quarta-feira, 30 de julho de 2014

Vacina contra Hepatite A no Calendário Nacional de vacinação

Redação da RBA  última modificação 29/07/2014 14:54
Reprodução
Vacina contra a hepatite A pode ser feita concomitante a qualquer outra vacina, sem interferência

São Paulo –A vacina contra a hepatite A, doença infecciosa aguda que atinge o fígado, passa a fazer parte do calendário de imunização infantil do Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo o Ministério da Saúde, a meta é imunizar 95% do público-alvo, cerca de três milhões de crianças – na faixa etária de um até dois anos incompletos – em 12 meses. Com mais esta, o calendário passa a ter 14 vacinas de rotina, atendendo às recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS). A data para início da vacinação será definida por cada estado. O ministério investiu R$ 111 milhões na compra de 5,6 milhões de doses neste ano.

“A partir do momento em que podemos reduzir cerca de 65% dos casos sintomáticos desta doença e 59% dos óbitos, temos absoluta convicção quer é um investimento que vale a pena ", destacou o ministro da Saúde, Arthur Chioro. Ele disse ainda que não se trata de uma vacina de campanha, e sim um imunobiológico que entrou na rotina, permanecendo no calendário básico da criança.

Desde 2006, a taxa de incidência de hepatite A no Brasil tem apresentado tendência de queda, atingindo 3,2 casos para cada 100 mil habitantes em 2013. De 1999 a 2013, foram registrados 151.436 casos. A maioria se concentra nas regiões Norte e Nordeste do país, que juntas, representam 55,8% (84.501) das confirmações neste período. As regiões Sudeste abrangem 16,4% (24.835); Sul 16,3% (24.684) e Centro-Oeste 11,6% (17.566) dos casos do país.

O ministério estima que com a vacina para hepatite A, ocorra uma queda de 64% dos casos ictéricos da doença e de 59% das mortes. Em decorrência do agravamento da doença foram registradas 761 mortes por Hepatite A em no período de 1999 a 2012.

A hepatite A, na maioria dos casos, é uma doença benigna e de contágio simples, pela água mal tratada ou alimentos mal lavados. A melhor forma de se evitar a doença é melhorando as condições de higiene e de saneamento básico. De acordo com a OMS, todos os anos ocorrem cerca de 1,4 milhão de casos da doença no mundo. No Brasil, estima-se que ocorram por ano 130 novos casos a cada 100 mil habitantes.

Outros tipos da doença
Para a hepatite B também há vacina, disponibilizada na rede pública de saúde. Segundo a OMS, 240 milhões de pessoas no mundo têm a doença, que pode se tornar crônica, dependendo da idade do infectado. As crianças são as mais afetadas. A hepatite B é considerada doença sexualmente transmissível e o vírus está presente no sangue, no esperma e no leite materno.

Cerca de 150 milhões de pessoas no mundo têm o tipo C da doença, que é o mais grave, pois não há vacina. A ação do vírus é lenta e silenciosa e, em 80% dos casos, torna-se crônica em pouco tempo.

A hepatite D é menos comum e depende da presença do vírus do tipo B para a infecção.

Já a hepatite E tem ocorrência rara no Brasil e é comum na Ásia e África. A transmissão é fecal-oral (patógenos das fezes tem contato com a boca), mais comum em áreas sem saneamento básico. A hepatite E pode induzir uma taxa de mortalidade de 20% entre as mulheres grávidas em seu terceiro trimestre, segundo a OMS.

http://www.redebrasilatual.com.br/saude/2014/07/sus-inclui-vacina-contra-hepatite-a-no-calendario-infantil

Nenhum comentário:

Postar um comentário