrição, o candidato terá a opção de escolher uma das seguintes cidades para fazer os testes objetivo e dissertativo: Belo Horizonte, Juiz de Fora, Uberaba, Lavras, Divinópolis, Governador Valadares, Uberlândia, Patos de Minas, Montes Claros, Ipatinga, Barbacena, Curvelo, Teófilo Otoni, Unaí, Pouso Alegre e Poços de Caldas.

Ao longo do curso, o cadete terá direito a remuneração, abono fardamento, assistência médico-hospitalar, psicológica e odontológica. Vale lembrar que, durante o primeiro ano da preparação, é obrigatório o alojamento na Escola de Formação de Oficiais da Academia de Polícia Militar.

Após a conclusão com aproveitamento no curso, o cadete será declarado aspirante-a-oficial e poderá ser alocado em qualquer unidade da PMMG, em todo o estado, conforme necessidade e conveniência administrativa. O concurso terá validade de 30 dias, com possibilidade de prorrogação, uma vez, pelo mesmo período.

Agência Minas

Incêndios na Califórnia mobilizam mais de 10 mil bombeiros

06/08/2015 08h19
Los Angeles
Da Agência Lusa
Mais de 20 focos de incêndio atingem o estado, devastando grandes áreas EPA/Noah Berger/Agência Lusa/Direitos Reservados

Os incêndios que têm devastado nos últimos dias o estado da Califórnia, no Sudoeste dos Estados Unidos, mobilizam mais de 10 mil bombeiros, informam as autoridades locais.

São mais de 20 os incêndios que devastam grandes áreas. Os trabalhos de combate tiveram avanços em alguns desses incêndios por causa da melhoria das condições meterológicas nas últimas horas.

A queda da temperatura e o aumento da umidade ajudam os bombeiros, observou o órgão governamental que coordena o combate ao fogo.

O maior incêndio ativo – denominado Rocky Fire – ocorre em uma zona agreste entre os condados de Lake, Yolo e Colusa, no norte de Sacramento, e a área vitivinícola do Vale de Napa.

As autoridades estão confiantes de que o Rocky Fire poderá ser considerado extinto na próxima segunda-feira (10).

Mais de 3,1 mil bombeiros tentavam extingui-lo, pouco menos de um terço do total destacado em toda a Califórnia para conter o avanço das chamas que, no dia 30 de julho, causaram a morte de David Ruhl, um integrante do Corpo de Bombeiros.

Agência Brasil

Ciclomotores terão seis meses para se regularizarem em Minas

14h39min - 28 de Julho de 2015 Atualizado em 14h46min

A Polícia Civil de Minas Gerais, por meio do Detran-MG, divulgou nesta terça-feira (28/7) um convênio com todos os 53 municípios integrados ao Sistema Nacional de Trânsito para registrar os ciclomotores do Estado. Os ciclomotores são veículos de até 50 cilindradas.

Segundo a diretora do Detran-MG, delegada Andrea Cláudia Vacchiano, a minuta do convênio será enviada às prefeituras, que até meados do mês de agosto irão passar para o Estado o dever de registrar e licenciar os ciclomotores ou cinquentinhas - como são popularmente conhecidos. “O documento vai permitir que a fiscalização possa atuar, e os proprietários terão cerca de seis meses para se regularizarem”, alerta a diretora.

Isto significa que os ciclomotores deverão ser licenciados, ter o registro de chassi e emplacamento, além de incidir sobre eles o IPVA, as taxas de seguro obrigatório e de licenciamento, além dos demais procedimentos como vistorias para as transferências e comunicado de venda.

Vacchiano também lembra que, para conduzir os ciclomotores, o motorista deve ser habilitado na categoria ACC ou A. E para isto deve ser maior de 18 anos. Além disso, é obrigatório o uso dos equipamentos de segurança, como capacetes para condutor e garupa, vestuário etc.

O representante do Fórum Mineiro de Gerenciadores de Transporte e Trânsito, Ricardo Mendanha, acrescenta que a iniciativa de Minas Gerais vai beneficiar toda a sociedade, trazendo mais segurança para o trânsito.

Segundo Mendanha, a proposta de um convênio já era discutida há dois anos, e neste momento, a nova gestão do Detran-MG se empenhou para torná-lo viável. Os municípios acreditam que esta é a melhor alternativa em termos de segurança e organização do trânsito.

A assinatura do convênio acontece em paralelo a um projeto de lei que prevê a alteração do Código de Trânsito Brasileiro para transferir, definitivamente, para os estados a competência deste registro. 

Mesmo sendo de competência municipal, o Detran-MG sempre atendeu aos proprietários que solicitavam o registro e, com isso, se regularizavam. No entanto, sem um convênio, o Estado não poderia cobrar a obrigatoriedade deste registro.

Hoje, existem 30.098 ciclomotores registrados em todo o estado. A região do Triângulo Mineiro se destaca em números de registros. Araguari possui 1.702 ciclomotores registrados, Uberlândia, 3.192, e Uberaba lidera a lista, com 4.232 veículos emplacados.

Competência municipal

Atualmente, o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) estabelece que cabe aos municípios registrar e licenciar tais veículos. No entanto, a maioria dos municípios não consegue efetivar esta norma, e os ciclomotores acabam sendo vendidos como “brinquedos” e utilizados em vias públicas por pessoas inabilitadas, inclusive por menores de 18 anos.

O CTB define ciclomotor como veículo de duas ou três rodas, com motor, cuja cilindrada não exceda a cinquenta centímetros cúbicos (3,05 polegadas cúbicas). A velocidade máxima de fabricação também não pode exceder a cinquenta quilômetros por hora.


Agência Minas

Delegacia da Mulher deu início, há 30 anos, a políticas de combate à violência

06/08/2015 07h21
São Paulo
Camila Boehm* – Repórter da Agência Brasil
Reclamações sobre o atendimento prestado em delegacias de polícia comuns leevaram à criação da primeira Delegacia de Defesa da Mulher
Marcello Jr/Arquivo da Agência Brasil

“Ele costumava fazer coisas para me amedrontar, pegava facão, me chutava, era soco, pontapé, tinha um machado também, que ele queria jogar na minha cabeça”, revela Cássia**, hoje com 37 anos, sobre a última cena de agressão protagonizada pelo ex-marido, com quem se casou aos 17. Ele era dez anos mais velho e essa era a desculpa para que Cássia recebesse “lições”, entre elas ameaças de morte com um revólver na cabeça.

A violência física começou dois meses após o casamento. “Eu fiquei [em casa] porque ele me pediu desculpa, éramos recém-casados, ele ficou chorando, falou que nunca mais ia acontecer”, relata. Depois da primeira, vieram muitas, justificadas pelo ciúme. Ela acreditava que era uma forma de proteção por parte do marido.

O último episódio de violência ocorreu no dia do aniversário de Cássia, em 2012. Ela nunca havia procurado uma delegacia para denunciar, mas, nesse dia, sua vizinha de 12 anos ouviu os gritos e chamou a polícia. Levada para uma delegacia comum, ela conta que, ao dizer que estava com medo, o delegado minimizou o problema, disse que não poderia ajudar e que ela deveria fazer o que quisesse.

“Eu falei que tinha muito medo do meu marido, tinha medo de ele me matar. O delegado disse: 'ele vai te matar de qualquer jeito, ou preso ou fora da cadeia'”.

Reclamações de mulheres sobre o atendimento prestado em delegacias de polícia comuns, onde geralmente eram ouvidas por homens, motivaram a criação da primeira Delegacia de Defesa da Mulher, há 30 anos, em São Paulo.

Secretário de Segurança Pública do estado à época, o vice-presidente, Michel Temer, conta que recebeu um grupo de mulheres que criticava a forma como eram tratadas nas delegacias. “Quando iam reclamar de agressão de companheiro ou de violência sexual, recebiam tratamento inadequado, do tipo 'quem sabe a culpa é sua'”, relembra Temer.

Foi a partir desse encontro que a Secretaria de Segurança Pública resolveu criar a Delegacia de Defesa da Mulher, no centro da capital paulista. A ideia, explica Temer, era que a delegacia fosse integrada “por uma delegada, algumas escrivãs e muitas investigadoras para atender à mulher agredida nos seus direitos mais elementares”.

A finalidade da delegacia era receber vítimas de violências físicas e sexuais cometidas por desconhecidos, com o intuito de dar um atendimento mais humanizado e acolhedor. A equipe de trabalho, entretanto, foi surpreendida por uma forte demanda: mulheres agredidas pelos próprios companheiros, como o caso de Cássia.

Pioneirismo

Primeira delegada especial para mulheres, Rosmary Corrêa conta que o equipamento foi a primeira política pública direcionada a vítimas de violência no Brasil. “A ideia era oferecer um espaço diferenciado para a mulher, que seria atendida por outras mulheres, para que ela ficasse mais à vontade para falar a respeito desse assunto”, lembra. Hoje, existem nove delegacias da mulher somente na capital paulista e 130 em todo o estado.

A partir da criação da delegacia, o governo passou a ter ciência e a enxergar a violência sofrida pelas mulheres, tanto agressões físicas quanto discriminações e ofensas. Para atendê-las integralmente, criou-se um setor de assistência social, dentro da própria delegacia, além de um abrigo para mulheres que não podiam voltar para casa por medo de serem mortas pelo marido. “Tudo começou a aparecer depois que se mostrou a realidade que muitas mulheres viviam dentro de casa”, afirma Rosmary.

Para ela, uma das conquistas da delegacia foi mostrar que a violência doméstica não era normal e que havia possibilidade de denúncia. “Tínhamos que mostrar para o agressor que bater na mulher, mesmo que fosse a mulher dele, era crime e como crime seria tratado”.

Gislaine Doraide Ribeiro Pato, que também foi delegada da mulher no estado e hoje trabalha na coordenação de todas as delegacias, destaca que, na época, a violência doméstica era invisível, ocorria entre quatro paredes e não havia nem abertura nem impulso para que as denúncias viessem à tona. “Foi a primeira política pública desenvolvida em prol da mulher. Foi um avanço, um marco, uma ação que resplandeceu”, destacou.

Gislaine explica que vários fatores impedem a mulher de denunciar o companheiro agressor. Há o receio de desaprovação da família em casos de divórcio e de perder a guarda dos filhos. Também há a fragilidade emocional e a dependência financeira, além de situações de ameaça. “São fatores que ainda preponderam para que a mulher não consiga sair dessas amarras, quebrar tudo que faz com que ela continue sendo vítima”, analisa.

A tradição familiar foi o principal entrave, no caso de Cássia. “Meu pai não queria que eu me separasse, então tinha que ficar”, relembra. Ela conta que, nos episódios de violência, o próprio marido chamava a família dela para uma conversa e dizia que a companheira havia feito “coisas erradas” e, por isso, tinha apanhado. “Meu pai colocava a culpa em mim toda vez e passava a mão na cabeça dele”, relata.

Somente aos 34 anos, após 17 anos de casamento, ela conseguiu se libertar do ciclo de violência que vivia.

“Eu não conseguia ver solução. Comecei a ter vontade de fazer alguma coisa porque um mês antes tinham morrido duas mulheres por conta de agressão e eu chorei muito. Eu lembro, porque eu falei assim: 'Já pensou, meus filhos estarão na televisão, falando isso de mim, quem vai cuidar deles? O pai vai estar na cadeia e eu, morta'”.
Com a ajuda de um amigo e de um advogado, ela conseguiu que o ex-marido saísse de casa. Uma medida cautelar, que vigora até hoje, obriga que ele fique a, pelo menos, 500 metros de Cássia e da casa em que ela vive com os três filhos.

Desafios

Para o vice-presidente, Michel Temer, houve grandes avanços no combate à violência contra a mulher nos últimos 30 anos. Ele cita como exemplos a Lei Maria da Penha (2006), que cria mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica, e a Casa da Mulher Brasileira, que reúne em um mesmo espaço serviços de assistência às mulheres vítimas de violência, como delegacia, juizado, Defensoria Pública e apoio psicossocial.

Ele reconhece, no entanto, que há ainda desafios para mudar o quadro de violência contra a mulher. “Há deficiências? Claro que há. Mas elas vão sendo combatidas com muito mais velocidade do que eram há 30, 40 anos. É uma evolução constante.”

Delegada da mulher desde 1994, Gislaine destaca os desafios a serem enfrentados. “Precisamos amparar e tentar fortalecer essas mulheres que estão fragilizadas. Eu acredito que existam leis muito boas, como a Lei Maria da Penha, previsão constitucional de que todo mundo é igual, só que na prática precisamos ainda concretizar essa igualdade e estamos caminhando para isso”, diz.

Para a coordenadora do Núcleo de Promoção e Defesa dos Direitos da Mulher da Defensoria Pública de SP, Ana Paula Lewin, a Lei Maria da Penha, que completa nove anos na próxima sexta-feira (7), já é uma realidade. “É uma lei que hoje tem aplicabilidade. Enfrentamos ainda muitas barreiras, temos muita dificuldade, o atendimento ainda não é o melhor, mas jamais podemos deixar de reconhecer que esse é um instrumento que realmente funciona e que incentiva, inclusive, as mulheres a buscarem ajuda”, declarou.

Para Ana Paula, as medidas de proteção de urgência, estabelecidas na lei, são ferramentas importantes no enfrentamento imediato à violência doméstica. As medidas incluem proteção policial, encaminhamento ao hospital e acompanhamento para a retirada dos pertences pessoais da casa que dividia com o companheiro. “Não precisamos nem discutir se a mulher vai tomar providências depois, se o processo-crime vai continuar, mas é uma medida para já encerrar o ciclo da violência e para a mulher conseguir se libertar da violência”, disse.

Estatísticas

A cada duas horas, uma brasileira é morta em situação violenta. Uma em cada cinco mulheres afirma ter sofrido algum tipo de agressão por parte de um homem. Os dados fazem parte do Dossiê Violência contra as Mulheres, plataforma multimídia online lançada ontem (5) pelo Instituto Patrícia Galvão.

Na capital paulista, onde Cássia sofreu agressão, os registros de violência contra a mulher aumentaram 10,4% em junho deste ano na comparação com o mesmo mês do ano passado, com 1.779 boletins de ocorrência. No estado de São Paulo houve queda de 8% no registro de boletins de ocorrência no mesmo período. Em junho de 2014 foram 10.585 registros e em 2015, 9.742.

Na capital, as denúncias mais expressivas, em junho deste ano, dizem respeito a casos de ameaça (759 registros) e lesão corporal dolosa (716). Já no estado, foram registrados 4.614 e 3.752 denúncias desse tipo, respectivamente. Juntos, os dois crimes são responsáveis por 83% dos boletins de ocorrência na capital paulista. No estado, essa proporção é ainda maior e chega a 85,9%.

* Colaborou Ana Cristina Campos, de Brasília
** Nome fictício a pedido da entrevistada

Edição: Lílian Beraldo

Agência Brasil

PM apreende armas de fogo e conduz autor

Rua Vicente Gávio - Paula Lima - Juiz de Fora 

Nesta quarta-feira (5), por volta de 12:30 h, policiais militares registraram a ocorrência de posse ilegal de armas de fogo.

Denúncias apontavam que um homem mantinha armas de fogo no interior da residência, em uma área rural.

Uma equipe de policiais foi averiguar o fato e constatou a existência de duas armas de fogo, um revólver de calibre 32 e uma Carabina de calibre 38, tendo o autor alegado que elas pertenciam ao seu falecido sogro e que não havia regularizado os registros.

Um revólver de calibre 38 e outro de calibre 32 também foram localizados no interior do sítio.

Germano,42, recebeu voz de prisão em flagrante delito e foi conduzido à delegacia, juntamente com o material apreendido.

Na delegacia o flagrante foi ratificado.